CAB e Ovarense na meia-final

O capitão dos insulares, Francisco Fernandes, está confiante de que a equipa vai conseguir tirar partido do factor casa; Nuno Manarte, pelos vareiros, mostra-se consciente das dificuldades mas não pensa noutro desfecho que não seja a vitória

No último momento alto em que esteve presente, a Taça de Portugal, a equipa madeirense apresentou-se alguns furos abaixo daquilo que se esperava. Mas agora tudo irá ser diferente, na opinião do capitão dos insulares Francisco Fernandes. “A Taça de Portugal não foi um momento muito bom. Tivemos uma quebra física durante esse período e para a nossa equipa que depende muito da intensidade, tanto na defesa como no ataque. Foi um aspecto que nos afectou imenso. A situação actual não é muito diferente do que se passou durante todo o Campeonato, em que demonstramos regularidade, tanto nas exibições como nos resultados. Sofremos apenas 4 derrotas em 30 jogos.”O domínio patenteado pela formação insular durante a fase regular nos jogos realizados em casa poderá vir a ser um aspecto determinante na decisão da eliminatória diante da Ovarense Dolce Vita, uma vez que possui a vantagem do factor casa, determinada pela sua melhor classificação conseguida no final da fase regular. “Foi um dos objectivos pelo qual lutámos durante o campeonato, obter uma classificação que nos permitisse ter a vantagem de jogar em casa. Este ano perdemos apenas um jogo no nosso pavilhão (Benfica) e todas as vitórias alcançadas foram muito por “culpa” dos nossos adeptos, que são incansáveis no apoio à equipa. Nos jogadores há também o culto incontido de quem que em nossa casa mandamos nós!”“Não existe fórmula secreta para parar a equipa de Ovar. A Ovarense tem uma excelente equipa com valores individuais, mas o CAB tem vindo a demonstrar que não é um ‘outsider’ no que se refere à luta pelos títulos. Para ganhá-los temos de ser melhores nos dois lados do campo. Há que defender e atacar bem, sempre em equipa, ter cabeça fria nos momentos cruciais e carácter em todas as nossas acções.” Esta será, para Francisco Fernandes, a forma ideal como a equipa deverá jogar para ultrapassar a forte equipa de Ovar nesta série. Ambição de ganharA última visita à Madeira por parte dos actuais campeões nacionais não correu bem. Mas agora Nuno Manarte, símbolo e capitão da equipa vareira, está convencido que tudo irá ser diferente. “Estamos em playoff, não há margem para errar e, se quisermos ir à final, temos que ganhar um ou mais jogos na Madeira; é com essa ambição que nos vamos apresentar!” Para quem observa de fora dá a sensação que a turma de Ovar cresce à medida das exigências com que se vai deparando. “Espero que não seja uma feliz coincidência! Julgo que se deve ao trajecto da equipa estes últimos anos e à experiência dos seus jogadores, pois na verdade estes são os encontros que todos gostamos de disputar. No fundo é para este momento para o qual nos preparámos durante a época.”Manarte sabe bem das dificuldades que a equipa madeirense irá colocar, especialmente pela “elevada intensidade tanto a nível defensivo como ofensivo” que coloca em campo durante todo o jogo. Nesta eliminatória o atleta irá ter o grande desafio de tentar condicionar a produção atacante daquele que provavelmente será o grande dinamizador ofensivo da equipa do CAB, o base norte-americano Jason Smith. “Enquanto jogador sempre acreditei nos processos colectivos, tanto a nível ofensivo como principalmente a nível defensivo, não me esquivando, como é óbvio, à responsabilidade individual, onde tudo começa! Isto é que diferencia uma equipa razoável de uma equipa campeã! Mas acredito que o CAB vale mais como equipa do que pelas suas individualidades, o que não quer dizer que não haja atenções especiais relativamente a alguns dos seus jogadores, nomeadamente o base, pois grande parte do jogo ofensivo da equipa passa por ele. Obviamente que se conseguirmos evitar que isso aconteça as nossas probabilidades de sucesso serão maiores”, referiu o capitão de equipa.