CAB vence duelo insular

O CAB Madeira deu continuidade ao bom resultado alcançado no feriado, em Ovar, em jogo a contar para os 16 avos de final da Taça de Portugal, ao vencer, nos Açores, a equipa do Lusitânia, por 67-62.

Competições
14 DEZ 2014

Num jogo marcado pela baixa pontuação registada por ambas as equipas, a vantagem construída pelos madeirenses durante o 2º período do encontro viria a revelar-se decisiva para o desfecho do mesmo. Com este triunfo, o CAB está mais próximo da parte de cima da tabela classificativa, já o Lusitânia se afastou um pouco mais dos lugares cimeiros, ainda que tenha um registo de 50% de vitórias.

 

Causa alguma estranheza, como é possível o Lusitânia, que revelou um domínio avassalador na luta das tabelas (49/27), tendo conquistado 21 ressaltos ofensivos, tenha acabado por perder este encontro. Mérito do conjunto madeirense, pela forma mais eficaz como se comportou da linha de lance-livre (14/16 – 88%), controlou a posse de bola (apenas 10 turnovers vs 18 do Lusitânia), e foi mais agressiva a defender, tendo lhe valido 12 roubos de bola durante todo o encontro.

 

Se no final do 1º período o CAB perdia pela diferença mínima (17-18), o bom desempenho defensivo dos comandados de João Paulo Silva durante o 2º quarto permitiu a reviravolta no marcador. O CAB começava, paulatinamente, a defender melhor. Conseguiu parar a circulação de bola do cinco angrense com uma defesa zona inultrapassável por diversas ocasiões. Basta referir que o Lusitânia só concretizou um triplo nos restantes 30 minutos (já no derradeiro quarto, por Cavel Witter, e numa fase de desespero de causa) e chegou apenas aos 10 pontos no 2º período. Os 28-40 ao intervalo são fruto da boa estratégia dos forasteiros.

 

O intervalo não mudou o cariz da partida. O Lusitânia esteve mais de três minutos após o recomeço com apenas dois pontos cocretizados, aqui e ali com alguns tropeções no processo de ataque. A defesa zona do CAB, com uma ou outra nuance, continuava segura e imperturbável

 

Com 43-51 à entrada para os derradeiros 10 minutos, a turma de Angra do Heroísmo conseguia exercer domínio no que toca à luta das tabelas, mas também perdia a bola com maior frequência, bem como se mostrava desinspirada em determinados lançamentos abertos.

 

O início do último período até trouxe novo ânimo para os lusitanistas. Primeiro Mohamed Camara e depois Edson Ferreira conseguiram reduzir a diferença para apenas quatro pontos, mas depois vieram os triplos dos madeirenses, sempre em momentos chave, a complicar a reação do Lusitânia.

 

Mérito, claro está, do CAB Madeira, que soube ser consciente no ataque. Frederico Tavares foi o primeiro a conseguir um triplo para a reposição de números confortáveis. José Correia fez o mesmo isto depois de Blake Polle também tentar pelo lado do Lusitânia já num ato de inconformismo. O triplo de Witter já veio fora de tempo, mesmo que o cinco local nunca tenha desistido. 

 

O norte-americano do CAB Madeira, Aaron Jordan (23 pontos, 5 ressaltos, 5 assistências e 3 roubos de bola) rubricou uma exibição muito completa, à semelhança do que fez o seu compatriota Tommie Eddie (21 pontos e 9 ressaltos) que terminou o encontro muito próximo de um duplo-duplo.

 

Blake Poole (22 pontos e 14 ressaltos) vai revelando ser cada vez mais influente nos dois lados do campo, mas nem com o contributo de Willis Hall (18 pontos e 10 ressaltos) e Mohamed Camara (13 pontos e 15 ressaltos) conseguiu evitar a derrota do Lusitânia.

 

 

Foto – Cláudio Gomes

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14 DEZ 2014

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