Carla Nascimento completou a 100ª internacionalização

Aquando da notícia que fizemos sobre o sensacional desempenho do seleccionado luso no embate com a poderosa congénere germânica, fizemos uma curta referência à 100ª internacionalização completada pela nossa capitã, a base Carla Nascimento.

Atletas | Competições | Seleções
9 JUN 2013

Mas a nossa ideia foi sempre de dedicar mais algum espaço e tempo a esta efeméride… porque não se fazem 100 internacionalizações todos os dias.

Isto para dizer que Carla Nascimento igualou no ranking das jogadoras internacionais ao serviço das selecções nacionais a incontornável Ticha Penicheiro e Nádia Tavares, ambas já integrantes do clube das centenárias. Mais: com a 101ª a atingir mais logo ante a nossa já bem conhecida selecção de Israel, igualará Mónica Duarte e Sara Filipe, por sinal (é apenas uma curiosidade…) as duas atletas que antecederam Carla no cargo de capitã da selecção nacional sénior, ficando a apenas duas de fazer companhia a Sónia Reis (8º lugar com 103). “Para mim é uma grande honra ter atingido este objectivo. Nestes anos que tenho de actividade internacional já passei por alguns ciclos de treinadores e de equipas. A 100ª chega numa altura em que sentimos estar cada vez mais perto de atingir um nível internacional que já se pode considerar bastante bom. Lutar de igual para igual como o fizemos ontem frente à Alemanha, que é uma selecção do 1º nível europeu (Divisão A), quando havia dois níveis, era uma situação impensável há algum tempo atrás. Embora defrontando equipas com índices físicos normalmente superiores (mais altas, mais pesadas e com maior envergadura), a nossa evolução em termos de nível técnico-táctico começa a aproximar-se delas e conseguimos muitas vezes equilibrar as coisas.”, começou por referir a nossa interlocutora. Passando em revista estes anos em que temos acompanhado as selecções nacionais, nomeadamente de seniores e Sub-18 femininos, desde 2004, recordámos o Europeu de Sub-20 Femininos, Divisão B, em Druskininkai (Lituânia). Carla Nascimento fazia parte dessa selecção, comandada por José Leite sendo José Carruna o adjunto, de que faziam parte, entre outras, Tamara Milovac, Joana Lopes, Dora Duarte, Célia Simões, Andreia Coelho, Inês Aragão, Carla Ribeiro, todas de 1986, e ainda Nádia Tavares e Ana Paula Silva, as benjamins do grupo (de 1988), se a memória não nos atraiçoa. Foi a 1ª selecção em que nos cruzámos e desde então já não têm conta as repetições. Com Carlos Portugal (até 2009) e desde 2010 com Ricardo Vasconcelos, actual seleccionador nacional feminino. “Foi depois desse campeonato, ganho por Israel (com Shay Doron a ser a MVP da competição) e ainda Ekaterina Abramzon, que integram o conjunto israelita nosso oponente esta tarde, que comecei verdadeiramente a minha carreira a nível de clubes, já como sénior. Joguei no Santarém Basket , liderado pela Mariyana Kostourkova e tendo Sónia Reis e Tamara Milovac como companheiras de equipa, durante meia temporada e depois fiz a minha 1ª experiência em Espanha, onde representei o Olesa (de Montserrat), nos arredores de Barcelona, da 2ª Liga espanhola e aí joguei ao lado da Helena Boada, que defrontámos na semana passada, aquando do os jogos de preparação com a Eslovénia, em Kranjska Gora. Afinal ela não conseguiu resolver a questão da naturalização (o passaporte dela não chegou a tempo…) e por isso não pôde representar a Eslovénia nos jogos da fase de qualificação a decorrer na Bulgária (Samokov). Em 2006/07 fui para o CAB Madeira, com Ricardo Vasconcelos como treinador principal, seguindo-se o Boa Viagem, AD Vagos e depois de acabar o meu curso (Comunicação Social) prossegui a minha carreira em Espanha (Universitário de Ferrol, ADBA de Avilez e CB AlQazares, de Cáceres), clube este onde fiz a época de 20012/13 e meia temporada no ano anterior (2011/12) quando saí de Avilez. Este ano falhámos por uma nesga a subida à 1ª Liga, tendo sido promovida a equipa onde jogava a Carla Freitas.”, recordou Carla Nascimento como sendo alguns dos marcos mais importantes do seu percurso basquetebolístico.“ Sobre o futuro, a priori irei continuar em Cáceres. Até quando? Não sei. Vamos pensando ano a ano. Gostava de fazer ainda muitas coisas, a nível de basquetebol. Mas não descuro a área profissional em que investi. Em Cáceres escrevia uma coluna semanal (A base de Carla), no El Periodico de Extremadura, em que tinha ampla liberdade mas sempre sobre desporto e também, como hobby, dava aulas de ginástica de manutenção a 4 grupos de senhoras reformadas, dos 40 aos 70 e tal.”Por último e respondendo no concreto à questão colocada em como tem sido esta experiência “nova” como capitã de equipa, Carla foi peremptória e assertiva: “Julgo que também já tinha desempenhado cargo idêntico nas Sub-20, mas numa selecção não há muito tempo para grandes preocupações. A rotina do dia a dia nos estágios é muito absorvente, basicamente é passar a informação às minhas companheiras. Não há grandes histórias nem complicações. Acho que é fundamental ter bom senso, ponderação e respeito por todos os elementos do grupo de trabalho.”.

Atletas | Competições | Seleções
9 JUN 2013

Mais Notícias