Carlos Caetano comenta época do Galitos

Os resultados obtidos pelo Galitos FC/Tley esta temporada na Proliga excederam as metas delineadas no início da temporada e isso logicamente deixou o treinador muito satisfeito.

Treinadores
20 JUN 2009

Mas nem tudo foram rosas pois segundo Carlos Caetano também houve aspectos negativos…

Que balanço desta temporada? Considero que o balanço da época realizada pelo Galitos FC é bastante positivo. Depois de termos alcançado o 13º lugar na época anterior, definimos, em Setembro de 2008, que os objectivos a alcançar passavam por atingir o 7º lugar na fase regular, muito embora esta meta fosse ajustável com o desenrolar da competição. Ao termos concluído a fase regular do Campeonato da Proliga na 3ª posição, e terminado a nossa participação, após a disputa da meia-final do playoff, onde fomos eliminados pelo Sampaense (3-1), a equipa não só atingiu, como superou, os objectivos delineados. Que aspectos negativos e positivos ressalva? Nos positivos a aposta que fizemos em jogadores jovens e ambiciosos que se afirmaram esta época na Proliga; a capacidade que ultrapassar um começo menos bom no Campeonato, que funcionou como uma importante etapa de aprendizagem; o facto dos jogadores terem assimilado a importância da defesa e, consequentemente, termos conseguido ser a equipa com menos pontos sofridos na fase regular da competição; termos vencido o Troféu António Pratas e finalizado a Proliga 2008-2009 na 3ª posição. Os negativos sem dúvida a dificuldade criada pela escassez de recursos humanos e logísticos, de forma a melhor suportar a participação do clube nesta exigente competição; os horários dos treinos (21h45-24h00), que influenciam o rendimento de cada elemento da equipa nas actividades profissionais que desempenha. Já tem algum convite para a próxima época? Não. Ainda não tive nenhuma proposta para a próxima época. Tem algum projecto que gostaria de levar a cabo? Gostaria de treinar uma equipa sénior num projecto a médio prazo (2/3 anos), com jogadores jovens e com uma estrutura de recursos humanos e logísticos necessários ao desenvolvimento desse mesmo trabalho. Qual é o seu modelo de jogo favorito? Não tenho um modelo de jogo único, mas a minha filosofia assenta numa defesa Individual (HxH) e num Ataque 1:4, após rápidas transições ou contra-ataque puro. Cada vez mais os jogadores que compõem a nossa equipa e o Scouting realizado aos adversários são os factores a ter em consideração na tomada de decisão sobre a estratégia a utilizar em cada jogo. De todas as equipas que já treinou, qual foi a que lhe proporcionou os melhores momentos? Naturalmente os melhores momentos da carreira de um treinador coincidem com o atingir dos objectivos estabelecidos. Assim, vencer determinada competição é na maioria das vezes a parte visível do trabalho realizado ano após ano. Nesta perspectiva, o primeiro título nacional de juniores femininos, como treinador principal, alcançado em 1998-1999, ou a vitória na Liga Feminina em 2006-2007, ambos pelo GDESSA, foram momentos únicos, que marcaram o meu percurso. Mas considero que a equipa que melhores momentos me proporcionou foi a de cadetes masculinos do FC Barreirense, que treinei entre 2003 e 2005, e que venceu 2 Campeonatos Nacionais neste escalão. Curiosamente voltei a reencontrar alguns desses jogadores esta época no Galitos. Há algum momento em particular que nunca vá esquecer? Mais recentemente, a passagem às meia-final do playoff da Proliga, no jogo 3 com o Sangalhos, que terminou com a nossa vitória, por 76-72. Acrescento ainda as derrotas que esta época tivemos por 63-71 com o Benfica e por 82-84 com o FC Porto, nas quais realizámos exibições muito positivas.E o mais negativo? A derrota pelo GDESSA na meia-final da Taça de Portugal, em 2006/07, frente ao CAB Madeira, por 2 pontos, quando a 34 segundos vencíamos por 3 e tínhamos posse de bola. Qual é a sua opinião sobre o actual estado do basquetebol em Portugal? Penso que existem condições e matéria-prima (jogadores) para que o basquetebol português melhore internamente, bem com a nível internacional, mas tal só será possível se forem criadas condições e apoios aos treinadores (profissionalização) e aos clubes através de apoios autárquicos e estatais, de acordo com programas de desenvolvimento bem definidos e com objectivos claramente traçados, que visem a formação dos jovens praticantes. Tem alguma opinião formada sobre o que deve ser alterado para melhorar a qualidade competitiva da modalidade? Considero que, uma vez que se acabou com a Liga Profissional e se criou uma nova competição, dever-se-ia ter aproveitado a oportunidade para reduzir o número de estrangeiros na LPB, para 2 por equipa, factor esse que não só proporcionaria maior visibilidade aos jogadores portugueses, bem como “obrigaria” a melhorar o trabalho desenvolvido nos escalões de formação dos diversos clubes.

Treinadores
20 JUN 2009

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