Colectivo luso com muita atitude e confiança
Com uma exibição em que a atitude, determinação e querer andaram de mãos dadas durante todo o encontro, Portugal surpreendeu a Hungria (67-63), garantindo a 2ª posição no Grupo A.
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13 JUL 2011
Agora é tempo de descansar (hoje é o dia de folga da nossa equipa e amanhã é o 2º dia de descanso para todos os participantes), recarregar baterias e lutar até ao limite na 6ª feira ante o 3º classificado do Grupo B, com Israel a ter em teoria mais probabilidades de ser o nosso adversário. Em aberto está a presença nas meias-finais do Europeu de Sub-20 femininos, Divisão B. Portugal entrou melhor na partida e Maria João Andrade a mostrar que também tem bom tiro exterior, pois a meio do 1º período as nossas representantes lideravam (6-10), com 1 duplo e 2 triplos (8 pontos) da extremo/poste do Olivais. A Hungria passa para a frente pela 1ª vez aos 11-10 (minuto 7), aumentando depois para 13-10, o que obrigou Eugénio Rodrigues a parar o cronómetro, com 2,47 minutos para jogar. A viragem aconteceu muito por culpa da poste Bernardett Balla (1,88m) que dominava as duas tabelas, sendo a marcadora de serviço das magiares. No final do 1º quarto a vantagem era húngara (15-12).Não dando liberdade à pedra mais influente das adversárias (a extremo Réka Bálint, que tinha uma média de 19 pontos nos jogos anteriores), a agressividade defensiva das lusas foi criando cada vez mais dificuldades às húngaras, que diga-se de passagem acusaram a ausência de Judit Mányoky, temível triplista, que se lesionara num treino. Depois de uma toada de parada e resposta, com as diferenças a oscilarem entre 1 e 4 pontos (apenas duas vezes, aos 24-20 no minuto 15 e aos 28-24 à entrada do minuto 18), com Daniela Domingues a aparecer como marcadora. Maria João Andrade empatou (31-31) com 1,14 minutos para jogar e depois de Michelle Brandão ter acertado o seu único triplo da noite (31-34) foi de novo Maria João Andrade que em cima do intervalo (a 1 segundo) não tremeu da linha de lance livre, elevando para 14 pontos a sua conta pessoal quando soou a buzina para o descanso (31-36).No 3º período (15-14) o seleccionado luso jogando com muita concentração aumentou a vantagem primeiro para 7 pontos (31-38 e 33-40), depois para 9 (36-45), no minuto 24 com a 1ª bomba de Daniela Domingues a cair e ainda para 38-48 (10 pontos, a maior diferença), com a extremo da AD Vagos a ser a autora de uma jogada de 2+1, no minuto 25. Correndo atrás do prejuízo, a Hungria reduziu para 44-48 mas o final do 3º quarto surgiu ainda com as portuguesas na liderança (46-50).O último período foi muito equilibrado (17-17), mas Portugal voltou a não permitir que as magiares dessem a volta ao jogo. O melhor que a Hungria conseguiu foi encurtar para a diferença mínima (51-52), por intermédio de Bálint primeiro a acertar o seu único triplo (49-52) e depois um duplo (51-52), no minuto 33. Mas Daniela Domingues muito serena respondeu num ataque rápido convertendo o seu 2º triplo, fechando a sua conta pessoal (16 pontos e 2ª marcadora da equipa), ainda no mesmo minuto.Pouco depois (minuto 34) o seleccionador nacional fez reentrar Michelle Brandão (no banco com 4 faltas desde o final do 3º período), tendo a base do Olivais revelado a sua influência na ponta final da partida ao marcar os últimos 5 pontos da selecção portuguesa (60-63 de lance livre, 61-65 com um duplo, 61-66 e 63-67, ambos da linha de lance livre), sendo os 4 últimos nos derradeiros 36 segundos.Destaque na selecção de Portugal para o desempenho de Daniela Domingues que discutiu a atribuição de MVP do encontro. Terminou com 16 pontos, 2/3 nos triplos, 6 ressaltos sendo 3 ofensivos, duas assistências,1 roubo e 4 faltas provocadas, com 6/7 nos lances livres. Foi bem acompanhada por Luiana Livulo (13 pontos, 8 ressaltos sendo 2 ofensivos, 2 roubos, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres) e Maria João Andrade, a melhor marcadora da partida (17 pontos, 2/2 nos triplos, 4 ressaltos defensivos e duas faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres). Michelle Brandão (13 pontos, 4 assistências, 2 ressaltos defensivos e 4 faltas provocadas, com 4/8 nos lances livres) acabou por ser decisiva na manutenção da vantagem, fazendo valer a sua experiência e leitura de jogo, no que foi seguida por Inês Faustino, também com 4 assistências, que a substituiu enquanto a primeira esteve no banco. Na congénere da Hungria esteve a MVP do jogo, a poste Bernardett Balla (14 pontos e 8 ressaltos sendo metade ofensivos), bem secundada por Anna Kováts (10 pontos, 3 ressaltos, 3 roubos e uma assistência). Réka Bálint (11 pontos, 5 ressaltos defensivos,1 triplo e duas assistências) esteve pouco eficaz nos lançamentos de 2 pontos (36%), falhando 7 das 11 tentativas, quando até hoje detinha uma percentagem de 65% nesse indicador. Melhor nesse particular esteve Krisztina Velkey (12 pontos e 5/8 nos duplos). Em termos globais Portugal apresentou maior eficácia no tiro exterior (33%-60%), com 6 triplos em 10 tentados contra apenas 2 em 6 tentativas, compensando deste modo o maior acerto da Hungria nos duplos (46%-40%), o que se traduziu num evidente equilíbrio nos lançamentos de campo (44,2%-44,0%). As nossas representantes foram também mais colectivas (8-13 assistências), enquanto as magiares roubaram mais bolas (7-4 roubos) e cometeram menos erros (14-15 turnovers). A Hungria ganhou a luta das tabelas (34-29 ressaltos), tanto na tabela defensiva (24-22 ressaltos), como na ofensiva (10-7 ressaltos), mas Portugal provocou mais faltas (22-24), usufruindo de 27 lances livres (falhou 10) enquanto as húngaras foram bem mais certeiras (83%), ao falhar apenas 3 das 18 tentativas.Ficha do jogoHungria (63) – Bettina Baksa (7), Flóra Szabó (1), Réka Bálint (11), Krisztina Velkey (12) e Bernardett Balla (14); Anna Kováts (10), Alma Németh (4), Anna Mansaré (4) e Bettina Szabó Portugal (67) – Michelle Brandão (13), Maria João Correia (8), Daniela Domingues (16), Maria João Andrade (17) e Luiana Livulo (13); Filipa Bernardeco, Telma Fernandes, Inês Faustino, Carsidália Silva e Sara OliveiraPor períodos: 15-12, 16-24,15-14, 17-17 Árbitros: Marc Hesters (Bélgica), Daniel Romano (Israel) e Timo Suslov (Estónia) Outros resultados da 4ª jornada:Grupo ASuécia 87-47 MacedóniaSuécia é virtual vencedora do grupo (3V), enquanto Portugal garantiu o 2º lugar (3V-1D).Grupo BRepública Checa 73-44 BélgicaÁustria 68-54 EstóniaGrécia 60-48 IsraelRepública Checa e Grécia ainda não perderam (4 vitórias cada), discutindo a 1ª posição na 5ª e última ronda da fase preliminar, amanhã. Israel (em 3º, com 2V-2D) defronta as austríacas (1V-3 D) no jogo que definirá o adversário de Portugal nos quartos-de-final.