«Conseguir a vitória»
A missão do Eléctrico FC de tentar conquistar o título de campeão da Proliga está extremamente complicada, já que depois das duas derrotas averbadas no Porto a equipa deixou de ter margem para erro.

Atletas | Competições
20 MAI 2015
E para vencer os próximos três encontros deste playoff final, João Lanzinha enumera alguns capítulos do jogo em que a formação de Ponte de Sor está obrigada a ter melhorar. Embora se foque mais nas questões defensivas, o jogador sabe que uma maior eficácia atacante contribui, e muito, para que o trabalho no lado oposto se torne mais fácil e realizável.
A equipa do Dragon Force não facilitou nos dois primeiros jogos da série, mantendo-se fiel aos seus princípios e filosofia de jogo. E se nesta fase adiantada da temporada se perceba facilmente no que assenta o sucesso desta equipa portista, bem mais complicada é atarefa de Lanzinha e restantes colegas para contrariar dentro do campo. “Tivemos bastantes dificuldades ao nível do ressalto defensivo, o que fez com o Dragon Force tivesse mais segundas oportunidades para concretizar lançamentos. A má recuperação defensiva da nossa parte foi uma fator determinante no jogo, uma vez que foi através de transições ofensivas que o Dragon Force conseguiu obter uma margem confortável. Pois são uma equipa muito rápida e que joga bastante bem em contra-ataque.”
De facto os azuis e brancos impressionam pelo trabalho que desenvolvem nas duas tabelas, acabando por facilitar o seu estilo de jogo e eficácia ofensiva. Obrigar o adversário a ter que jogar 5×5 em meio campo é, na opinião de Lanzinha, a chave para dar a volta à eliminatória. “Tal como referi, se melhorarmos principalmente aqueles dois aspetos e fizermos com que o Dragon Force tenha de organizar o seu ataque com certeza que lhes causaremos maiores dificuldades.”
Mas no ataque a equipa de Ponte de Sor tem que se mostrar mais assertiva, não só a atirar ao cesto como nas suas tomadas de decisão. “A nossa eficácia, tanto ao nível de lançamento exterior como interior, tem de ser mais proveitosa, uma vez que não iremos ter tantas oportunidades para segundos lançamentos.”
O Eléctrico FC não pode dar-se ao luxo de dar tiros abertos aos jogadores dos dragões, mas isso obriga a ter que contestar todos os lançamentos, defender muito, uma tarefa que, tal como relembra Lanzinha, fica mais complicada para equipa com o plantel mais curto. “Tal como nos encontros anteriores, a boa eficácia do Dragon Force no lançamento exterior é um dos aspetos mais preponderantes do jogo e sobre o qual teremos de ter maior atenção. A condicionante das faltas, principalmente nos nossos jogadores mais interiores, bem como o desgaste físico da equipa, veio ainda mais dificultar a nossa tarefa. Isto porque que não conseguimos ser tão agressivos na bola como queríamos, o que facilita o estilo de jogo do Dragon Force.”
Sem nada a perder, e com a subida já garantida, João Lanzinha quer adiar a decisão do titulo, e para que isso aconteça, o Eléctrico tem que vencer jogos nesta série final. Quanto mais não seja, no sentido de preparar a equipa para a realidade com que se vai deparar na próxima temporada. “A nossa expectativa passa sempre por conseguir a vitória e não é pelo facto que estarmos em desvantagem que não teremos essa mesma ambição. Cada jogo é um jogo em que tudo pode acontecer. Sabemos que iremos ter muitas dificuldades como tivemos nestes dois primeiros jogos mas, também não iremos facilitar em nada a tarefa do Dragon Force. O facto de termos conseguido o direito de participar na Liga já em sem dúvida um feito histórico no clube e uma recompensa para todos no clube pelo trabalho realizado.
Sabemos que daqui para a frente iremos ter dificuldades ainda mais acrescidas e estes jogos são um bom teste para a nossa equipa e para o que se espera do próximo ano.”