«Controlar o ritmo de jogo»
Se é verdade que a qualificação para o playoff está bem próxima, a descida é igualmente um panorama que não está afastado para a equipa do Atlético.

Atletas | Competições
18 FEV 2015
A formação da Tapadinha desloca-se este fim de semana ao Porto, para defrontar o Dragon Force, líder invicto da prova e que tem dominado por completo a competição. Para Miguel Barroca, os azuis e brancos estão num patamar diferente, até pelas condições de trabalho que a tudo se assemelham a uma equipa da Liga, pelo que a principal competição masculina é o sitio certo para os dragões. Ainda assim o base do conjunto da Tapadinha promete tentar impor a primeira derrota da temporada aos portistas, mas para que tal aconteça o Atlético terá de controlar muito bem o ritmo do jogo, e obrigar o conjunto da casa a sair das suas rotinas ofensivas.
Indiscutivelmente o sucesso obriga a trabalho, e as condições proporcionadas aos atletas do clube portista potenciam o enorme talento que existe no seu plantel. “O Dragon Force é de longe a equipa mais forte da Proliga. Treinam muito mais do que as outras equipas, o que lhes dá uma grande vantagem tática, técnica e física. O ritmo de jogo que conseguem impor, fruto da sua condição física e da profundidade do plantel, condiciona bastante o jogo dos adversários.”
Tentar acompanhar a velocidade a que Dragon Force joga é um risco demasiado elevado, e que Miguel não quer que a sua equipa corra no próximo fim de semana. Já no 5×5 em meio campo, o Atlético terá que tentar interferir com a estabilidade atacante que os azuis e brancos habitualmente demonstram nos seus jogos. “Assim, de forma a dificultar o trabalho ao Porto, é importante tentar abrandar e controlar o ritmo de jogo. Defensivamente vamos ter que estar muito mais concentrados para conseguir obrigá-los a fazer coisas que não estão habituados, tirá-los da zona de conforto.”
A qualidade do adversário é tal, que o base do Atlético tem dúvidas que perca a sua invencibilidade até final da fase regular. Um feito que Barroca gostaria de alcançar nesta jornada. “É um jogo atípico neste campeonato. Todas as equipas são bastante equilibradas mas eles estão num nível acima. Tenho sérias dúvidas se vão perder algum jogo, mas nós faremos os possíveis para sermos os primeiros a consegui-lo.”
O conjunto de Alcântara está a uma vitória de distância de um lugar de acesso ao playoff, a mesma que a dista da cauda da tabela classificativa. “Relativamente ao resto do campeonato, queremos chegar ao playoff. Cada jogo daqui para a frente terá que ser encarado como uma final, e todas as vitórias vão contar. Penso que, tirando o Porto, todas as equipas são muito equilibradas, o que fará com que até ao final muita coisa possa acontecer.”
“Aproveito para deixar a nota que, para o bem do basquetebol português, é mesmo muito importante que o Porto volte para Liga. É uma equipa formada por um grupo que acredito poder vir a fazer parte da seleção nacional de seniores, mas para isso têm que estar a jogar no nível mais alto. Por muito bem que treinem, é a jogar com os melhores que eles vão evoluir mais, e os melhores estão na Liga. Além disso, o clube em si é um histórico que traz mais adeptos e mais emoção ao nosso basquetebol.”