«Desejo alucinante de ir ao Europeu»

Tomás Barroso está a viver intensamente todos os momentos da concentração, diz-se totalmente integrado no grupo e conta-nos nesta entrevista algumas das emoções vividas na primeira semana da concentração.

De que forma é que foi recebido pelos seus colegas? Muito bem. Até ao momento não tive nenhum reparo a fazer a esta minha integração e tenho a certeza de que jamais a irei ter. O grupo é fantástico, para além de já se conhecer há muitos anos, há a perfeita noção dos benefícios que a integração de elementos mais jovens trazem, pelo que nos transmitem muita segurança. Por isso não houve problemas a esse nível, antes pelo contrário. Facilitaram bastante a minha adaptação.Que tal é estar entre os melhores do país? Como já referi em entrevistas anteriores, é um enorme orgulho e uma grande satisfação estar nos trabalhos de preparação da Selecção Nacional sénior do meu país. Por outro lado sinto que é na verdade um reconhecimento pelo trabalho que tenho vindo a desenvolver durante estes anos, com especial incidência neste último de estreia na LPB, mas também uma responsabilidade maior perante as pessoas que acreditaram em mim. Ter chegado com a minha idade a este nível, só me dá mais força para continuar a lutar, para trabalhar mais e com maior qualidade.Que balanço faz destes primeiros tempos de trabalho? Foi uma semana de trabalho muito intensa, como se esperava, e com resultados bastante positivos. Penso que assimilámos grande parte do que a equipa técnica pretendia para esta fase e isso só se consegue com muito trabalho, dedicação e concentração. Preocupa-nos de alguma forma as lesões que existem no grupo, mas tenho a certeza que nunca vamos deixar de lutar pelos nossos objectivos.Como descreveria o ambiente de trabalho que se vive na Selecção? O ambiente de trabalho é fantástico com todos os jogadores a procurarem dar o seu melhor. Todos os dias sentimos a vontade de nos superarmos a nós próprios e de irmos um pouco mais além neste objectivo comum. Nota-se que o grupo quer ir à Lituânia disputar este Europeu, o que se deve também à motivação que nos é dada aos incentivos e às regras de trabalho que nos são exigidas pela equipa técnica.Como é trabalhar com o Mário Palma? Desde muito novo que estive habituado a trabalhar muito duro com as mentalidades de sérvios e croatas em Espanha. Trabalhar com o Mário Palma não difere muito, para além de que é um treinador justo e que nos trata todos por igual . Estamos constantemente submetidos a um trabalho muito duro e a um nível de exigência muito elevado, que leva a que tenhamos de ter um grande espírito de sacrifício e muita concentração. Aliás, basta olhar para a carreira do treinador Mário Palma para perceber que só desta forma, dando o máximo todos os dias, se consegue atingir os objectivos e lograr feitos que qualquer jogador gostaria de alcançar. Tem de ser uma experiência bastante positiva e motivadora para nós, pois, como todos sabemos, estamos perante um grande treinador.Sente que todos trabalham com a convicção de participar no próximo Europeu? Claro que sim! O querer deste grupo é imenso e a mentalidade muito forte o que fará certamente de nós um adversário muito difícil. Penso que os que já tiveram a oportunidade de participar num Europeu a este nível têm a ilusão de repetir a experiência e aqueles que nunca o fizeram, como é o meu caso, o desejo “alucinante” de estar entre os 24 da Europa.