Diogo Gonçalves: «Empenho e dedicação»
O jogador não se arrepende de te deixado o Benfica, há 3 anos, e de ter abraçado este projecto da formação açoriana, que agora foi coroada com o título da Proliga.
Atletas | Competições
12 JUN 2011
Diogo conta que a união do grupo foi a principal arma da equipa esta época e que em Fevereiro, depois de ganhar ao Galitos, no Barreiro, o plantel soube que era possível conquistar o título da segunda mais importante competição nacional masculina. Leia a entrevista nos detalhes desta notícia.
Começaria por lhe perguntar depois de ter feito a sua formação no Benfica, como terminou a jogar nos Açores, mais concretamente na ilha Terceira.Representei o Sport Lisboa e Benfica durante 10 anos, onde fui por campeão distrital e nacional. No verão de 2008 o Benfica disse-me que não contava comigo para a equipa sénior, iria jogar na equipa B que disputava a CNB1. Por isso optei por sair. O clube que demonstrou mais interesse foi o Terceira Basket, apresentou-me um projecto aliciante que contava com a subida a Proliga.Julgo não estar enganado, mas esta foi a sua terceira época no Terceira. Razão pela qual acompanhou por dentro ao crescimento do clube. Sentia que de ano para ano o clube estava mais próximo dos clubes do topo do campeonato da Proliga? Sim, esta foi a minha terceira época no Terceira. No primeiro ano subimos à Proliga, a experiência é essencial num campeonato mais exigente que a CNB1, mas a equipa foi crescendo durante a época. Este ano, com mais experiência e um jogo interior mais forte acreditámos, o que veio a suceder, que era possível aproximarmo-nos dos primeiros lugares.Encontra alguma explicação que justifique o sucesso que tiveram esta temporada? A união do grupo foi a nossa principal arma, apesar de algumas lesões e da mudança de treinador, ficámos ainda mais unidos. Queria destacar o empenho e a dedicação de todos os jogadores e realçar os dois norte-americanos, que vieram acrescentar mais capacidade física no jogo interior (Durrell Nevels) e na organização de jogo (Nate Bowie – MVP da Proliga). Numa ilha com a dimensão da Terceira, acha que o clube na próxima temporada terá condições para “rivalizar” com o Lusitânia, que no fundo é o clube com mais tradição?Antes de mais é de louvar uma ilha com a dimensão da Terceira conseguir ter duas equipas na Liga, demonstra um bom trabalho ao nível da formação e do incentivo à prática do Basquetebol. Quanto à sua pergunta, vai ser uma época complicada, o Lusitânia já tem experiência de Liga, o Terceira para além de ser um clube novo (6 anos), vai pela primeira vez disputar a LPB. Se já foi uma grande diferença da CNB1 para a Proliga, ainda mais vai ser da Proliga para a Liga.Existiu algum momento ou acontecimento ao longo da temporada que vos tenha feito acreditar que poderiam lutar por objectivos mais ambiciosos até final da época?Sim. O momento foi em Fevereiro, no Barreiro, depois de ganhar ao Galitos por 70-55. Nesse momento falamos entre nós no balneário que jogando dessa forma era possível ganhar o campeonato.Relativamente à próxima temporada, perguntava-lhe se vai acompanhar o Terceira na aventura da LPB. E em que aspectos o clube tem que investir caso queira ser competitivo na Liga? Ainda não houve proposta da parte do Terceira, mas penso que há interesse de ambas as partes para que isso aconteça. Quanto à segunda questão, creio ser necessário um jogo interior forte, a Liga é um campeonato com jogadores mais altos e fortes fisicamente que a Proliga.