“É fundamental entrarmos com níveis de confiança elevados”
A poucas horas do Portugal-Suécia de amanhã que fecha a campanha do Europeu de Seniores Femininos, Divisão B, não podíamos deixar de fazer o lançamento da partida com o seleccionador Ricardo Vasconcelos.
Competições | Seleções
11 JUN 2011
O último jogo contra o líder do Grupo A, ainda que em igualdade pontual com a Eslovénia, ambos com 4 vitórias e uma derrota, não irá naturalmente resolver nada, porque as coisas estão resolvidas.
A selecção portuguesa será certamente 3ª classificada – não acreditamos que a Noruega tenha capacidade para desfeitear a Eslovénia na condição de forasteira, já que na 1ª volta a vantagem foi das eslovenas por 20 pontos, em solo norueguês – e por isso o que está em causa é apenas uma questão de prestígio. Todavia é preciso recordar que esta é a segunda campanha em que nos cruzamos com a Suécia e o triunfo caiu sempre para as cores nórdicas, das três vezes em que os defrontámos.: em 2008 (Oliveira do Hospital), em 2009 e 2010 (ambas em Norrköping).Acresce ainda a circunstância de que a selecção sueca que amanhã estará no Pavilhão Municipal de Casal de Cambra, a partir das 16h30 (o início do jogo foi antecipado por causa da transmissão televisiva, a cargo da Sport TV), é praticamente igual à do ano passado. Faltam Frida Aili e a poste Kadjida, mas em compensação voltam a contar com Ethel Eldebrink, a gémea de Frida, que por razões de saúde não jogou a 1ª volta desta campanha.Para Ricardo Vasconcelos «o grande ponto forte delas é a questão física. Estamos a falar do ritmo a que jogam e na quantidade de contactos que utilizam no seu modelo de jogo. É o aspecto em relação ao qual temos mais dificuldade de ultrapassar. Este tipo de jogo altera-nos a forma de jogar, sendo indubitavelmente um ponto com o qual não nos damos muito bem. A juntar a isto têm uma das melhores bases a jogar na Europa (Frida Eldebrink) e um verdadeiro “5” (Louice Halvarsson), ambas a alinhar na Euroliga, em representação do Spartak Brno, equipa checa do topo europeu. Isso vai-nos criar naturalmente muitas dificuldades defensivas.».Mesmo consciente do enorme valor que representa a congénere adversária, o seleccionador luso não abdica de tentar lutar com todas as armas de que dispõe para levar de vencida a líder do Grupo A.«A forma como baseamos a defesa na redução máxima do tempo de ataque no nosso meio campo defensivo, com o objectivo de retardar as transições delas e a forma como vamos defender o bloqueio directo entre essas duas jogadoras, é decisiva para alterar a forma de jogar da equipa sueca.».«Quanto a nós o fundamental é entrar no jogo com níveis de confiança altos, pois este é o jogo mais fácil de encarar. A pressão não está do nosso lado e por isso estamos mais libertos para jogar com tranquilidade e confiança.», concluiu.