“É uma sensação surreal, sinto-me muito honrada”

O dia de ontem trouxe a notícia da entrada de Ticha Penicheiro no Women’s Basketball Hall of Fame e a ex-internacional portuguesa, que atualmente é embaixadora do projeto Jr. NBA em Portugal, admitiu que quando chegou aos Estados Unidos não tinha em mente alcançar patamares tão elevados, «quando vim para cá nem sabia o que era o Hall of Fame, mas é isso mesmo, é um Hall of Fame dedicado às pessoas que contribuíram para o basquetebol feminino de forma excecional»

 

O currículo invejável, recheado de conquistas coletivas e individuais, tanto nos Estados Unidos como na Europa, foi um dos critérios que levou à escolha de Penicheiro. A portuguesa recebeu logo em 1998 o Wade Trophy que distingue a melhor jogadora do circuito universitário norte-americano (NCAA), foi campeã da WNBA em 2005, é a 2.ª jogadora com mais assistências na história da WNBA e foi por quatro vezes ao WNBA All-Star. Como se não bastasse, juntou a estes títulos conquistas na Europa onde sobressaem a EuroCup (2006) e a Euroliga (2007).

 

Honrada pelo percurso que a conduziu até ao Hall of Fame e orgulhosa pela distinção, "Lady Magic", alcunha atribuida pelas comparações com Magic Johnson, explicou como chegou tão longe, «Tudo aquilo que podia ter feito para ser eleita era dar tudo de alma e coração ao basquetebol. O comité achou que fiz o suficiente para estar ao lado de grande nomes como o de Tina Thompson, Chamique Holdsclaw, Lisa Leslie ou Chris Dailey… a lista é grande, mas ver lá o meu nome é um motivo de grande orgulho», confessa.

 

A cerimónia que vai coroar Ticha Penicheiro e as outras cinco eleitas (Joan Cronan, Nora Lynn Finch, Ruth Riley, Carolyn Bush Roddy, Valerie Still), vai decorrer no próximo dia 8 de junho, em Knoxville no Tennessee, casa do Women's Basketball Hall of Fame.