Emoção até ao fim

O SL Benfica, com um triplo de Seth Doliboa no último segundo do jogo, derrotou o CAB Madeira, por 78-75.

Competições
14 JAN 2012

Depois de um primeiro período magnífico, os insulares nunca desistiram da discussão do resultado, obrigando sempre os encarnados a terem que dar o seu melhor para saírem vitoriosos deste jogo. Os encarnados, apesar de alguns períodos com algum ascendente, nunca se sentiram confortáveis no comando do encontro, isto porque os madeirenses conseguiram sempre dar resposta aos melhores momentos por parte do Benfica. Uma vitória importante, que mais saborosa ainda se tornou tendo em conta a forma como foi conseguida e o rol de ausências por lesão na equipa benfiquista.

O jogo no pavilhão Império Bonança começou a um excelente ritmo, com as duas equipas a revelarem uma elevada eficácia. O CAB esteve muito bem em termos atacantes, com grande movimento nos seus sistemas ofensivos, onde o bloqueio direto era explorado a preceito. Nesse particular aspeto o poste madeirense Jorge Coelho (14 pontos, 3 ressaltos e 3 assistências) destacava-se na marcação de pontos, alternado as finalizações interiores com lançamento do perímetro. A mão quente dos insulares fazia disparar o resultado que chegou à dezena de pontos (21-11). Carlos Lisboa decidiu parar o jogo e era perceptível a preocupação dos encarnados em interpretar melhor a defesa do bloqueio na bola, bem como na aposta em transições ofensivas rápidas sempre que a bola era conquistada. Com o avançar dos minutos as percentagens de lançamento foram caindo, ainda que no final do período os insulares continuassem na frente do resultado (24-17).Logo nos momentos iniciais do segundo período tornou-se evidente que a agressividade defensiva dos iria ser aumentada, que associada à velocidade do regressado Ted Scott (15 pontos e 6 ressaltos) permitiu aos benfiquistas rapidamente passar para o comando do marcador (29-28). Tornara-se mais complicado aos madeirenses lançar nas áreas perto do cesto, a pressão nas linhas de passe impedia que os seus movimentos ofensivos fossem efetuados de uma forma confortável, os roubos de bola surgiam, assim como os turnovers dos insulares. Os oito pontos marcados pelo CAB no segundo quarto demonstram bem as dificuldades sentidas pelos comandados de João Freitas em manter o sucesso ofensivo conseguido nos primeiros 10 minutos do jogo, e explicam a reviravolta no marcador no final da 1ª parte, 37-32 favorável aos encarnados.No recomeço da etapa complementar, e apesar de nos instantes iniciais o Benfica ter dado sinais de querer resolver o mais cedo possível o jogo, o CAB demonstrou um enorme caráter e capacidade de luta para se manter sempre na luta pelo jogo. João Betinho (19 pontos e 7 ressaltos) começava a dar nas vistas, tornando-se na principal arma ofensiva dos benfiquistas, cujos pontos permitiam à equipa lisboeta manter-se na frente do resultado, ainda que por vantagens curtas. Shawn Jackson (17 pontos e 4 ressaltos)personificava a atitude competitiva dos madeirenses, que na parte final do período, com dois triplos das mãos de Barry Shetzer (9 pontos e 5 ressaltos), o último dos quais sob a buzina, colou-se no marcador, indo para o último quarto a perder pela diferença mínima (55-56).O 4º período foi de grande emoção, com as bombas do CAB Madeira a prolongarem a incerteza no resultado, contrariando também o acerto de Seth Doliboa (16 pontos, 5 ressaltos e 3 assistências), a assumir por diversas vezes as responsabilidades ofensivas no ataque encarnado. De três em três o CAB mantinha-se no jogo, até que, a 43 segundos do termo do encontro, Shawn Jackson para lá da linha dos 6.75 metros colocava os madeirenses de novo na frente do marcador (75-74). Posse de bola para o Benfica, Ted Scott empatou o jogo da linha de lance-livre (75-75), após ter sacado uma falta a Mário Fernandes, deixando 30 segundos para serem jogados até final. Novo desconto de tempo, desta vez pedido por João Freitas, para preparar um último ataque da sua equipa. A escolha recaiu sobre o veterano Shawn Jackson, que sem sucesso falhou um tiro de dois pontos a zero graus após se ter libertado com a ajuda de um bloqueio. Ressalto defensivo garantido por Fred Gentry (10 pontos, 9 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola), primeiro passe para o base Miguel Minhava (7 pontos, 6 ressaltos e 5 assistências) que acelera no campo, penetra pela linha final e já em desespero encontra na cabeça do garrafão Seth Doliboa, atrás da linha de três, que com Mário Fernandes pendurado sobre ele, converte o triplo da vitória no último segundo do encontro (78-75). Os norte-americanos Seth Doliboa e Fred Gentry partilharam a distinção de MVP do jogo, com 19.5 de valorização, num encontro em que, para além de Tomás Barroso, Sérgio Ramos, Elvis Évora e Ben Reed ficaram de fora na equipa do Benfica.

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14 JAN 2012

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