Encerramento de mais um ciclo de reuniões da FPB
Competições não equiparadas a profissionais em destaque
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22 FEV 2021
Na passada quarta-feira encerrou-se mais um ciclo de reuniões, por videoconferência, entre a FPB e clubes das competições não equiparadas a profissionais, assim como as suas respetivas Associações.
Com todas as questões levantadas pelo contexto pandémico, em especial depois de decretado novo confinamento, a FPB continua a privilegiar o contacto permanente com todas as partes. De forma residente, pela FPB, marcaram sempre presença e intervieram o presidente Manuel Fernandes, Nuno Manaia, diretor técnico nacional, e Helena Oliveira, assessora, bem como estiveram sempre representados um vice-presidente e elementos do conselho de arbitragem, departamento técnico e comunicação.
O arranque deste ciclo deu-se a 18 de janeiro, numa reunião com 20 das 21 Associações. Um total de 49 pessoas participou na reunião, que teve contributos muito positivos, e que contou com uma estreia no grupo de trabalho: Pedro Brilhante, presidente da AB Leiria. O atual contexto pandémico, com as medidas de confinamento na altura decretadas, serviu de base para uma reunião em que Manuel Fernandes realçou a formação, estando de olhos postos no futuro, assim como voltou a frisar que foram retirados dividendos da união entre a FPB e as congéneres do Andebol, Futebol, Patinagem e Voleibol. Já Nuno Manaia, diretor técnico nacional, fez um balanço dos atuais números de todos os agentes da modalidade, anunciou reuniões com os clubes de cada competição e falou sobre as consequências das novas medidas de confinamento, principalmente ao nível dos calendários competitivos, o que vai implicar medidas da FPB. Depois de todos os elementos das Associações terem oportunidade de dar as suas opiniões, João Carvalho, secretário geral, fez um ponto de situação sobre o segundo pacote de os apoios extraordinários da FPB aos clubes e associações, cujo valor aprovado foi de €494534.500,00. De salientar ainda as notas de pesar e solidariedade manifestadas pela AB Aveiro para com o Mirandela BC e AB Bragança, relativamente à morte do atleta Paulo Diamantino, e à AB Porto, pelo falecimento da oficial de mesa e colaboradora do CAD do Porto, Sofia Rodrigues. A Associação aveirense anunciou ainda que prescinde da sua verba do programa “Valorizar Associações”, para que a mesma sirva de apoio a Associações com menos recursos.
Dois dias depois, a FPB reuniu com os clubes da Proliga, competição em que se realizaram 63 dos 104 jogos calendarizados, o que significa que 39% das partidas se encontram em atraso, enquanto já se disputaram 36% das partidas da Fase Regular. Nuno Manaia, na altura, projetou diferentes cenários em termos de calendário, equacionando impedimento competitivo até ao passado dia 15 de fevereiro, 15 de março ou 15 de abril. No espaço dedicado à participação dos representantes dos clubes, falaram a AD Galomar, Academia do Lumiar, Illiabum Clube, CB Queluz, Sampaense Basket, CD Póvoa, Sangalhos DC e SC Vasco da Gama. Manuel Fernandes apelou à motivação de todos os atletas, apesar da paragem, elogiou todas as intervenções e vincou que os clubes merecem todo o respeito por parte da FPB.
A 28 de janeiro, lugar para a reunião relativa à 1.ª Divisão feminina, que viu serem cumpridos 41 dos 96 jogos marcados, o que corresponde a 57% de partidas em atraso e 23% de encontros da Fase Regular já realizados, o que torna esta prova aquela que está mais atrasada. A partir desta reunião, e até à última, as hipóteses de reestruturação do calendário projetaram impedimento competitivo até 14 de março ou 13 de abril. Os clubes que expressaram a sua opinião foram o Imortal Basket, Académico FC, Esgueira, Algés, Ovarense e a Escola Francisco Franco. O presidente da FPB elogiou as Associações, por darem total espaço para que os clubes se expressassem, e exortou todos os agentes a trazer novos praticantes para a modalidade.
Mais tarde, no dia 12 de fevereiro, decorreu a reunião entre a FPB e os clubes do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão masculina, e as suas respetivas Associações. Manuel Fernandes, nas suas intervenções, lamentou não ser possível terem lugar os campeonatos das camadas jovens e a Festa do Basquetebol Juvenil, mas vincou que foram salvaguardadas as competições equiparadas a profissionais e saudou o regresso do CAB Madeira à Liga Skoiy. O presidente apelou ao envolvimento de todas as partes nesta fase difícil, para que dialoguem, porque só assim serão encontradas soluções. Manuel Fernandes deixou ainda bem claro que a FPB e os clubes querem fazer mais testes Covid-19, mas que para isso o Estado tem de ajudar, já que a “prática desportiva é essencial para a saúde pública e economia”, o que torna a “retoma uma necessidade premente”. Nuno Manaia avisou que não há margem para que se perca tempo com questões de marcação de jogos, aquando do regresso da competição, sendo que para isso a FPB irá publicar um novo calendário para os jogos que faltam disputar, numa prova que, dos 192 embates agendados, teve 113 a realizar-se, ou seja, 41% das partidas encontram-se em atraso, tendo decorrido 32% dos encontros da Fase Regular. De seguida, os representantes dos clubes puderam expressar as suas opiniões, sugestões e preocupações, com intervenções vindas do Portimonense, União Sportiva, Algés, Estoril Basket, Club 5Basket, Illiabum Clube, Ovarense e FC Porto.
Na passada segunda-feira, dia 15 de fevereiro, entraram em cena os clubes do Nacional da 2.ª Divisão feminina, em que 48% dos jogos estão por realizar e 32% da Fase Regular já decorreu. Manuel Fernandes abriu a sessão com uma intervenção onde frisou a necessidade de manter o rigor no cumprimento das normas da Direção Geral de Saúde, destacou a partilha e união demonstrada por todos os clubes ao longo dos últimos meses, e também a vontade em cumprir com o calendário de todas as provas sob a égide da FPB. O presidente deixou nova mensagem de apoio e solidariedade, reforçando a importância que os clubes e associações têm na dinamização do basquetebol: “É um desafio enorme que se passa com os clubes, dirigentes e treinadores, mas as associações e a Federação estão preparadas, estamos ao vosso lado com as ajudas que precisem”, afirmou. De seguida foi dada a palavra aos representantes dos clubes e Associações presentes, com o NDA Pombal, ASSSCC, Basquetebol Condeixa, Alenquer BC, Académica de Coimbra, Juventude Pacense, GiCA e UFC Tortosendo a fazerem-se ouvir.
A última reunião, dedicada ao Campeonato Nacional da 2.ª Divisão masculina, deu-se dois dias depois. Trata-se de um campeonato que tem 49% das partidas em atraso e cuja Fase Regular teve 34% dos encontros concretizados. Manuel Fernandes vincou que “esta geração infanto-juvenil é a geração do futuro desportivo do país”, e que por isso a atual situação é muito negativa para os mais jovens, o que requer um rápido regresso aos treinos, mal seja possível. Os clubes que intervieram foram o CAD Coimbra, NCR Valongo, CB Albufeira, Atlético CP, União do Forte, Famabasket, Académica de Coimbra, CD Póvoa, Atlético de Monsaraz, CD José Régio, Conimbricense, ABA, Seixal e BAC.
De referir que nas reuniões da 2.ª Divisão foram feitas algumas propostas sobre modelos competitivos alternativos, tendo em vista a possibilidade de finalizar a época.