Bruno Casinha: “Esta época foi positiva, mas quero melhorar e tenho objetivos para 2022/23”

Comissário luso esteve presente do EuroBasket 2022

Juízes
16 SET 2022

A arbitragem portuguesa continua a receber o voto de confiança da FIBA e o EuroBasket 2022 não foi exceção. Portugal esteve presente pelo árbitro Paulo Marques e pelo comissário Bruno Casinha, que esteve à conversa com a FPB sobre uma temporada em que acumulou presenças em fases decisivas de grandes competições, incluindo o encontro do 3.º e 4.º lugar do Campeonato da Europa.

“A presença, quer na 1.ª fase. em Praga, quer agora na fase final em Berlim (onde o grupo de árbitros e comissários foi reduzido para metade), tem sido bastante positiva”, explica Bruno Casinha. “Os jogos para os quais tenho sido nomeado têm decorrido muito bem, sem problemas ou casos, pavilhões com milhares de entusiásticos adeptos e em que a qualidade dos jogos tem sido acima da média”.

Já em 2021 o comissário estivera presente no EuroBasket feminino. “A diferença é grande, pois estivemos em “bolha” durante 16 dias, jogos em que a presença do publico estava limitada a 3000 pessoas – aqui temos tido encontros com 15.000 adeptos”, compara, não esquecendo: “O nível de exigência mantém-se altíssimo e para o qual temos de dar resposta diariamente”.

Com o aproximar do fim de uma época 2021/2022 em que esteve presente em inúmeras provas, internacionais e no plano interno, Bruno Casinha faz uma análise: “O balanço é positivo, com nomeações da FIBA ao longo da época, quer para as competições de clubes, quer de seleções seniores – fase de apuramento para o Mundial e agora a presença no EuroBasket –  às quais se juntaram a participação no Europeu sub18 masculinos, sinal de que há confiança no rigor e profissionalismo que procuro manter em todos os jogos”.

“A nível europeu, a mentalidade e a perspetiva sobre a arbitragem são diferentes. Procura-se uma arbitragem competente e capaz de acompanhar o nível da competição, com outra capacidade de comunicação, capaz de contribuir positivamente para o espetáculo”, explica.

“É normal que reconheçam valor ao Paulo Marques e à Sónia Teixeira, que estão presentes neste patamar de excelência com regularidade. Ao Pedro Maia, que tem feito uma carreira notável no 3×3, ao Rui Valente que é respeitadíssimo enquanto instrutor FIBA. Aos nossos oficiais de mesa com certificação FIBA, que têm tido desempenho de excelência nos jogos internacionais, isto para não falar de outros colegas que obtiveram licenças FIBA recentemente e que começam também eles a demonstrar valor quando a oportunidade lhes é dada”

Também presente no EuroBasket masculino 2022 está o árbitro português, Paulo Marques, que integra o grupo final escalado para os jogos decisivos da prova: “Está entre os melhores árbitros FIBA da atualidade. Alguém que passou de jogador a árbitro, trabalhou e dedicou muitas horas à arbitragem para chegar onde chegou, por mérito próprio”.

Bruno Casinha conclui destacando as dificuldades que por vezes se encontra para manter o nível exigido pela FIBA: “Ele, tal como eu, estamos aqui quando poderíamos estar de férias com a família. Abdica-se de muita coisa para estar a este nível. Por vezes regressamos de um jogo ou uma competição de madrugada, sem dormir, e vamos diretamente trabalhar. ‘Queimamos’ dias de férias para poder fazer jogos, abdicamos de estar com a família, que são os maiores prejudicados, é o “preço a pagar” para se poder estar com regularidade a este nível”.

“Aproveito para agradecer publicamente a todos os que, ao longo dos anos, contribuíram e ajudaram a que chegasse a este patamar, bem como a minha família por perceber e aguentar as ausências reiteradas do pai/marido/filho”, termina.

Juízes
16 SET 2022

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