“Estarmos nesta fase da Taça é aquilo que sempre procuramos”

SIMECQ quer surpreender e chegar à Final Four da Taça de Portugal Feminina

Competições
20 FEV 2021

Este domingo a SIMECQ recebe o Vitória SC e discute o acesso a um dos pontos altos do calendário do basquetebol português – a Final Four da Taça de Portugal. A SIMECQ é a única equipa do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão feminina ainda presente em prova e a FPB quis conhecer aquilo que são as expectativas e ambições da formação da Cruz Quebrada.

Para a capitã, Carolina Costa, a chegada a esta fase da prova rainha do basquetebol nacional é algo que deixa o grupo de trabalho ainda mais focado para passar à próxima fase da competição: “é algo que nos tem motivado bastante até porque é um marco histórico para o clube e temos noção da qualidade do adversário. É uma excelente forma de crescermos enquanto equipa e de representarmos as cores do nosso clube”.

Ciente das dificuldades que o atual 2.º classificado da Liga Skoiy pode impor, a jogadora que representou a Seleção Nacional Universitária que conquistou o bronze em Nápoles acredita que mesmo assim a equipa vai dar o máximo dentro das quatro linhas: “Fazemos uma preparação séria e com compromisso por partes de todas as atletas, tanto na taça como no campeonato. Para este jogo a preparação não difere, aliás até temos uma motivação extra por sermos a única equipa ainda em prova e por estarmos perante um dos candidatos ao título da Liga Skoiy. Independentemente disso não baixamos os braços. O Vitória SC é uma equipa muito homogénea e tem muita qualidade no plantel, mas mesmo assim vamos dar o nosso melhor”, comentou.

Já a internacional lusa, Carolina Rodrigues, que este ano regressou à equipa da Cruz Quebrada, não deixa de ressalvar o orgulho que sente ao ver o clube de formação chegar tao longe na Taça: “Para mim significa muito porque é o meu clube de formação e é um grande orgulho ter chegado tão longe numa competição como esta. Acima de tudo acho que para o grupo de trabalho é extremamente gratificante porque trabalhamos muito e temos feito uma boa época. Trabalhamos diariamente para alcançar a estes momentos”, afirmou.

A base da SIMECQ, que recentemente representou Portugal nos jogos de qualificação para o EuroBasket 2021, acrescentou ainda aquilo que pode vir a ser a estratégia vencedora da equipa da Cruz Quebrada: “Vamos entregar-nos totalmente ao jogo e vai ser através da defesa que podemos fazer a diferença. Penso que será assim que podemos chegar à vitória, temos investido muito tempo nessa faceta do jogo”, explicou.

Ao leme da equipa que lidera a Fase Sul do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão feminina encontra-se Rui Leitão. O técnico da SIMECQ não deixou passar em branco aquilo que tem sido uma temporada com muitas dificuldades, mas que nem por isso se tornou histórica para a Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense: “Contra nós temos a falta de competição, estamos há praticamente um mês sem competir, nas últimas semanas o nosso pavilhão tem estado com muita humidade e, portanto, temos treinado condicionadas. A Beatriz Leitão não está na equipa por motivos de saúde e tivemos algumas lesões que ainda não estão completamente debeladas, mas não será isso que nos impedirá de fazermos o nosso melhor. Dedico este jogo a todos os “simecqianos”. Apesar de não poderem estar presentes estão no nosso subconsciente e é para eles que nós trabalhamos. Somos a única equipa da 1.ª Divisão que está nesta fase avançada da competição algo que significa muito para nós treinadores, atletas e para o clube. É o reflexo do trabalho e da qualidade que temos vindo a apresentar. É algo que queremos oferecer a toda a comunidade “simecqiana”, o clube nunca chegou tão longe na Taça, portanto é um feito histórico para todos nós”, disse.

Tal como as suas jogadoras, Rui Leitão não esconde que o adversário é dos mais complicados, senão o mais difícil de enfrentar nesta fase da temporada: “Temos a consciência que vamos defrontar uma grande equipa, a melhor da Liga para mim, o melhor conjunto. Antes de saber que ia jogar com o Vitória achava que o potencial desta equipa era enorme. Tem um grande jogo exterior, lançam muito bem ao cesto, mas também jogam bem dentro. Têm a melhor ressaltadora defensiva da Liga na Barbara Sousa, a Luiana Livulo é uma grande jogadora, a Sara Ressurreição é uma certeza do nosso basquetebol, todo o elenco é muito forte. Preparo os jogos à procura do calcanhar de Aquiles dos meus adversários, mas este Vitória não tem essas debilidades. Podemos surpreender em termos defensivos, com algumas estratégias que costumamos utilizar, mas o plano do nosso jogo passa por estar sempre dentro do jogo. Evitar ao máximo que o mesmo se parta”.

Embora o desafio seja o mais complicado da temporada, o timoneiro da SIMECQ não desarma e acredita que o trabalho da sua equipa técnica e das atletas é o que mais importa destacar: “Sem o apoio e trabalho que me é prestado pelos meus treinadores adjuntos, a Sara Raposo e o André Almeida isto não era possível. Tal como vi há bastantes anos todo o potencial que a Carolina Rodrigues tinha dentro de si quando deu os primeiros passos na minha equipa de sub-19, já antevia que ela ia dar jogadora. Estes dois treinadores são iguais. Ambiciosos, profissionais, já têm um grande conhecimento do jogo e com certeza que com eles a equipa se fortaleceu. As jogadoras superam-se de uma forma tremenda, que até a mim se surpreende. Estar nesta fase da Taça é aquilo que sempre procurarmos, estarmos ao mais alto nível”, concluiu.

O frente a frente entre SIMECQ e Vitória SC deste domingo conta com transmissão na FPBtv (15h).

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