“Estou muito motivado para jogar aqui na Islândia”

Chegou recentemente à Islândia, para representar o Valur Reykjavýk, naquela que será uma nova experiência na carreira. Na temporada que passou representou o CB Almansa da LEB Oro (Espanha), mas este ano decidiu mudar-se de malas e bagagens para a capital islandesa. A FPB esteve à conversa com o internacional português, Miguel Maria Cardoso, que nos contou aquilo que espera desta nova época.

Depois de uma temporada atípica, que não chegou a terminar, voltas a embarcar numa nova aventura e mudaste para um campeonato onde nunca tinhas jogado. O que é que te levou a optar pelo campeonato islandês?

Sem dúvida que o que me levou a aceitar esta proposta foram as condições que me ofereceram em termos de estabilidade, conforto e segurança. Vivemos uma fase de grandes incertezas e o Valur proporcionou-me aquilo que eu queria, para mim e para a minha mulher. Tenho excelentes condições, estou feliz por estar aqui e ansioso por começar a jogar.

Passas do calor de Almansa, para o frio de Reykjavyk. Além da habitual adaptação a um novo campeonato, como encaras a mudança para um país nórdico?

É uma mudança fantástica. Sempre gostei de viver no estrangeiro, conhecer pessoas novas, realidades diferentes, vivenciar novas experiências. Estou muito motivado para jogar aqui na Islândia. Ter a oportunidade de viver num país nórdico era algo que me fascinava. Apesar da mudança de clima, em Almansa também fazia muito frio, sobretudo no Inverno, devido à altitude… O frio não me incomoda!

O basquetebol islandês tem evoluído bastante nos últimos anos, assim como a Domino’s League onde vais jogar esta época. O ano passado o Valur terminou a temporada na 10.ª posição. Quais são os objetivos para este ano?

Esta época queremos chegar o mais longe possível nos playoffs e na Taça da Islândia. O Valur fez contratações de grande qualidade, trouxe jogadores experientes de seleção, como o Pavel Ermolinski, o Jón Arnór Stefansson, que é uma lenda do basquetebol islandês, o Kristofer Acox, o próprio treinador, o Finnur Stefansson. Queremos chegar o mais longe possível e quem sabe acabarmos como campeões.

Em virtude das condições atuais, vais ser obrigado a cumprir uma quarenta obrigatória de 14 dias antes de te poder juntares aos teus novos companheiros de equipa. Como está a decorrer esse processo de chegada à Islândia?

Chegamos à Islândia ontem (terça-feira) e no aeroporto oferecem-te duas possibilidades, ou cumpres a quarentena de 14 dias ou fazes dois testes à COVID-19 no espaço de seis dias, que tem de dar negativo. Caso o teste dê positivo, deves ficar em quarentena até ordem em contrário. Até agora testamos negativo, domingo voltamos a repetir o teste, para segunda-feira começar a treinar.

És uma das caras novas da equipa, mas já conheces bem alguns dos teus novos colegas, nomeadamente o experiente capitão Jon Stefansson, que já tiveste a oportunidade de defrontar em contexto de seleção. O que é que o Miguel Maria Cardoso pode acrescentar ao Valur Reykjavyk?

Trago rapidez, velocidade, liderança e acima de tudo muita energia porque estou muito motivado para jogar aqui na Islândia. Quer que corra tudo da melhor forma. Já conheço a equipa, temos jogado bastantes vezes com a Islândia nas últimas qualificações e sem dúvida que são atletas com muito potencial, que sabem jogar e pensam muito bem o jogo. Espero começar da melhor forma na segunda-feira.