Estreia não foi a desejada
O regresso do Benfica às competições europeias não foi o desejado, já que a equipa liderada pelo técnico Carlos Lisboa foi derrotada, em casa, pelo Mons-Hainaut, por 79-69.

Competições
6 NOV 2014
Um resultado final que não traduz fielmente o equilíbrio registado durante o encontro, se bem que na 2ª parte os belgas quase sempre controlaram a marcha do marcador. O desgaste físico traiu a equipa encarnada na parte final do encontro, contribuindo para que falhasse alguns lançamentos abertos, bem como tivesse sentido dificuldades para controlar a tabela defensiva e parar as ações individuais de 1×1 dos jogadores adversários.
A primeira nota deste jogo vai para a afluência do público, sem estar um pavilhão cheio, as bancadas do Pavilhão Fidelidade estavam bem compostas, sinal que este regresso à Europa agradou a muita gente. Os benfiquistas começaram muito bem o encontro, com Fred Gentry (12 pontos, 5 ressaltos e 2 roubos de bola) a tornar-se na principal referencia ofensiva da equipa, impressionando pela intensidade defensiva e o ritmo a que era disputado. A formação belga, que de belga tinha pouco (7 jogadores de origem norte-americana), apostava na rotação de jogadores, mostrava-se perigosa nos lançamentos de longa distância, e muito agressiva na tabela ofensiva.
Durante os primeiros 20 minutos o comando do marcador registou 10 alternâncias, facto que demonstra bem o domínio repartido entre as duas equipas. Jobey Thomas (17 pontos, 11 assistências e 2 ressaltos) ainda que sempre bem vigiado, era constante a rotação do seu defensor, confirmava, mesmo a este nível, que é um tremendo atirador. E depois de um 1º período desfavorável (15-17), o norte-americano liderou a equipa à reviravolta no marcador até ao intervalo (39-36).
No inicio da etapa complementar, com cinco pontos consecutivos, os benfiquistas conseguiram dilatar a vantagem (44-36), e tudo parecia correr de feição aos campeões nacionais. Mas os triplos da equipa belga foram a base de um parcial de 10-0, desfavorável ao Benfica, mudando por completo o sentido do jogo. Os forasteiros apertavam ainda mais na defesa a Thomas, as alternâncias defensivas criavam problemas acrescidos ao ataque encarnado, tudo somado fazia com que chegassem na frente ao final do 3º período (59-52).
A 6.32 do final do encontro, um cesto de Ronald Slay (14 pontos e 2 ressaltos), que nesta fase do jogo mostrou-se corajoso e determinado em ter a bola nas suas mãos para decidir, colocou o Benfica a três pontos de distância (63-66). Mas seguiu-se um período em que o Benfica não converteu alguns lançamentos abertos, em momentos decisivos e após boas movimentações ofensivas. Já o Mons-Hainaut mostrou-se mais letal, tanto no tiro exterior como nas ações individuais de 1×1. Quando os encarnados conseguiam parar o ataque adversário, várias foram as situações que o ressalto ofensivo permitiram segundos lançamentos á equipa belga, que respondeu com um parcial de 10-2, colocando o resultado em 76-65 a seu favor.
Apesar da derrota, os tricampeões nacionais conseguiram equilibrar o jogo durante largos períodos. Acusaram algum cansaço provocado pelo grau de dificuldade do jogo, perceberam que a este nível não é permitido falhar cestos fáceis, nem é permitido ter momentos de descontração na defesa e nas tarefas do bloqueio defensivo. Ensinamentos que serão úteis para futuro, sempre numa perspetiva de evolução e de correção dos erros.