Experiência das vaguenses fez a diferença ante o GDESSA

Pelo terceiro ano consecutivo Algés e AD Vagos irão discutir a posse da Taça Vítor Hugo, esta temporada na sua 6ª edição.

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6 OUT 2012

Nas duas últimas épocas a vitória pendeu para as vaguenses, que aliás lideram o ranking dos vencedores do troféu, com 3 triunfos, contra 2 do CAB Madeira.

No jogo desta tarde, no Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, no Barreiro, a maior experiência das vaguenses acabou por ser determinante nos momentos cruciais. A vitória da AD Vagos por 58-55 é justa, com Nuno Ferreira a ter mais soluções no banco, ao invés do seu homólogo que utilizou apenas 8 jogadoras, com as duas últimas a somarem em conjunto pouco mais de 8 minutos de utilização. Para a pouca profundidade do plantel de Nuno Manaia, faz muita falta a base Catarina Neves, a recupera r da intervenção cirúrgica ao joelho a que foi submetida no defeso, para além de Telma Fernandes na rotação do jogo interior, como já referimos ontem. Para ajudar a isto o rendimento da norte-americana Wilson está longe de atingir as expectativas, tendo necessariamente que render mais.Após um início equilibrado (8-7) foi a AD Vagos que começou por ganhar alguma vantagem, impondo um parcial de 6-0, aproveitando alguns erros das adversárias, para chegar ao final do 1º período na frente (14-10). No 2º quarto (12-8) as escolares operaram a reviravolta e no minuto 15 venciam pela diferença mínima (17-18), mas as comandadas de Nuno Ferreira, defendendo com mais atenção e sendo mais eficazes na área pintada, conseguiram um parcial de 9-0, com Daniela Domingues a fixar o resultado ao intervalo (26-18), com um tiro em cima da buzina.A diferença pontual favorável à equipa de Nuno Ferreira explicava-se pela maior eficácia nos lançamentos de campo (33%-21%), tendo mais posses de bola resultantes do aproveitamento dos erros das adversárias (2-13 turnovers). De pouco valia às escolares a supremacia nas tabelas (13-22 ressaltos).No reatamento o acerto no tiro exterior (2 triplos) no 3º período (13-16) possibilitou que a formação de Nuno Manaia encurtasse distâncias, primeiro por intermédio de Laura Ferreira (26-23), no minuto 23 e mais tarde com uma bomba tremenda de Tyeasha Moss (32-30), 4 minutos volvidos. A diferença pontual oscilou entre os 2 e os 5 pontos, esta a maior verificada até ao final dos 30 minutos (39-34). A eficácia de lançamento das escolares melhorava e simultaneamente diminuíam os erros, fazendo com que a recuperação fosse um facto.No derradeiro quarto (19-21) a AD Vagos com um parcial de 9-0 em 3 minutos, com o resultado a disparar de 39-36 no minuto 31, para 48-36 no minuto 34. Poder-se-ia pensar que os dados estavam lançados para a vitória sem espinhas das vaguenses, mas num ápice duas bombas consecutivas de Catarina Caldeira e Vera Correia, ambas no minuto 35, mantinham o jogo em aberto (48-42). De imediato Nuno Ferreira parou o cronómetro, com resultados práticos pois no minuto 36, um triplo de Daniela Domingues (51-42) e um lance livre de Lilian Gonçalves (52-42), um minuto decorrido, tranquilizaram por momentos as cores vaguenses. Mas o inconformismo das pupilas de Nuno Manaia não deu sossego às suas opositoras. Uma boa iniciativa da jovem Emília Ferreira, na área restritiva, deu cesto e falta (jogada de 3 pontos), seguida da 2ª bomba de Catarina Caldeira (52-48) e Laura Ferreira de novo a encostar o resultado (52-50). Com 2 minutos e 1 segundo para jogar prosseguiu a dança dos descontos de tempo, com Nuno Ferreira a pedir primeiro e as suas jogadoras a aumentarem a vantagem para 5 pontos (55-50), através de um roubo de bola e cesto convertido na passada, da autoria de Inês Faustino. A perder por 57-50, o último desconto de tempo pedido pelo treinador do GDESSA, a 26,7 segundos do termo, ainda possibilitou o 2º triplo da capitã Vera Correia (57-53), mas a AD Vagos apenas permitiu que Tyeasha Moss selasse o resultado final (58-55), da linha de lance livre.Nas vencedoras destaque para Daniela Domingues, MVP do encontro (19,0 de valorização), ao contabilizar 17 pontos, 6/10 nos lançamentos de campo, 6 ressaltos sendo metade ofensivos e duas faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres. A poste norte-americana Ebonny Ellis conseguiu um duplo duplo (10 pontos, 10 ressaltos e 5 faltas provocadas com 4/8 nos lances livres) mas foi penalizada na valorização pela fraca eficácia nos duplos (25%), falhando 9 em 12 tentativas. No GDESSA, a mais valiosa foi a extremo Laura Ferreira (18 pontos, 53% nos lançamentos de campo, 2/5 nos triplos, 7 ressaltos e 3 faltas provocadas), seguida de perto por Vera Correia (12 pontos, 50% nos lançamentos de campo, 3/4 nos duplos, 2/6 nos triplos, 9 ressaltos e 2 roubos). Bons apontamentos da base Catarina Caldeira (8 pontos, 2/2 nos triplos, 2 ressaltos ofensivos, 1 desarme de lançamento e duas faltas provocadas com 2/2 nos lances livres), ainda que cometendo demasiados turnovers (6) e da jovem Emília Ferreira (6 pontos, 4 ressaltos defensivos, 1 desarme de lançamento e 4 faltas provocadas, com 4/5 nos lances livres), que aproveitou bem a oportunidade dada pelo seu técnico (quase 28 minutos de utilização). Ficha de jogoAD Vagos (58) – Sara Ressurreição (5), Daniela Domingues (17), Lilian Gonçalves (2), Inês Pinto (2) e Ebonny Ellis (10); Inês Faustino (9), Joana Lopes (6), Áurea Mendes, Ana Teixeira (7) e Joana Jesus GDESSA (55) – Catarina Caldeira (8), Tyeasha Moss (9), Laura Ferreira (18), Vera Correia (12) e Veronica Wilson (2); Emília Ferreira (6), Joana Piteira e Tânia GonçalvesPor períodos: 14-10, 12-8, 13-16, 19-21Árbitros: Vítor Lourenço e Bruno Jordão Amanhã, a partir das 11H00, Algés e AD Vagos decidem a posse do troféu, no mesmo recinto.

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