Faltou eficácia a Portugal

A estreia na 2ª fase do Campeonato da Europa de sub-20 feminino, a decorrer em Lanzarote, Espanha, não foi a desejada para a equipa nacional, já que Portugal perdeu diante da Hungria no 1º jogo do Grupo F (41-46).

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6 JUL 2015

As comandadas de Eugénio Rodrigues foram exemplares na entrega, bateram-se muito bem na luta das tabelas, defenderam com garra, mas não estiveram numa noite de grande inspiração no capítulo ofensivo. Faltaram pontos ao ataque de Portugal, apesar das muitas e boas situações de lançamento criadas pela equipa.

 

Depois do brilharete conseguido durante a 1ª fase, Portugal entrou determinado a prolongar as boas exibições e os bons resultados frente à equipa da Hungria. Depois do empate a  4 pontos, Portugal foi sempre superior durante todo o 1º período. Embora sem nunca ter conseguido fugir no comando do marcador, a formação nacional esteve sempre na liderança e terminou o 1º período a vencer por quatro pontos de diferença (20-16).

 

O 2º quarto foi positivo para as jovens portuguesas, que passados dois minutos conseguiam a sua vantagem máxima (24-16) de todo o 1º tempo. Quando se pensava que Portugal iria disparar no marcador, eis que surge um período negro do ataque português, que se traduziu em quase seis minutos e meio sem conseguir qualquer ponto. A boa defesa de Portugal, sempre fiel à sua pressão todo campo, permitia-lhe continuar a comandar o jogo, compensando a falta de eficácia e algum azar em situações de fácil concretização, da segunda metade do 2º quarto. Um cesto de meia-distância de Josephine Filipe fixou o resultado da 1ª parte, durante a qual que Maria Kostourkova este em plano de evidência, ao contabilizar 12 pontos e 5 ressaltos.

 

A falta de pontaria em situações de tiros abertos, e a ineficácia do jogo interior de Portugal, custou-lhe um parcial de 0-13 no arranque da etapa complementar (36-26). Foram mais de cinco minutos de seca de pontos, a que um tiro de Maria Kostourkova colocou fim para alivio da equipa nacional. A intensidade defensiva de Portugal esteve sempre presente, e uma falta técnica assinalada ao treinador húngaro revelava a frustração que começava a sentir-se entre as magiares. A defesa zona adoptada pelas húngaras não surtiu efeito e muito menos impediu a recuperação de Portugal, que no final do 3º período já só perdia pela diferença mínima. A presença no ressalto ofensivo e um triplo de Laura Ferreira, abriam boas perspetivas para o derradeiro quarto.

 

Só passados mais de três minutos o marcador voltou a funcionar a favor de Portugal, e seria novo triplo de Laura que colocaria a formação nacional a perder novamente pela diferença mínima (37-38). As defesas continuavam a superiorizar-se aos ataques, mas cinco pontos consecutivos das húngaras colocavam-nas numa situação mais favorável (43-37). Como sempre, as jovens portuguesas mostraram a sua raça, e sem surpresa correram atrás do prejuízo. A um minuto do final perdiam por dois pontos (41-43), mas os instantes finais voltaram a não ser muito felizes para as cores nacionais, que voltou a mostrar-se pouco assertivo nas situações de lançamento bem construídas pelo ataque.

 

O domínio na luta das tabelas (46-36), dos quais 16 foram ofensivos, não foi capitalizado em pontos de segundos lançamentos, isto porque as percentagens de lançamento de Portugal (23.3% de 2 pontos e 27.8% de 3 pontos) em nada contribuíram para o sucesso da equipa. O controlo da posse de bola (20 tunovers) não foi exemplar como é hábito nesta equipa, bem como as tomadas de decisão no ataque.

 

A poste Maria Kostourkova terminou o encontro com 17 pontos e 8 ressaltos, seguida depois por Laura Ferreira, autora de um duplo-duplo (10 pontos e 10 ressaltos). 

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6 JUL 2015

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