FC Porto aumenta vantagem
O FC Porto aumentou para 2 a sua vantagem na final da Liga Portuguesa de Basquetebol.
Atletas | Competições
15 MAI 2011
Tal como tinha acontecido no primeiro jogo desta série, os portistas foram claramente superiores (93-60), dominaram em todos os aspectos do jogo e resolveram-no durante o terceiro período (61-35), utilizando as bombas de três pontos como arma ofensiva, enquanto a sua defesa zona parou por completo o ataque encarnado. Mais do que a diferença de valia entre as duas equipas, a química, a dinâmica, a fluidez ofensiva, e porque não dizer as emoções estampadas nas caras dos atletas é que têm feito a diferença nesta final.
O jogo começou com as duas equipas a privilegiarem as soluções interiores como forma de solucionar os seus movimentos ofensivos, onde as percentagens são mais elevadas o que, em teoria, garante mais sucesso atacante. Só que durante toda a primeira parte os encarnados levaram quase ao extremo essa regra, já que foi quase inexistente o seu jogo do perímetro. A equipa comandada pelo técnico Henrique Vieira denotava falta de fluidez ofensiva, os ataques eram quase sempre terminados de uma forma sofrida, com a linha de lance-livre a tornar-se ainda inimiga para o Benfica.Do lado oposto a eficácia de Julian Terrel deu o mote para mais uma excelente exibição do conjunto portista, a provar as grandes dificuldades de match up defensivo por parte dos jogadores interiores encarnados. Com o avançar dos minutos os dragões foram soltando-se no ataque, o entusiasmo começou a contagiar toda a equipa dos azuis e brancos, que de uma forma colectiva e alegre passou a alternar as suas soluções ofensivas. O tiro de três pontos serviu para abrir uma vantagem no decorrer do segundo período, acabando as duas equipas a irem para tempo de intervalo separadas por doze pontos.No inicio da etapa complementar o sucesso das opções defensivas – zona 1x2x2 que terminava em 2×3, ou a própria 2×3 — baralhou por completo o ataque encarnado, bem como, em termos ofensivos, o sucesso do tiro de três pontos foram decisivos para que o FC Porto resolvesse o encontro a seu favor.Apesar de não terem estado a fazer um jogo famoso no tiro exterior, os dragões surgiram na segunda parte com a mão quente. Cinco triplos, quase consecutivos, faziam subir a diferença pontual para mais de vinte pontos (54-31), uma desvantagem que, não sendo impossível de recuperar em pouco mais que um período, avizinhava-se muito complicada de se conseguir. Até porque era por vezes constrangedor ver a total incapacidade de os encarnados atacarem a zona portista. É verdade que o tiro exterior não funcionou, mas isso não chega para explicar o total desnorte colectivo que se apoderou da formação lisboeta. Os 61-35 que se registavam no final do 3º período são bem demonstrativos da falta de eficácia ofensiva dos visitantes que pouco mais podiam fazer até final do que defender a sua imagem como equipa.Mais do que as duas vitórias do FC Porto, surpreende a diferença pontual que separou as duas equipas no final dos dois encontros, pois trata-se de uma final do campeonato. Mas os pontos não contam para determinar o campeão nacional, mas sim o tal de vitórias. Foi um fim-de-semana pesado para o Benfica que agora tem uma semana para se preparar táctica e, principalmente, mentalmente para defrontar um FC Porto que está em grande forma e envolto de uma dinâmica de vitória.O norte-americano Julian Terrel (18 pontos, 8 ressaltos e desarmes de lançamento) foi o MVP do jogo com 24.5 de valorização, num encontro em que Carlos Andrade (16 pontos, 5 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola) foi igual a si mesmo contagiando os seus companheiros com todo o seu entusiasmo. O base Sean Ogirri (14 pontos, 6 roubos de bola, 3 assistências e 2 ressaltos) começou de uma forma apagada, mas acabaria por contabilizar bons números.Entre os encarnados não é fácil descobrir quem tenha estado bem, mas Heshimu Evans (10 pontos, 8 ressaltos e 2 assistências) na parte inicial do jogo, e Sérgio Ramos (11 pontos e 5 ressaltos), pelo tempo que conseguiu estar dentro de campo (problemas com as faltas), acabariam por ser os mais valorizados da equipa.