FC Porto e Benfica chegam ao grande momento da Liga Betclic Masculina 2023-24
"Dragões" e "águias" iniciam etapa decisiva da luta pelo título esta quarta-feira (19h)
Atletas | Competições | Treinadores
4 JUN 2024
Chegámos à etapa decisiva da Liga Betclic Masculina 2023-24! À melhor de cinco jogos, FC Porto e SL Benfica vão disputar o título, numa final que começa esta quarta-feira (19h, transmissão em direto na RTP2 e na FPBtv), no Pavilhão Dragão Arena.
“Dragões” (12) e “águias” (29) são os emblemas com mais campeonatos conquistados e já se defrontaram por quatro vezes esta temporada, com um equilíbrio total – duas vitórias para cada lado.
O FC Porto, líder da fase regular, chega a esta final depois de eliminar o Imortal LUZiGÁS (2-0) e a Ovarense GAVEX (3-1), enquanto o Benfica, que terminou a fase regular no segundo posto, ainda não perdeu nestes playoffs: 2-0 ao CD Póvoa ESC ONLINE e UD Oliveirense.
Na antevisão destes “clássicos”, do lado portista, o seu treinador, Fernando Sá, analisa o adversário e dá a receita para a final: “As maiores qualidades do Benfica são, claramente, a experiência dos seus jogadores e o hábito de vencer. Estas são as duas grandes chaves que temos de contrariar, e para isso teremos que estar bastante concentrados, resilientes e preparados para 40 minutos de altos e baixos, de forma a prevalecermos, vencendo o jogo no final. Nesta final contra o Benfica é fundamental que nós consigamos limitar a qualidade individual de cada atleta. Em termos coletivos e táticos, penso que as coisas estão equilibradas e a equipa que conseguir criar vantagens a nível individual estará em melhores condições para vencer o jogo”, vaticina.
Nas “meias”, o FC Porto sentiu dificuldades perante a Ovarense GAVEX. O timoneiro “azul e branco” explica o porquê e enaltece a recuperação da sua equipa: “Foi uma Ovarense extremamente motivada e com muita qualidade que chegou às meias-finais do Campeonato Nacional, no seu melhor momento da época. No primeiro jogo as coisas não correram como nós queríamos, mas a forma como encarámos, principalmente a nível defensivo, os três jogos seguintes, foi muito positiva para nós, inclusive a nível do ganho de consciência daquilo que somos capazes de fazer, e isso será uma mais-valia para o futuro”, diz.
Fernando Sá aponta ao momento decisivo da temporada: “É um playoff, é a final de um Campeonato Nacional, onde vão estar as duas melhores equipas e por isso estou convencido de que o vencedor vai ser decidido no detalhe. Tendo do nosso lado os nossos adeptos, que têm sido fundamentais ao longo desta época, penso que será uma vantagem. Não decisivo, mas uma preciosa ajuda. Espero que neste momento da época não haja dúvidas. A equipa só pode estar de uma forma extramente motivada, concentrada e unida para conseguir o grande objetivo da época, que é sermos campeões nacionais. Sentimos que estamos cada vez mais perto e todos esperamos que este seja o momento”, finaliza.
Já Charlon Kloof, sub-capitão da turma da Invicta, destaca a experiência do opositor: “O Benfica tem uma equipa que joga junta há algum tempo, o que os torna fortes coletivamente. Devemos melhorar em todos os aspetos e aplicar o nosso estilo de jogo, que nos tornou líderes da Liga”, lembra.
O base neerlandês não esconde que o fator casa é importante, mas salienta que a equipa tem de corresponder: “O fator casa é bom para nós, porque podemos contar com os nossos adeptos para nos dar uma energia extra. Mas isso, por si só, não vence jogos. Teremos de fazer a nossa parte e jogar bem, lutar à FC Porto, para conseguir a vitória”, vinca.
Charlon Kloof dá o mote para a final: “Temos de jogar bem defensivamente, com alta intensidade e alto rendimento nos ressaltos. Sinto que estamos prontos para todos os sacrifícios para alcançar o título”, garante.
Quanto ao Benfica, o seu técnico, Norberto Alves, caracteriza o adversário: “O FC Porto tem grandes jogadores, com capacidade de desequilibrar no 1×1. Jogarmos coletivamente não é uma opção para nós, é uma prioridade e uma necessidade. Acredito muito na nossa equipa, penso que vai correr tudo bem”, projeta.
Norberto Alves mostra total confiança na sua equipa: “Os jogos entre FC Porto e Benfica têm sido equilibrados. Aqui é uma final, as equipas querem-na vencer. Estamos no nosso melhor momento, temos defendido muito bem, estamos muito focados. Os primeiros jogos vão ser fora, teremos que saber lidar com o apoio ao adversário. Mas também sei que é nestes momentos que os meus atletas são mais coesos”, salienta.
O treinador dos “encarnados” assume que a conquista do “tri” é um grande desejo: “O escritor Mia Couto diz que “o cansaço não é trabalhar, o cansaço é não ter sonhos”. O trabalho dos treinadores é despertar constantemente os sonhos. A época é longa e o nosso sonho é sermos tricampeões. Não é fácil ganhar, muito menos duas vezes, e é ainda mais difícil vencer três vezes seguidas. Mais do que olhar para o desgaste da época, é focar-nos neste desejo de vencer. O meu trabalho é fazer com que os atletas se divirtam, que lutem juntos”, conclui.
Por seu turno, o capitão da formação da Luz, Makram Ben Romdhane, deixa elogios aos “azuis e brancos”: “Vamos jogar contra uma grande equipa, bem estruturada. Tem um bom treinador e um bom plantel”, analisa.
O internacional tunisino não foge à importância do momento e apela ao foco: “É uma final, grandes jogos. Temos dez meses de trabalho até chegar a esta fase. Vamos jogar a final, é algo sério para a equipa e para os jogadores. O FC Porto não ganha o campeonato há vários anos, tem vontade de ganhar esta edição. Nós vamos em dois consecutivos, mas quando jogas num clube como o Benfica e jogas uma final, tens de ganhar. Mesmo que tenhas ganho dez seguidos. Acho que não há muita pressão sobre nós. Também queremos ganhar, mas temos de estar focados, porque é uma final. Temos de estar 100% concentrados, defensiva e ofensivamente. Espero que estejamos em boa forma”, deixa o desejo.
Makram Ben Romdhane lembra que este é o culminar de uma longa época: “Estamos a preparar-nos há sete-oito dias, mas não te consegues preparar para uma final numa semana. Uma final leva dez meses a preparar. Acho que trabalhámos bem ao longo destes dez meses. Tivemos os nossos altos e baixos, mudámos muitas coisas. Temos de estar focados e não colocar muita pressão sobre nós. É uma final, tens de jogar como fazes em todos os jogos. Temos de aproveitar e mostrar a toda a gente que trabalhámos no duro e que isto é fruto do nosso trabalho. Temos de ser agressivos, estar preparados, mentalmente e fisicamente. Vamos defrontar uma equipa com jogadores de qualidade, temos de estar focados do princípio ao fim. Vai resumir-se ao aspeto mental ao longo dos 40 minutos. A equipa que melhor controlar o estado de espírito, a mentalidade e a competitividade será campeã”, antevê.
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