FC Porto é o novo campeão

A invencibilidade no Dragão Caixa permitiu que o FC Porto se sagrasse campeão nacional, num pavilhão lotado a vibrar com o espectáculo que se passava dentro das quatro linhas (86-76).

Competições
2 JUN 2011

A superioridade caseira demonstrada ao longo da fase regular, confirmou-se durante o playoff, facto que valeu aos portistas um título diante de um Benfica que foi digno durante toda a final.

O domínio exibido pelos dragões nos dois primeiros jogos não se manteve ao longo de toda eliminatória, se bem que a superioridade caseira dos azuis e brancos nunca foi questionada, uma máxima que treinador e atletas fizeram questão de frisar ao longo de toda a eliminatória.À imagem do que sucedeu durante toda a série, poder-se-á dizer que o FC Porto foi mais colectivo, tanto no ataque como na defesa; o Benfica viveu essencialmente do grande talento ofensivo de alguns jogadores.Os portistas começaram melhor todos os quartos, em particular o terceiro, que num jogo com estas características é determinante já que estar na frente do marcador traz outra tranquilidade e confiança. E foi isso que aconteceu com a formação azul e branca, que conseguiu estar no comando do resultado, obrigando o Benfica a ter que correr atrás do prejuízo.De qualquer forma, tal como acontece na maioria dos jogos que chegam equilibrados ao intervalo (43-38), os primeiros minutos da segunda parte foram decisivos. No final do terceiro quarto os dragões dilataram a vantagem para a casa das dezenas (66-55), que os colocava mais próximos do tão desejado título Os 10 pontos de diferença não reflectem o que foi o encontro, pois o FC Porto dominou sempre, e a diferença só não foi maior porque os comandados de Moncho López não souberam “matar” o jogo, nomeadamente no terceiro quarto. Aliás o Benfica aproximou-se sempre nos últimos minutos dos três primeiros períodos, em grande parte devido à rotação de jogadores feita pelo Porto nesses minutos.A defesa do Porto condicionou bastante o ataque do Benfica, em especial através da pressão nas linhas de passe, o que levou os jogadores do Benfica a jogarem fora das posições mais ofensivas.Uma boa defesa por norma permite fazer contra-ataques e a fragilidade da transição defensiva do Benfica permitiu demasiados cestos fáceis. Em ataque organizado, Stempin dominou no jogo interior, enquanto que o Sean Ogirri superiorizou-se claramente aos bases do Benfica.O norte-americano Sean Ogirri (25 pontos, 4 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 assistências), foi o MVP do jogo com 26 de valorização. Mas não foi o único estrangeiro a brilhar na equipa portista, já que Greg Stempin, contabilizou um duplo-duplo (20 pontos e 10 ressaltos), a que somou 4 roubos de bola, 3 assistências e 1 desarme de lançamento, tendo ficado a meio ponto de valorização do seu compatriota (25.5 de valorização). Nos encarnados, quatro jogadores conseguiram mais de 10 pontos, dos quais Heshimu Evans (16 pontos e 7 ressaltos) foi o mais valioso. Marquin Chandler (5 ressaltos e 2 assistências) registou igualmente 16 pontos, revelando maior eficácia nos lançamentos triplos (4/6) do que nos tiros de curta e média distância. Essa foi a principal pecha do ataque benfiquista, que nas áreas próximas do cesto foi pouco eficaz, ao registar apenas 41% (17/41) em lançamentos de 2 pontos.

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2 JUN 2011

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