FC Porto entra em 2012 a vencer
O jogo de Coimbra entre o FC Porto e a Académica (65-59) parecia que iria terminar com uma vitória tranquila dos portistas, já que em determinados momentos do jogo os atuais campeões nacionais pareciam embalados para o triunfo expressivo.

Competições
7 JAN 2012
Mas ao não terem sido capazes de matar o jogo, os dragões acabaram por sofrer, uma vez que o caráter e a atitude competitiva dos conimbricenses manteve o jogo em aberto até bem próximo do final. A maior maturidade e disciplina tática dos azuis e brancos acabaram por fazer a diferença nos minutos finais, num encontro em que, contrariamente ao que é habitual na equipa liderada por Moncho López, o controlo da posse de bola não foi exemplar.
A primeira parte do jogo de Coimbra foi dominada pelos portistas, ainda que a equipa de Moncho López não tenha estado particularmente inspirada em termos ofensivos. Valeu-se da sua defesa para exercer a sua superioridade, perante uma Académica que revelou sempre enormes dificuldades para jogar em ataque organizado.Os conimbricenses optaram no 1º período por uma defesa zona 2×3 como forma de tentar parar o ataque dos dragões, mas deparou-se com o acerto do tiro de três pontos por parte da equipa azul e branca que converteu 4 dos 5 triplos tentados durante os primeiros 10 minutos do jogo. No início do segundo quarto a vantagem dos portistas era de oito pontos (21-13), que apesar de terem estado praticamente quatro minutos sem marcar pontos no arranque do 2º período, manteve o seu ascendente perante os academistas, que entretanto tinham regressado à sua defesa base o hxh. O técnico Moncho López pedia aos seus atletas para procurarem o jogo interior, tendo Rob Johnson como referência interior, como forma de aproveitar a vantagem interior que tinham nas áreas próximas do cesto. Defensivamente os campeões nacionais continuavam a colocar problemas á equipa da casa, que demonstrava como solução mais eficaz as penetrações para o cesto em situações de1x1. O final do período foi mais produtivo, muito por culpa dos turnovers acumulados por ambas as equipas, e um triplo de Diogo Simões já perto do final da1ª parte, colocou o resultado em 38-28, favorável ao FC Porto, quando os dois conjuntos foram para tempo de descanso.A equipa de Coimbra regressou para a segunda metade do jogo instruída de várias alterações não só em termos defensivos como ofensivos. Na defesa Orlando Simões optava pelas alternâncias, entre o hxh e a zona 2×3, enquanto no ataque dava preferência aos ataques mais directos, que privilegiavam as penetrações em drible. O FC Porto dispôs da oportunidade de fugir em definitivo no marcador quando chegou à vantagem de 15 pontos, mas uma boa reação dos estudantes fez aproximar o resultado. Arnett foi o catalisador da equipa de Coimbra, pelos roubos de bola que conseguiu, como pela agressividade ofensiva que trouxe à equipa de Coimbra. O final do 3º período chegava com o jogo perfeitamente e aberto, já que apenas 5 pontos separavam as duas equipas (51-46), mantendo-se a vantagem para os dragões.No derradeiro quarto do jogo, o FC Porto experimentou dificuldades muito por culpa do elevado número de perdas de bola que a equipa somou. O jogo esteve fechado até bem perto do fim com a equipa de Coimbra a exigir dos dragões que colocassem em campo toda a sua experiência competitiva para não permitirem a reviravolta no marcador.O conimbricenses, a pouco mais de 3 minutos do final, e após um triplo de Fernando Sousa, perdiam por três pontos de diferença (53-56), mas a maturidade e qualidade individual dos atletas portistas acabaria por fazer a diferença nos últimos minutos. Os dragões, mais disciplinados taticamente, e porque não dizer mais habituados a estas situações de pressão, rapidamente identificaram onde estava a vantagem no ataque. Stempin assumiu a responsabilidade ofensiva do ataque azul e branco, ao conseguir fazer cestos consecutivos nas áreas próximas do cesto, zona onde a eficácia é maior, a corresponder com sucesso às instruções do técnico Moncho López de forma a garantir a vitória final (65-59).O internacional Carlos Andrade (15 pontos, 13 ressaltos, 3 roubos e bola e 2 assistências) foi o jogador mais regular dos dragões, num jogo em que Stempin (20 pontos e 2 ressaltos), mesmo sem ter feito um grande jogo, foi decisivo nos momentos chave.Na equipa da Académica, o destaque vai por inteiro para o jovem Arnett Hallman (10 pontos e 4 roubos de bola), pela forma como mexeu com o jogo. O bom desempenho defensivo, associado à agressividade atacante exibida e que tanta falta fez a Académica na parte final do encontro, foi determinante para que o conjunto de Coimbra reentrasse na discussão do resultado.Resultados da 12ª jornada:Barcelos H.Terço 69 – 72 Ovarense Dolce VitaVSC 67 – 72 CAB MadeiraSL Benfica 90 – 72 BarreirenseAcadémica 59 – 65 FC Porto FerpintaSC Lusitânia 69 – 79 Sampaense BasketTerceira Basket 73 – 63 Casino Ginásio