FC Porto lidera final
O FC Porto retomou a liderança na série final do playoff da Liga Portuguesa de Basquetebol (3-2), graças ao triunfo conseguido, no Dragão Caixa, diante o Benfica por 91-79.
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26 MAI 2011
A melhoria defensiva conseguida pelos portistas durante a segunda parte, bem como o maior equilíbrio ofensivo, com o tiro exterior a surgir, foram as principais razões para a vitória dos azuis e brancos, isto sem esquecer o excelente aproveitamento da linha de lance-livre. Os encarnados provaram que podem discutir jogos no Porto, mas não revelaram controlo emocional na altura em que era perceptível e se sentia que o jogo ia cair para um dos lados. As duas equipas voltam a encontrar-se no próximo domingo, às 17.30 horas, no pavilhão Império Bonança, para o sexto jogo desta final que ainda promete.
A equipa portista acusou mais no inicio a pressão do encontro, permitindo que o Benfica ganhasse algum ascendente, fruto de alguns contra-ataques após ressaltos defensivos conquistados. O treinador Moncho López, tal como Henrique Vieira, privilegiou a procura do jogo interior, mas o contacto físico permitido, bem como o perfeito conhecimento do adversário resultava em maior sucesso defensivo.Aos poucos os azuis e brancos foram-se soltando, as transições ofensivas rápidas começavam a valer pontos, de tal forma que no final do 1º período a equipa da casa já comandava por 24-18. Os encarnados abanaram e quando o FC Porto ameaçou disparar no marcador, os encarnados souberam manter-se a coesos e pela mão quente de Marquin Chandler (21 pontos e 2 assistências), novamente bastante concentrado e a demonstrar frieza e propósito nas suas acções ofensivas, reentrou na discussão do resultado. Nesta fase do jogo Ben Reed (13 pontos, 7 ressaltos e 2 roubos de bola), excelente na luta das tabelas, respondeu à letra ao atirador Sean Ogirri (14 pontos e 2 assistências), que foram uma miragem na eficácia das duas equipas no tiro exterior, conduzindo os forasteiros ao empate a 38 pontos que se registava no final da 1ª parte.A segunda parte principiou com o equilíbrio que tinha marcado os primeiros 20 minutos, até que Heshimu Evans (16 pontos e 5 ressaltos) e Carlos Andrade deram inicio a um “diálogo” muito especial, com ambos a somarem pontos. Os cestos do internacional portista contagiaram a equipa nortenha que aproveitando algumas más decisões dos visitantes fizeram subir a diferença para os nove pontos (56-47). No melhor momento dos dragões um triplo de Ogirri fez subir a diferença para a casa das dezenas (61-49) a pouco mais de dois minutos do termo do período. Seis pontos consecutivos por parte dos lisboetas reduziam a diferença (55-61). Os instantes finais do 3º quarto voltaram a ser de superioridade dos visitados, que mais serenos em ataque regressaram às vantagens superiores a dez pontos no final do quarto (67-56).O derradeiro período teve sempre sinal mais dos portistas, que liderados pelo entusiasmo de Carlos Andrade (16 pontos, 8 assistências, 6 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 desarmes de lançamento), a assumir as despesas ofensivas da equipa, cedo fugiram no marcador. O aumento da agressividade defensiva, aliado a algum desnorte ofensivo dos benfiquistas, que a determinada altura passaram a apostar no tiro de longa distância como sendo a única solução para ultrapassar a defesa contrária, fez com que o resultado disparasse. Dois afundanços consecutivos de Terrel (24 pontos e 15 ressaltos), sensivelmente a meio do período, começavam a desenhar uma vitória portista neste quinto jogo (80-64).Até final, os ainda campeões nacionais arriscaram na tentativa de encostar no resultado, mas do outro lado a experiência dos dragões, gerindo bem a posse de bola através de ataques com enorme dinamismo, irritava o adversário ao mesmo tempo que esgotavam os tempos de ataque. Um triplo de Sean Ogirri colocou um ponto final no jogo (89-75), que terminou com a vitória do FC Porto por 91-79.O MVP do encontro foi o norte-americano do FC Porto Julian Terrel, com 40 de valorização, fruto de uma excelente exibição onde foi incansável na luta das tabelas, forte no jogo exterior e versátil para assumir o tiro exterior quando necessário. O extremo Carlos Andrade julgo que terá sido o homem do jogo, pela forma como despertou a equipa no momento chave do jogo, servindo de inspiração para que a equipa, de uma vez por todas, se soltasse dentro de campo.O sub-rendimento de alguns jogadores chave da equipa benfiquista ajuda a explicar o insucesso do Benfica, se bem que o conjunto lisboeta tenha revelado alguma falta de mobilidade, jogadores muito estáticos, de modo a poderem contrariar a agressividade defensiva do FC Porto. O jogo interior não foi eficaz como desejariam, bem como o aproveitamento da linha de lance-livre na fase decisiva do jogo.