Fernando Neves: «Aqui é preciso espírito de sacrifício»

A vitória no Troféu António Pratas é fruto da junção de um conjunto de fatores, que o jogador espera que sejam sinónimo de mais conquistas esta época.

Atletas | Competições
17 OUT 2013

Em Ovar há um plantel constituído por um “grupo de amigos” ambicioso, que joga sempre para ganhar, treinado por “dois líderes natos. Leia a entrevista nos detalhes desta notícia.

É caso para dizer que a Ovarense não perde o bom hábito de conquistar títulos?Quando se tem um grupo de jogadores habituados a ganhar títulos, por norma sentem-se mais as derrotas. Não gostamos de perder e por isso trabalhamos diariamente para melhorar e crescermos como equipa. Não vamos sempre conquistar troféus mas vamos lutar até à exaustão pelo melhor desempenho possível. É a nossa maneira de estar no basquetebol.Partiram para esta final-four convictos que poderiam vencer este troféu?Íamos e iremos sempre para todas as decisões da época convictos que poderemos vencer. Nunca será fácil vencê-las mas não conhecemos outra maneira de estar no desporto.No jogo da meia-final desperdiçaram a vantagem que tinham e foram obrigados a dar a volta ao resultado no último período. Na final, complicaram o que parecia ser fácil? Concorda que não souberam “matar” os jogos?Concordo. A verdade é que conseguimos em ambos “fugir” no marcador e não conseguimos manter a vantagem pontual. Temos também que atribuir mérito aos nossos adversários. Mas certamente iremos saber tirar as melhores ilações destes dois jogos.Concorda que este sucesso é também resultado do trabalho desenvolvido na época passada?Obviamente que mantendo praticamente todo o plantel da época anterior as rotinas estão mais presentes. Quando se trabalha com a intensidade e com a seriedade com que nós trabalhamos tudo se torna mais fluído e preciso no nosso jogo. Transparece, pela forma como comunicam e interagem entre vocês durante o jogo, que existe uma grande união e coesão dentro do grupo. Será esse o vosso ponto forte para suplantar as vossas fraquezas?Aqui em Ovar temos a sorte de trabalhar diariamente entre amigos. Partilhamos frustrações, alegrias e vivências do dia-a-dia. Não somos colegas de profissão, somos primeiro amigos. Transparecemos tanta união e cumplicidade dentro de campo porque ela também existe fora dele.Os treinadores Carlos Pinto e Nuno Manarte têm sido bons transmissores do que significa jogar pela Ovarense, e qual a atitude necessária para representar o clube?O Carlos e o Nuno são líderes natos. São primeiro que tudo exemplos a seguir dentro do clube. Transmitem-nos todo um vasto conhecimento que lhes é reconhecido mas permitem-nos ao mesmo tempo interagir e dialogar com eles nas decisões tomadas. Para jogar na Ovarense é preciso ter espírito de sacrifício, uma atitude irrepreensível nos treinos e jogos, ser solidários uns com os outros e sair de qualquer jogo com a consciência de que tudo fizemos para ganhar independentemente do resultado final.Acha que a regularidade poderá ser o vosso ponto forte para a 1ª fase do campeonato?Penso que temos que continuar a ser regulares no que fazemos bem. Todos nos reconhecem como uma equipa que defende bem, paciente no ataque e que procura em todos os momentos do jogo o melhor lançamento de equipa possível. Por isso se conseguirmos ser regulares nestes aspetos iremos com certeza fazer uma época positiva.

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17 OUT 2013

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