Festa do Basquetebol Juvenil vista a partir do banco
Treinadores Rui Costa, Gilda Correia e André Silva recordam evento muito especial

Associações | Festa do Basquetebol
9 ABR 2020
A Festa do Basquetebol Juvenil é um evento que não deixa ninguém indiferente, e por isso falámos com Rui Costa, Gilda Correia e André Silva, treinadores titulados que recordaram as suas experiências.
Rui Costa tem um percurso na Festa ligado à AB Porto, e salienta o ritmo elétrico do certame: “As primeiras memórias que tenho são de alegria e vida. É como sentir o pulso do basquetebol nacional no seu auge de batimentos cardíacos”, lança a metáfora.
O técnico, que atualmente orienta o Selfoss Karfa, da Islândia, já passou por momentos emocionantes em Albufeira: “Como parte integrante da equipa AB Porto, guardo com muito carinho o sentimento de pertença à família nortenha do basquetebol. Dentro de campo há alguns momentos marcantes, como o último minuto da nossa final frente a Lisboa em 2016 – acreditem que a sorte dá muito trabalho – mas diria que o convívio fora de campo (com treinadores, atletas, amigos e acompanhantes) é para mim o fator que torna a Festa um evento tão bonito e com tantas recordações”, explica.
Rui Costa mostra o que o evento de Albufeira significa para si: “A Festa é, por excelência, o momento de partilha de toda a comunidade do basquetebol português. A sua grande virtude é que a própria amargura se torna muita vezes felicidade, graças à mera partilha da experiência”, enaltece.
Gilda Correia é outro nome incontornável da Festa, mas ligada à AB Lisboa: “Os momentos vividos em equipa, com adversários, com amigos do basquetebol que vêm do passado são as histórias que ficam na memória!”, destaca.
Para a treinadora de formação da Quinta dos Lombos, a Festa é a última etapa de um trabalho continuado: “O momento da Festa em si é apenas o culminar de um processo que leva meses a ser construído. Para mim, é todo este percurso que tem significado. A aprendizagem, a partilha de conhecimentos, as dificuldades, as diferentes personalidades, os diferentes hábitos de trabalho”, analisa.
Gilda Correia deixa uma certeza para o final: “O ano de 2021 vai trazer um sentimento de esperança, de renascimento e do poder revitalizador do desporto”, conclui.
Voltando à AB Porto, André Silva conta com seis Festas no currículo, e não esquece o impacto que sentiu na estreia neste grande evento: “Entrar num comboio repleto de atletas, treinadores, seccionistas, árbitros e outros agentes com quem partilhamos a mesma paixão é um momento único”, afirma.
O treinador da equipa feminina do Académico FC contribuiu com títulos para o palmarés da equipa da Invicta e lembra isso com alegria: “As finais são sempre especiais. A primeira, com a conquista do título em 2015, teve um sabor especial. Por várias razões, desde logo por ser a primeira em que participava, por ambicionarmos conquistar o troféu que, desde 2011, não vestia as cores da AB Porto e, principalmente, pela emoção do jogo”, recorda.
A felicidade dos jovens atletas não tem preço: “Compreendo perfeitamente o que sente uma grande percentagem dos atletas envolvidos na competição, é uma oportunidade de jogar num formato competitivo que permite estar entre os melhores. Muitos deles jogam com maior diversidade de equipas naquela semana do que no restante ano. Sentir que as crianças e jovens que nos rodeiam estão felizes, é especial”, finaliza.