Figura da Semana Diogo Fialho
Dedicado, trabalhador, inteligente e mais alto do que a maioria Quatro características importantes para um jogador de basquetebol, e ele tem todas.

Associações | Atletas
11 MAI 2007
Começou a jogar apenas há oito meses, mas pelo ritmo de aprendizagem que leva promete ser jogador.
No final do 1º Estágio da Selecção de Iniciados, em Novembro do ano passado, numa conversa entre atletas, um deles (da equipa adversária) dizia: o meu treinador diz que ele ainda nos vai dar muito trabalho Ele era Diogo Fialho, um rookie, jogador com algumas semanas de treino no Lusitânia e que se impunha sobretudo pela sua altura. Era grande, um pouco tosco, ainda com algumas dificuldades de orientação num campo diferente dos pátios do Liceu Mas já naquela altura se sentia a ameaça, e o tal treinador tinha razão.Seis meses depois, dá gosto ver o que o trabalho de um técnico e a ajuda dos colegas, somadas a um espírito competitivo e uma dedicação maior do que ele próprio, fazem pelo desenvolvimento de um atleta. Tal como a equipa, passou por dificuldade no início da época, tantas que no primeiro jogo frente ao Angra saí do jogo aos cinco minutos, por faltas (risos), diz. Mas não desistiu; soube perder o campeonato de ilha e a 1ª fase do campeonato regional de cabeça erguida, para na passada semana ver o esforço recompensado, com a vitória final no Regional de Iniciados, para a qual contribuiu de forma brilhante, com pontos, ressaltos e, curiosamente, com apenas uma falta averbada em todo o jogo Eu já jogava na escola, refere, mas aqui é completamente diferente. Na Escola brincamos, fazemos umas macacadas e jogamos em meio-campo, que não cansa nada em comparação com isto. No início ficava a olhar, sem perceber muito, mas depois comecei a gostar e fui por aí adiante. Em frente, até se transformar num jogador completamente diferente, como reconhece: Notei uma diferença enorme, em todos os aspectos. Na resistência, na velocidade, na técnica, no conhecimento das tácticas (que não conhecia nada) Notei uma diferença enorme em quase tudo.Evolução que ajudou a concretizar um momento muito especial: a conquista do Regional e o passaporte para o Torneio Nacional de clubes Fomos melhorando e o nosso rendimento foi subindo nos jogos contra eles. Diferenças? Essencialmente defesa. Acho que isso foi a chave para a vitória. O treinador não estava muito confiante, mas nós prometemos que íamos ganhar, e ganhamos. Foi muito bom. Agora no Nacional estou à espera de ver equipas tão difíceis como nas selecções e vamos tentar aprender mais Isso é o essencial.Quero continuarCom a época a caminhar para o final, David é lesto em dizer que, foi um ano muito bom. A competição com o AngraBaket foi dura, espectacular, e apesar de algumas derrotas pelo caminho não se arrepende de ter seguido o conselho dos amigos, que o levaram para o Lusitânia, depois de alguns anos no ténis.No primeiro ano de competição e treinos a sério, destaca também a importância do espaço Selecção na evolução que conseguiu: Muito importante A minha equipa no Lusitânia é mais baixa e por isso aqui consigo ter mais equilibrio nos treinos, o que é bom. Nos treinos habituo-me a pessoas do meu tamanho, o que não é totalmente possível na minha equipa Uma selecção que é também um dos pontos altos do que falta da época, já que David deverá ter presença garantida no Torneio Regional inter-associações, que se disputa em São Miguel, no mês de Junho O grupo está bom, o trabalho também está a correr bem, embora haja sempre uns que querem correr mais e outros menos, mas o grupo é bom e está confiante, revela a nossa figura da semana. Sobre os objectivos? Nós esperamos ganhar. Do que vi das equipas que vieram de São Miguel e Santa Maria, estão um bocado atrasados em relação a nós, tanto tecnicamente como tacticamente. Têm qualidades, mas acho que vamos ganhar.Quanto a um futuro mais distante, este estudante do 8º ano, que prefere as ciências às letras e gosta de música, computador e estar com os amigos, não faz grandes prognósticos. Acha que tem algumas capacidades, diz que vai continuar a trabalhar, mas Depende. Se continuar a gostar, queria jogar até tarde. Se vir que não consigo conciliar as coisas, pode ser que saia Mas duvido muito. Aprendi muito em PortimãoNum primeiro ano cheio, com jogos no clube, a rivalidade com o Angra, os treinos e jogos das selecções e muita informação para processar, há um momento que se assume como determinante na evolução de Diogo Fialho e contribuiu decisivamente para o seu crescimento como jogador e como pessoa: a participação na Festa Nacional do Basquetebol, em Portimão, onde a Selecção Açores defrontou algumas das melhores selecções do país.Foi muito bom Quando cheguei lá, olhava para tudo e ficava meio baralhado, com o tamanho dos jogadores, a maneira como eles jogavam. Mas as coisas acabaram por me correr bem e aprendi imensa coisa e notei uma diferença grande quando cá cheguei, confessa a nossa figura da semana. Para Diogo, momentos destes servem sobretudo para aprender. Neste aspecto é muito bom e acho que jogar lá fora é o melhor que nos pode acontecer. Diferenças? São muito muito competitivos. Têm muito mais competição, têm outra forma de jogar. Defendem muito bem, a maior parte dos jogadores tem técnica, é uma coisa totalmente diferente.Os objectivos foram cumpridos e a manutenção assegurada, mas segundo o atleta ainda há muito trabalho a fazer O que nos faltou foi essencialmente defesa e tamanho. O que ouvi por lá, é que já é um lema da selecção Açores não defender bem. Temos de melhorar neste aspecto se queremos lutar de igual para igual lá fora.