Figura da Semana – Mariana Menezes

Um ‘fruto’ do Jamboree, que conta, na primeira pessoa, como foi esta “experiência espectacular”.

“Foi giro, porque ficamos todos juntos e conhecemos muita gente. Quando precisava de alguma coisa ía ao quarto de outra jogadora, depois íamos jogar às cartas… Fizemos muitos amigos e fiquei com os e-mails de todos… Já estou com muitas saudades e gostava de participar mais uma vez, mas aquela é sempre aquela…”.As palavras são de Mariana Menezes, 11 anos, uma semana depois do fim do XI Jamboree Nacional, que decorreu na Ilha Terceira. Uma frase simples, que nos atira para uma realidade diferente, de uma semana de festa para todos os participantes. Segundo a nossa figura da semana, “foi cansativo, porque tínhamos o jogo do Lusitânia, a seguir tínhamos actividades lúdicas, depois tínhamos basket, e tínhamos pouco tempo para dormir. Andamos a treinar muito”. Mas, para ela como para todos, “foi espectacular”. Até porque o basquetebol, a razão que os reúne, foi quem mais beneficiou com a experiência… “Foi bom para melhorar a minha técnica; a defesa; muita coisa. Evoluimos muito, aprendemos a jogar mais em equipa e foi bom aprender tudo. Conheci jogadores melhores do que eu, e isso foi bom porque aprendi também com eles”.No final do Jamboree, o coordenador nacional destacou a qualidade dos atletas locais. Para San Payo Araújo, os ‘nossos’ estão mais fortes, com destaque para o sector femininos, onde houve uma evolução grande… Mariana é um dos expoentes máximos desta constatação. Já passou pela Selecção de Minis da Terceira na época passada; este ano foi uma das primeiras escolhas para o Jamboree, e volta a participar no Torneio Nacional de Minibasquete este ano, que decorre em Julho, em Santa Maria. Participações que considera “importantes, para conhecer mais as técnicas do basket e aprender outras coisas”.“Queremos ganhar”Mas o Jamboree já lá vai. Ficam as recordações, os contactos, as fotos, mas agora é tempo de olhar em frente. As preocupações passam pelos estudos, no 6º ano da Escola Francisco Ornelas, com vista ao sonho de ser pediatra. Com boas notas, organização e força de vontade… Qualidades que ajudam também nos minis dos Vitorinos… “Tenho tudo organizado (risos). Tenho força de vontade e no basket tenho mais ainda”.Começou há três anos, após insistência das amigas. Mariana conta que “um dia fui, gostei, dava-me genica, gostava de lá estar, e continuei… Gosto da adrenalina”. Ao princípio não foi fácil, “depois fui aprendendo, o professor foi ensinando e fui melhorando”. Hoje joga na equipa feminina de Minis B dos Vitorinos, uma das mais fortes dos habituais Encontros de Minis. “A equipa é muito boa, é unida e acho que jogamos bem”, refere. Por cumprir, apenas um objectivo: ganhar aos rapazes do Lusitânia… “Eles são mais fortes que nós, e acabamos sempre por perder. Mas até ao fim do ano tenho esperança de ganhar um jogo. Talvez seja já no próximo… Este vai ser o nosso objectivo”.A caminho de Santa Maria, onde representa pela segunda vez a ABIT num torneio de Minis, vai dizendo que continua no basket porque gosta. “Do jogo, da treinadora, dos colegas, dos Encontros, das equipas adversárias… É tudo muito giro”. Sobre a Selecção e a concorrência, ainda sabe pouco. Mas diz, com certeza, que vai encontrar, “amigos novos, pessoas que jogam melhor ou pior e muito basket. No ano passado foi giro, íamos para a piscina. Depois na última noite fizemos uma directa, estivemos lá a brincar uns com os outros, fizemos amigos novos”… No fundo, uma reedição de um espírito de amizade e desporto, que viveu na última semana…Basket, danças e bailinhosAo começar a conversa, Mariana pediu à mãe que estivesse com ela. Respondeu a tudo sem hesitar, mas quando lhe perguntamos que outras coisas gosta de fazer, procurou ajuda, com um desvio no olhar. A mãe deu-lhe força e descobrimos o outro mundo da nossa figura da semana. Ficamos a saber que é a própria mãe que a vai buscar aos treinos (um bom exemplo de acompanhamento e motivação); que normalmente apanha o autocarro para ir para a escola e que adora viver na Agualva. “A freguesia é pequena, a gente conhece toda a gente e está tudo a correr bem por lá. Coisas boas? Tudo… Gosto muito de viver lá”.Para além disso, “gosto de tocar música e estou a aprender na Sociedade Filármonica da Agualva, gosto de jogar andebol também, por causa do meu irmão, gosto de andar de patins, de bicicleta, estar com os amigos… Depois tenho uma família grande, tenho muitos primos e por isso gosto de estar com a família”. Uma vida preenchida, com uma aberta na agenda, lá por alturas do Carnaval… “Saí este ano numa dança e foi bom. Apesar da gente se deitar muito tarde e acordar muito cedo, foi bom. Foi a primeira vez, na Dança da Agualva. O título era ‘Ai se as mulheres fossem homens’. Cantava, dançava e representava… Acho que tive bem. Continuar? Sempre que me convidarem”.Como diz a mãe, “ela está sempre pronta para tudo”… O basket agradece e deseja bom trabalho e boa sorte a uma das caras bonitas do modalidade…