FIGURA DA SEMANA

Começou aos oito e aos catorze é uma das maiores esperanças do basquetebol terceirense.

Associações
6 ABR 2005

Com os cadetes do Lusitânia espera “vencer o Regional e fazer coisas engraçadas no Nacional”.

Se existem miúdos que nascerampara jogar basquetebol,Miguel Freitas é com certezaum destes casos. Não pela altura,não pela tradição familiar(o pai é mais golfe), mas porqueé impossível entrar no pavilhãoe assistir ao jogo sem perguntar…“Quem é aquele miúdo?”.Ele dribla, passa, defende,lança, quase sempre bem e temaquele “estilo” especial dosjogadores natos. Obviamenteque sem trabalho não há estiloque resista, mas Miguel jápercebeu isso. “Objectivos navida? Ser jogador de basquetebol…Para já só isso.Alguns querem jogar basquetebol,mas não fazemmuito por isso. Eu acho quefaço bastante por isso”, referea nossa figura da semana, quenão vê a baixa estatura comoum problema. “Já me habitueia jogar com gente mais alta. Ásvezes é mais complicado. Maseu sou base, por isso precisode controlar a bola, distribuirjogo e não me meter debaixoda tabela… Mas de vez emquando também ganho unsressaltos e faço umas penetraçõespara o cesto”.Para além do basquetebol,“saímos à noite, estamos na Internet…Televisão, pouca…”.Porquê? “Estou mais na rua ajogar basket. Desde que entreino basket que tenho umatabela e estou sempre lá”…É preciso dizer mais?“TEMOS UMA BOA EQUIPA”“O meu pai conhecia oNuno Barroso e perguntoumese queria entrar para obasquetebol… Eu disse quesim e entrei”. A partir daí nãoparou… Viu que tinha algumjeito “no terceiro ano de minis,quando fui chamado à Selecção”,e continuou, sempre noLusitânia.Este ano, já com o títulode campeão da Terceira decadetes “no bolso”, fala dosobjectivos imediatos da equipa.“Temos uma boa equipa eeste ano podemos fazer umascoisas engraçadas a nível nacional”.E o Regional? “Vamosganhar, claro”.Confiança é coisa que nãofalta a Miguel Freitas. Opiniãoalicerçada no trabalho que setem feito quer no Lusitânia,quer noutros clubes. “O basquetebolestá a evoluir bem naTerceira… Cada vez melhor.O trabalho que se faz nos clubesé bom, o nosso treinadortambém. O João Rocha insistemuito na nossa atitude dentrode campo e apoia-nos muito.Todos têm garra, todosquerem ganhar”, refere obase, que agradece tambéma oportunidade de integrar,de vez em quando, a equipade juniores do clube. “Achoque é bom jogar no escalãoacima, mas não sou o único.O André Leonardo e o LuísPedro também estiveram noRegional de Juniores. Acho queé uma boa forma de ir integrandoos atletas e talvez daquia um/dois anos possamosestar na equipa B… Oxalá quesim… Pelo menos é isso queeu quero”… Mais uma etaparumo ao objectivo final… Serjogador de basquetebol.“Nervos” traem SelecçãoOutro dos projectos de Miguel Freitas para esta época é aSelecção Açores, que participa no próximo mês de Maio nosJogos das Ilhas. O base está optimista, mas com cautelas.“Nos Jogos das Ilhas contamos ganhar alguns jogos, masvamos ter dificuldades. Temos uma equipa mais baixa, por issotambém precisamos de um pouco de sorte… Temos bons jogadores,por exemplo o André e o Diogo, mas falta altura”.Apesar desta dificuldade, o valor está lá. Mesmo assim,nem tudo tem corrido bem nos momentos decisivos. Porquê?“…(risos)… Não sei… Estamos muito habituados ajogar uns com os outros e quando temos pela frente outrosjogadores ficamos mais nervosos. Talvez seja isso… mais umaquestão psicológica”. Será apenas isso? “E ás vezes estamoscontra o treinador… Eu pelo menos… Quando ele me tirado jogo…(risos)… Fico chateado”… Pois.

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6 ABR 2005

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