Final decidida na negra
O SL Benfica não desiste de lutar pela renovação do título, tendo vencido o FC Porto, na Luz, num encontro repleto de emoção e só decidido nos segundos finais do jogo 6, por 85-79.
Competições
29 MAI 2011
Embora tendo estado grande parte do encontro atrás no marcador, os benfiquistas mereceram a felicidade que os bafejou nos momentos finais, diante um FC Porto que mostrou coragem em querer decidir a eliminatória em Lisboa. Duas acções, uma defensivas de Miguel Minhava e um triplo, com falta, de Ben Reed impediram que os dragões festejassem o tão desejado título de campeão
Sem nada a perder, os comandados de Moncho López viajaram até Lisboa determinados a fechar a série. Revelando os mesmos pontos fortes que lhe tem valido alguma vantagem nos confrontos contra os encarnados, a equipa portista começou a exibir algum ascendente no decorrer do segundo período. O bloqueio directo na bola e as correctas leituras dessa relação de 2×2 por parte de Ogirri (10 pontos, 6 ressaltos e 5 assistências) e José Costa , valeram muitos pontos aos dragões, fosse pela exploração das vantagens de trocas defensivas, ou pelo tiro exterior.Na equipa da casa o lançamento do perímetro não funcionava, a aposta no jogo interior resultava na conquista de idas para a linha de lance-livre, um aspecto que poderia ter custado a vitória neste jogo, já que falharam imensos (18). O intervalo chegava com os forasteiros na frente do marcador (39-34), ainda que por uma diferença que deixava tudo em aberto para a segunda parte.No recomeço da etapa complementar o FC Porto deu sinais de querer fugir no resultado, chegou a uma vantagem de 10 pontos (44-34), com o jogo interior a funcionar na perfeição através de excelentes combinações de penetrações que terminavam com assistências para cestos fáceis. Percebia-se que era o momento em que o jogo se poderia decidir, valeu na altura o coração de Ben Reed, Minhava e Elvis Évora, bem como o desempenho da equipa encarnada na tabela ofensiva. Num jogo que começava a ficar marcado pelo elevado número de faltas cometidas, Sérgio Ramos (12 pontos e 9 ressaltos) resolve surgir no jogo na parte final do período, culminando com um triplo a poucos segundos do final do período, que colocava o Benfica à distância de um ponto (59-60), no final do 3º período.Nos derradeiros 10 minutos os azuis e brancos mantiveram a sua consistência ofensiva, voltando a ter Greg Stempin (23 pontos e 3 ressaltos) como a sua principal referência atacante, com o norte-americano a responder na perfeição à pressão do momento. Numa primeira fase, e de uma forma algo menos comum, o Benfica manteve-se na discussão do resultado através do tiro exterior de Heshimu Evans (13 pontos, 7 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola), triplo fundamental a dar o empate a 75 pontos quando faltavam 3 minutos para acabar o jogo. No melhor pano cai a nódoa, e Heshimu após ter falhado uma penetração de fácil finalização, permitiu um contra-ataque em superioridade numérica, parado por um providencial roubo de bola por parte de Miguel Minhava (8 pontos, 6 assistências e 3 ressaltos) no meio-campo, que terminaria posteriormente em bandeja e dava a vantagem à equipa da casa (78-77). Stempin respondia como sempre com êxito (79-78), para Ben Reed (22 pontos, 5 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) na resposta, primeiro a converter um triplo com falta (81-79), e depois a conquistar o ressalto ofensivo do seu próprio lançamento falhado da linha de lance-livre sofrendo de imediato falta. Ao converter os dois lançamentos a que teve direito (83-79), o norte-americano colocava os nortenhos á distância de duas posses de bola com poucos segundos para se jogar.Julgo que é possível dizer-se que foi mais mérito do Benfica na forma como conseguiu dar a volta ao marcador, mesmo reconhecendo que teve alguma fortuna no modo como o conseguiu. Mas a sorte procura-se. E não se pode apontar nada ao conjunto encarnado em termos de atitude e desejo de levar esta final até ao sétimo jogo.