FPB lança banda desenhada a promover os valores do desporto

A Federação Portuguesa de Basquetebol deu um novo passo na promoção dos valores éticos do desporto, com o lançamento da banda desenhada “Bola no Cesto”, um livro que tem sido distribuído de forma gratuita por todos os clubes com atletas de minibasquete e sub-14.

José Lima, coordenador nacional do Plano Nacional de Ética no Desporto, explicou no que consistiu este projeto: “A banda desenhada surge como um recurso pedagógico que a Federação criou, com o objetivo de passar um conjunto de valores de forma didática e pedagógica, através de histórias simples, que tratam questões como o doping, a amizade, o saber perder, de uma forma lúdica”.

Em colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude, a banda desenhada já se encontra em 148 clubes, num total de 6050 livros distribuídos por atletas de minibasquete e sub-14. “A formação do carácter estabelece-se nos primeiros tempos da infância, até aos 12/13 anos, e é aí que nós devemos investir, através destes recursos e outros, para que estes valores passem e o desporto seja uma ferramenta para a formação do carácter dos jovens”, considera José Lima.

“Nós quisemos criar personagens com que as crianças se conseguissem identificar e relacionar, que pensassem “vou começar a ter estas atitudes porque aquela personagem também as tem e eu admiro-a como personagem e inspiro-me nela””, conta Diogo Mané, responsável pela criação das ilustrações da banda desenhada.

Com Blitz, a mascote da Federação, como personagem principal, Xavier Lopes, responsável pela escrita, explica que a história aborda “a formação de uma equipa e os desafios que cada jogador tem que ultrapassar, mas também os desafios incutidos na equipa e que eles têm que conseguir alcançar, para serem melhores pessoas, melhores jogadores, e irem de encontro aos seus objetivos que é ganhar o torneio”.

Os criadores da história louvam a iniciativa da Federação em abordar estes temas. Diogo Mané relembra os seus tempos enquanto atleta da formação do FC Barreirense: “via o Miguel Minhava a jogar a base e idolatrava-o, mas não sabia o que é que ele pensava dentro de campo, o que valorizava, só o via a jogar basquetebol, e acho que as crianças ao terem contacto com a experiência, os pensamentos, a maneira de agir de outras figuras, ajuda bastante”.

Xavier Lopes, também ele treinador de basquetebol, afirma que esta ação pode ter um grande impacto nos jovens: “Este livro pode ser uma maneira mais gráfica e mais infantil de passar as mensagens base aos jogadores, de espírito de equipa, de superação”.