Futuro assegurado

O Estádio João Paulo II acolheu, no passado sábado, o encontro anual das Escolinhas do Desporto da Ilha Terceira.

Associações
29 MAI 2007

O basquetebol voltou a marcar presença e recebeu elogios pelo trabalho feito esta temporada.

Depois de muitos encontros de Minibasquete em que as escolinhas partilharam o protagonismo com as equipas dos clubes, no último fim-de-semana o campo esteve reservado aos núcleos de minis que fazem parte do projecto “Escolinhas do Desporto”, patrocinado pela Direcção Regional do Desporto. Uma oportunidade para os atletas das escolas primárias da Terceira, que desenvolvem a prática do basquetebol, se reunirem e jogarem entre si, numa manhã de festa e de convívio entre jovens dos seis aos dez anos de idade. No final, sobraram os elogios ao trabalho desenvolvido pela Associação de Basquetebol da Ilha Terceira, no fomento da modalidade na ilha… “É das modalidades que está melhor organizada na ilha, é das que tem mais núcleos de actividade e penso que a própria associação e o seu director-técnico tem levado muito a peito este projecto, e tem feito um grande esforço no sentido de o melhorar cada vez mais, tirando, por isso, bons proveitos para a modalidade”.As palavras são de João Pedro Montalverne, responsável pelo Serviço de Educação Física da Ilha Terceira, e ilustram bem o esforço que tem sido feito para desenvolver os vários núcleos de minibasquete espalhados pelas escolas da Terceira, com a colaboração de técnicos e dos próprios responsáveis dos estabelecimentos de ensino. No Estádio João Paulo II, estiveram presentes oito equipas de basquetebol, de seis escolas da ilha, num total de meia centena de atletas, que, segundo o responsável pelo projecto, podem contribuir para o futuro do basket na região… “Seja na Terceira seja nos Açores, penso que este é um dos projectos mais bem conseguidos da Direcção Regional do Desporto. Todo o fead-back da maioria das associações (que estão bem organizadas) é muito positivo. Têm conseguido tirar frutos desta actividade e isto para o desenvolvimento desportivo tem sido essencial”. Ainda segundo João Pedro Montalverne, “para além de toda a parte social envolvida, isto também faz com que antecipemos a iniciação da prática desportiva. As modalidades, normalmente, começam o trabalho por volta dos dez anos; aqui fazemos um pouco a antecipação do gesto técnico, da atitude em campo, etc., e ganhamos dois ou três anos na formação dos atletas”.Presentes no encontro estiveram as escolas da Terra-Chã, Posto Santo, Carreirinha, Conceição, Lajes e Colégio de Santa Clara, numa reunião que se estendeu para lá do basquetebol. Neste momento existem catorze modalidades a trabalhar nas diversas escolas da ilha, dez das quais marcaram presença no João Paulo II no passado sábado. Do Voleibol ao Karaté, foram mais de 400 os atletas presentes. Encontros que se realizam em todas as ilhas dos Açores, juntando cerca de 3000 jovens atletas da Região, entre os meses de Maio e Junho.“Temos de continuar”Presente no encontro anual, João Ávila não tem dúvidas em relação à importância do projecto. Segundo o director-técnico da ABIT, “este foi o encontro anual de escolinhas com mais atletas, mais equipas e mais escolas, no basquetebol. Portanto estou bastante satisfeito, até porque é muito importante (para a associação e para a modalidade) que este projecto das escolinhas se desenvolva… Espero que não acabe, para bem do basquetebol nos Açores”. Para o responsável técnico do basquetebol terceirense, “muitos destes atletas podem vir a ser jogadores dos escalões de formação dos clubes no próximos anos”, daí ser fundamental acarinhar estes pequenos núcleos que se vão formando por várias escolas da ilha. Para João Ávila, “o trabalho das Escolinhas é sempre um trabalho inacabado e todos os anos podemos melhorar, quer a organização, quer o próprio trabalho nos treinos e nos encontros”. Neste momento, apesar das solicitações de várias escolas, é difícil pensar em aumentar o número de núcleos, até porque “não conseguimos dar resposta por falta de enquadramento técnico”. Mas a tendência é para aumentar, quer em quantidade quer em qualidade, refere o técnico… “Até agora o que conseguimos foi abrir os núcleos e consolidar o trabalho nas escolas. O que estamos a fazer, neste momento, é apostar na formação de treinadores (nível 1), para que alguns destes novos técnicos possam ‘pegar’ nas escolinhas e no minibasquete. O que queremos, no próximo ano, é ter mais treinadores disponíveis, para responder a todas as solicitações, com trabalho de qualidade”.

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29 MAI 2007

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