Grande jogo não evita derrota frente à Turquia
Mais um encontro em que Portugal conseguiu bater-se de igual para igual com o adversário durante largos minutos do encontro.
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8 SET 2012
Neste caso tratava-se da Turquia, nada mais nada menos que a vice-campeã do Mundo, mas a equipa nacional acabou por perder por 69-79. Os comandados de Mário Palma já não têm possibilidades de se apurar para o Europeu do próximo ano, mas não perdem o vigor e mais uma vez tudo fizeram para alcançar um triunfo nesta fase de qualificação.
Que primeiro período de excelência aquele que Portugal realizou no encontro frente à Turquia (21-17)! Bem a alternar a eficácia do tiro exterior, com as ações nas áreas próximas do cesto, onde, neste capítulo, Cláudio Fonseca (10 pontos) esteve brilhante a jogar de costas para o cesto, ou então a jogar sem bola nas leituras das penetrações dos seus companheiros. Betinho, João Santos e Cunha complementavam através do jogo exterior, bem comandados pelo base Mário Fernandes. Dez minutos de grande nível, que reduziram a poderosa Turquia a um adversário “banal”. Mas tudo se alteraria durante o segundo quarto, com a equipa nacional a perder a sua consistência ofensiva, os tiros deixaram de cair, refletindo-se naturalmente na acumulação de turnovers, bem aproveitados pelos turcos para somar cestos fáceis em contra-ataque. A estatura dos jogadores turcos fazia-se sentir na luta das tabelas, a conquistarem segundos lançamentos, enquanto que a rotação do banco português não produziu os efeitos desejados pelo técnico Mário Palma. Nos últimos dois minutos da 1ª parte, Portugal estabilizou novamente o seu ataque, cinco pontos consecutivos, ao mesmo tempo que retomava a sua defesa zona, que traduziu-se no aproximar do resultado (31-35). Para o segundo tempo o técnico Mário Palma tentava condicionar o sucesso do jogo interior da Turquia com o recurso a situações de 2×1 nas posições de poste baixo, mas Portugal era traído pelo ressalto ofensivo. No ataque, Mário Fernandes voltava a comandar a equipa, sendo o tiro de três pontos, 2 consecutivos por parte de Miguel Minhava, a principal arma utilizada por Portugal, assim como o reaparecimento de Cláudio Fonseca no jogo, voltando à liderança (47-45) à passagem do 7º minuto. O base português mostrou igualmente inspiração ofensiva (3 + 2 pontos) e Portugal voltava a comandar no final do quarto por cinco pontos de vantagem (52-47), depois de ter estado a perder por sete no decorrer do período.Nos últimos dez minutos o ritmo do jogo elevou-se, bem como a agressividade e o contacto físico por parte dos turcos quando defendiam. Os jogadores portugueses, como resultado das faltas sofridas, cedo conquistaram o direito a ir para a linha de lance livre, se bem que o lançamento de longa distância mantinha os turcos na discussão do resultado. A cinco minutos do final, os vice-campeões do mundo estavam empatados com Portugal a 59 pontos.Nos minutos seguintes sucederam-se as alternâncias na liderança do marcador, até que, após novo turnover por parte da formação nacional, Karamani, já tinha marcado um triplo, converte um cesto com falta e faz subir a diferença para os cinco pontos (68-63),isto a 2.30 minutos do final. João Santos com um cesto de dois ainda reduz para três, mas a Turquia com mais um triplo (71-65), dava um passo de gigante rumo à vitória. Os brilhantes atletas nacionais acusaram falta de frescura física, pelo que as más decisões acumularam-se, levando a que em alguns ataques Portugal não fosse capaz de atirar ao cesto.Vitória final da Turquia (79-69) que assim mantém-se na corrida do apuramento, em mais um jogo em que Portugal esteve brilhante, chegando mesmo a ser claramente superior ao seu adversário durante vários períodos do encontro. Apesar da derrota, os atletas portugueses podem sentirem-se orgulhosos por aquilo que fizeram durante os 40 minutos, naturalmente com coisas a corrigir, mas que não retira o brilhantismo com que Portugal se bateu com a forte equipa turca, que jogava em Coimbra o seu apuramento para o próximo Europeu.Fantásticos desempenhos de Cláudio Fonseca (20 pontos, 8 ressaltos e 4 desarmes de lançamento), a bater-se muito bem no jogo interior, Mário Fernandes (17 pontos, 6 assistências e 2 ressaltos), a dirigir e a revelar-se mortífero no tiro exterior, bem como nas leituras dos bloqueios diretos, João Betinho (11 pontos e 8 ressaltos) e João Santos (11 pontos, 5 ressaltos e 2 assistências), estes dois últimos a acusarem mais na parte final do jogo o cansaço acumulado.