III Festa do Basquetebol Juvenil
Pelo terceiro ano consecutivo foi em Portimão que se reuniram as promessas da modalidade, nos escalões de Sub-14 e Sub-16, masculinos e femininos, para disputarem os campeonatos de Portugal de Selecções Distritais, num total de quase 200 jogos em quatro dias, naquele que começa a ser aos ouvidos dos jovens basquetebolistas um horizonte a conquistar.

Associações
15 ABR 2009
Mais do que um campeonato, é uma marca na carreira dos atletas que por lá passaram, pela oportunidade que tiveram de fazer novas amizades, trocar experiências e aprender observando e jogando Basquetebol, revertendo num conjunto de momentos memoráveis para todos os que viveram esta Festa do Basquetebol Juvenil.
Para além dos atletas, também treinadores e árbitros, com “clinics” à disposição, dirigentes do Basquetebol de formação, pais e familiares, tiveram em Portimão uma excelente oportunidade de aprendizagem pela troca de experiencias a que foram sujeitos ao longo destes 5 dias.A alegria de participar num evento destes foi demonstrada em cada pavilhão, em cada esquina desta cidade Algarvia, resultante não só da euforia e boa disposição de quem tem entre 13 a 16 anos, mas também pela comum paixão pelo Basquetebol. A esse nível, não haverá dúvida de que a comitiva Açoriana foi realmente exemplar.“Divirtam-se jogando!” – Foi um dos objectivos principais, comum a todos os responsáveis. Embora nem sempre alcançado por todos, sem dúvida que ficaram para trás grandes momentos de basquetebol para serem recordados por quem participou.“A Competição”Nos Masculinos, verificou-se um domínio avassalador do basquetebol Portista, seguido das Associações de Setúbal (sub-16) e Lisboa (sub-14), enquanto que no Feminino a selecção da região de Aveiro apresentou uma enorme supremacia em relação às restantes congéneres.Uma realidade diferente fruto de métodos e oportunidades de trabalho diferentes, resultam, pelo que foi possível analisar no geral, num jogo muito rápido no que diz respeito aos Sub-14 e mais apurado técnica e tacticamente ao nível dos Sub-16.Sub-14A velocidade a que decorre o jogo neste escalão provém do incentivo que é dado pelos treinadores às soluções de ataque resultantes do 1º e 2º Contra-Ataque (com 2, 3 ou 4 a finalizar) ou da exploração das situações de 1×1 realizadas a velocidade máxima. Ao nível do Ataque de Posição a ausência de bloqueios e de qualquer trabalho individual de costas para o cesto foi unânime à grande maioria das equipas. Defensivamente, foi agradável verificar a agressividade e o culto às defesas pressionantes predispondo o 2×1, resultando assim, numa maior intensidade das acções, estendendo o jogo por todo o campo. Em relação à comitiva Açoriana deste escalão foi possível observar grandes dificuldades ao nível da intensidade a que decorre o jogo, o que exige maiores e melhores capacidades físicas e mentais para o enfrentar. Assim sendo, será de extrema importância encontrar meios para combater esta distância de realidades, que se verificou de forma mais preocupante no masculino do que no feminino. É evidente que haverá necessidade de surgir mais equipas para aumentar o ritmo competitivo, mas por outro lado torna-se verdadeiramente importante, realizar mais momentos de preparação das respectivas Selecções, pois se os melhores treinarem mais vezes juntos, vão certamente contribuir para o aumento da qualidade dos treinos nos seus clubes. Como exemplo, podemos salientar a congénere Madeirense, que pela sua situação geográfica e demográfica, tiveram oportunidade de realizar durante a época, vários estágios de preparação para este importante evento.Sub-16No geral, a realidade de jogo nos Sub-16 difere do escalão anterior, sobretudo ao nível da especialização técnica e táctica inerente às posições de cada atleta. O número de soluções técnicas para resolver situações de 1×1, o rigor táctico alienado a uma boa qualidade de passe e lançamento são determinantes para o êxito neste escalão. As opções de Contra-Ataque e Ataque Rápido que resultaram em grandes momentos de Basquetebol, contrastaram por vezes, com situações menos apelativas, como por exemplo, o exagero no trabalho individual perto da área restritiva de costas para o cesto e a recorrência às defesas zonas, o que fez baixar o ritmo de jogo, tornando-o menos interessante.“A Nossa Realidade”“Prontos para começar”, foi o sentimento da maioria dos treinadores presentes na comitiva Açoriana, em especial da equipa de sub-14 feminina, no final do torneio. Com o decorrer dos jogos foi evidente a evolução das capacidades das nossas atletas, principalmente ao nível da leitura do jogo, com maior perspicácia nas decisões das acções quer ofensivas quer defensivas. Saber ler o jogo, é de primordial importância para que o êxito seja atingido, aspecto que será sempre tanto mais desenvolvido, quanto maior for o número de situações impostas a cada atleta. E como o conseguimos? – JOGANDO! Jogando mais e de preferência com os “melhores”…Nuno Ribeiro – Treinador-adjunto Selecção Açores Iniciados femininos