Illiabum conquista titulo distrital

A “surpresa” da competição acabou por ser a prestação acima das expectativas da Ovarense/Cli. Pardelhas. Chegou à Fase Final como quarta classificada, e, após três intensos dias de competição, terminou com os mesmos pontos que o Illiabum/Civilria, mas com desvantagem no confronto direto. Consequentemente, ficou no segundo lugar e garantiu o apuramento para o Campeonato Nacional da categoria, onde também vão competir os ilhavenses.

Decisões reservadas para o último dia

As primeiras duas jornadas da Fase Final tiveram o condão de deixar tudo em aberto para a última ronda, à qual as quatro equipas chegaram com a possibilidade de se sagrarem campeãs distritais. Na primeira jornada, jogada na sexta-feira à noite, o Illiabum e o Beira-Mar souberam fazer valer o seu favoritismo e venceram sem apelo nem agravo a Ovarense e o Gafanha/Pizzaria Bra são, respectivamente, e por margens confortáveis.

Só que nos confrontos disputados no sábado foram surpreendidos. Os aveirenses pela Ovarense e os ilhavenses pelos rivais do Gafanha, o que baralhou as contas e fez com que ficassem adiadas para domingo todas as decisões. Esperavam-se, assim, jogos equilibrados e, do ponto de vista emocional, muito intensos. E foi basicamente isso que aconteceu.

Na primeira partida, entre o Gafanha e a Ovarense, foi a formação orientada por João Paula que entrou melhor, vencendo, por 8-7, o parcial inaugural a uns vareiros pouco inspirados e sem se conseguirem encontrar em termos ofensivos. Mas os segundos dez minutos da primeira parte trouxeram uma Ovarense mais personalizada, muito por força da qualidade de jogo imposta por Bruno Caseiro e João Cabral.

Na segunda parte, o Gafanha ainda conseguiu responder de forma assertiva no terceiro período, levada praticamente ao “colo” por um “revoltado” Sandro Ribeiro, que conseguiu resolver sozinho muitos dos problemas criados pela falta de eficácia da sua equipa.

No entanto, a sua prestação não chegou para tudo e no final do encontro acabou por ser a Ovarense a triunfar, por 54-46. Dessa forma, afastou o conjunto da Gafanha da Nazaré da possibilidade de chegar ao título e ficou à espera do resultado do jogo entre o Beira-Mar e o Illiabum para ver se seria, ou não, campeã distrital, objectivo que só era concretizável com um triunfo dos “auri-negros”.

Ilhavenses mais fortes

O jogo que decidia a atribuição do troféu colocou frente-a-frente duas equipas com estados de espírito distintos: o Illiabum só dependia de si para se sagrar campeão, ao passo que Beira-Mar, que na sexta-feira perdeu, por lesão, o influente jogador Tiago Nazário, já estava afastado do título face ao resultado anterior, mas, por outro lado, precisava de vencer para garantir um lugar no Campeonato Nacional. Ou seja, havia muito em jogo.

A primeira parte foi equilibrada, mesmo tendo em conta a entrada mais forte dos “aurinegros” no jogo, prestação que se traduziu num parcial inaugural de 12-7. Os ilhavenses demoraram a reagir à ansiedade do “tudo ou nada”, mas conseguiram-no bem perto do intervalo, impulsionados pela liderança de André Velhinho.

A segunda parte trouxe um Illiabum mais personalizado, com “fome” de vitória, o que se revelou fundamental nos momentos decisivos. Foi, essencialmente, a diferença de quem ainda podia ganhar e de quem já “pouco” podia discutir. Na hora da verdade, a equipa de Carlos Gouveia contou com a classe sempre presente de André Velhinho e o jogo interior de Pedro Fragoso, ao passo que o Beira-Mar, apesar do esforço de Chico e de Tiago Tavares, nada pôde fazer para parar uma “onda” ilhavense rumo ao título.

Refira-se que o Beira-Mar e o Gafanha, face aos resultados do último dia, acabaram por terminar a prova no terceiro e quarto lugares e vão prosseguir a época desportiva na Taça Nacional da categoria.

Na cerimónia de entrega de troféu, foi, também, anunciado o “Cinco Ideal”, que integrou os jogadores Francisco Amarante (Gafanha), André Velhinho (Illiabum), João Cabral (Ovarense), João Pinto (Beira Mar) e Tiago Tavares (Beira Mar). O prémio de “MVP” também ficou em “casa”, nas mãos de André Velhinho.