Jorge Fernandes homenageado com o Prémio Carreira 2025
Antigo Diretor da Escola Nacional de Basquetebol condecorado durante o Clinic de Cantanhede

FPB | Treinadores
22 JUN 2025
Nem todos os troféus e prémios do professor Jorge Fernandes ganham o lugar de destaque na casa do antigo diretor da Escola Nacional de Basquetebol (ENB). Tem de partilhar o espaço com o espólio da esposa, com quem faz “a seleção”, confessa. Mas “este vai ficar”, diz-nos, entre risos.
Com 16 anos de ligação ao departamento de formação de treinadores e juízes da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), só fazia sentido que esta homenagem decorresse em Cantanhede, em pleno Clinic Internacional de Formação, ponto alto para o qual Jorge Fernandes tanto contribuiu, nas pegadas da grande referência que foi Eliseu Beja. Este domingo (22 de junho), ergueu o Prémio Carreira, perante um plateia de quase 500 treinadores, entre eles “pessoas que estiveram intimamente ligadas” ao antecessor de João Cardoso, que crê também ter sido este “o momento ideal” e “uma merecida e justa homenagem”.
“Sinto-me muito honrado e gratificado pela homenagem da FPB”, confessou Jorge Fernandes, sentado entre alguns amigos – e referências – que leva do Basquetebol.
O professor Mário Gomes, Selecionador Nacional, é um deles: “É muito difícil falar de um grande amigo, porque todas as outras qualidades do Jorge [Fernandes] já foram referidas por quem falou antes, mas esta é a mais importante de todas. E isso foi fundamental para o êxito da missão dele e para o êxito da formação de treinadores. Tudo isto só é possível porque o Jorge, para além de um excelente profissional, é um ser humano excecional”.
Este legado é preservado também por Olímpio Coelho, que, entre votos de “absoluta justiça”, salienta “o papel que ele teve na reativação da Associação Nacional de Treinadores de Basquetebol (ANTB), com o Alberto Babo e o ‘saudoso’ Henrique Vieira, depois de 10 anos de inatividade total”; de Jorge Adelino Soares, que fala com orgulho “de uma tradição do Basquetebol de há muitos anos, que o Jorge agarrou” – e lá “colocou o seu entusiasmo, a sua competência, as suas ideias, e fez um percurso bonito que mereceu esta homenagem”; e de Dimas Pinto:
“O Jorge herdou uma organização de referência e com a sua paixão e a sua competência conseguiu mantê-la como referência nacional que, deu e continua a dar um contributo fundamental no desenvolvimento e que se tornou uma boa prática que hoje é procurada também pelas outras modalidades. O Jorge, com uma liderança assertiva e criando uma leque de treinadores muito grande e com a tal paixão de que falámos, fez um trabalho incrível e esta é uma homenagem muito justa”.
Afinal, Jorge Fernandes, diz-nos, apesar de, “ao início”, não saber bem “ao que vinha”, teve uma coisa “sempre presente”: “Gerir sabendo que estava como ‘headcoach’ e a trabalhar para os meus jogadores, sendo que os jogadores são os formandos. Sempre acreditei que trabalhar em coletivo é muito importante e portanto foi esse o meu caminho”.

A merecida homenagem sucede ao Prémio Carreira 2024, Olímpio Coelho (à esquerda)
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