Juiz recordista Jorge Dantas despede-se da Festa do Minibasquete 14 anos depois
Esteve em todas as edições do evento enquanto árbitro e oficial de mesa

Festa do Minibasquete | Minibasquete
5 JUL 2025
Entrou na arbitragem “às três pancadas”. Era preciso um árbitro, ele foi. E nunca mais saiu. Jorge Dantas é o juíz que mais Festas Nacionais do Minibasquete tem no currículo – são 13 participações, o que só quer dizer uma coisa: o jovem da Associação de Basquetebol de Viana do Castelo nunca falhou uma edição do evento. É algo que diz com orgulho e um sorriso no rosto, recordando as aventuras, as memórias, as amizades nascidas em Paços de Ferreira e “que ficam para a história”.
“Eu sou-te sincero”, confessa à FPB, “eu vim para aqui na primeira Festa sem saber bem o que era isto”. 14 anos depois, já toda a gente sabe quem é o “Jorge de Viana”, o Jorge que todos os anos pede para ser oficial de mesa, e que todos os anos é convidado a assumir o seu papel enquanto árbitro, que cumpre sem hesitar – é, como diz, “mais um para ajudar”. Quando o autocarro pára à porta da Secundária de Paços de Ferreira, ou do Pavilhão Municipal, sente “uma alegria enorme, uma união desportiva muito grande e que há em muito poucos sítios”, acredita.
Aliás, numa Festa que prima pelos valores de fairplay, solidariedade, respeito e inclusão, Jorge Dantas frisa mesmo “que em todos os anos” que participou, nunca sentiu qualquer tipo de adversidade enquanto apitava. Antes pelo contrário, já que, com o passar do tempo, os rostos se foram tornando familiares, os treinadores “amigos” e os juízes que com ele trabalham.

O pólo que o juíz trouxe para a sua última Festa, em recordação das 12 edições passadas
“Foram vivências que vou guardar para a vida. Eu vou a Albufeira também [à Festa do Basquetebol Juvenil], como estatístico. Mas se me pedem para vir para Paços ou para Albufeira, eu venho para Paços”, confessa. E são essas vivências que o fizeram “continuar a vir” à Capital do Móvel – e do Minibasquete.
Este ano, contudo, Jorge Dantas dá por encerrada a sua participação enquanto árbitro nesta Festa. “Porquê? Porque acho que, embora continue a ter aquela mentalidade de brincalhão e a juntar-me ao grupo, sou mais velho e sinto que já está na hora de passar a tocha”.
Na mala levará as várias camisolas que, ao longo dos anos, foi trocando com os colegas da Festa; levará consigo “muita gente”, muitos jogos “bem disputados” e, mantendo-se enquanto juíz no CAD Viana e treinador na Casa do Povo de Lanheses, levará, claro, o Basquetebol, de onde “já não dá para sair”.
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