«Levar a final à negra»

O Benfica está a uma vitória de revalidar o título nacional, mas a Académica promete não facilitar.

Atletas | Competições
22 MAI 2013

Depois de perder os dois jogos em Lisboa, o primeiro deles in-extremis, com um cesto em cima do apito final, a equipa promete muita luta, a começar no próximo sábado, no terceiro jogo da final. Os estudantes querem dedicar um triunfo ao treinador Norberto Alves e para isso há que retificar o que correu mal. Bruno Costa, que esteve internado uma semana (de 8 a 14) com uma infeção pulmonar e só pode treinar na sexta-feira (18) antes do 1º jogo, considera que a equipa acusou o facto de ter disputado 5 encontros em 9 dias mas agora, com uma semana de descanso, e a jogar em casa, tudo será diferente…

Como está a reagir o grupo a este final de época anormal por força da ausência do seu treinador principal? Como se viu no jogo de sábado o grupo reagiu da melhor maneira possível. Naturalmente a ausência do nosso líder é de lamentar, pois é uma pessoa que, tal como todos os envolvidos no basquetebol da Académica, trabalhou muito para estar presente nesta final e merecia ter estado nos jogos disputados em Lisboa. Tentámos oferecer-lhe uma vitória mas infelizmente não foi possível. Todos demos um passo em frente para minimizar a ausência do Norberto Alves, mas tenho de deixar uma palavra de apreço ao trabalho dos treinadores Jacinto Silva e do Paulo Santos.Na sua opinião, o desfecho do primeiro jogo poderá ter marcado esta final? Até uma das equipas conseguir vencer três jogos a final está em aberto. É claro que o Benfica está em vantagem porque já conseguiu duas vitórias, mas agora é a nossa vez de jogar perante os nossos adeptos e acreditamos que vamos conseguir ganhar ambos os jogos e levar a final até à “negra”. Naturalmente que uma vitória no 1.º jogo nos daria a possibilidade de ser campeões em casa, mas essa partida também mostrou que temos condições para vencer o nosso adversário.Que explicações encontra para que o resultado no 2º jogo tenha sido bem mais desnivelado? Acredito que nos ressentimos do facto de jogarmos cinco partidas em nove dias, enquanto o nosso adversário disputou apenas três. O cansaço foi o nosso principal adversário e quando o Benfica conseguiu uma vantagem o nosso discernimento não foi o mesmo que seria se estivéssemos mais frescos. Agora vamos ter uma semana completa para recuperar e delinear o nosso plano para vencer.Concorda que a luta das tabelas foi o aspeto que mais vos afastou da vitória? Não penso que tenha sido o fator decisivo. Nós conquistámos aproximadamente os mesmos ressaltos ofensivos que o nosso adversário e lançámos mais vezes ao cesto (68 contra 63), pelo que considero que a principal diferença entre as duas equipas no 2.º jogo foi a eficácia de lançamento. Por nós termos falhado mais 18 lançamentos, o Benfica conquistou mais ressaltos defensivos, mas isso não teve influência no número de posses de bola. Para vencermos em Coimbra teremos de estar melhor defensivamente e obrigar a que tenham de fazer lançamentos mais difíceis de forma a serem menos eficazes.Questionava-o se não sentiu, que nos períodos em que se desuniram e perderam a vossa consistência e coletivismo ofensivo, o Benfica conseguiu sempre ganhar vantagem no marcador. Não considero que a nossa equipa se tenha desunido em nenhum momento, mas foi um jogo complicado para nós porque sem frescura física por vezes não se tomam as melhores decisões. O Benfica aproveitou alguns lançamentos precipitados para marcar pontos em transições rápidas, algo que tínhamos conseguido controlar no 1.º jogo. Mas estivemos juntos até ao fim, e é assim que vamos continuar até ao último jogo.O que se pode esperar da equipa da Académica para este 3º jogo da final? Podem esperar uma Académica que quer ganhar. Com o apoio dos nossos adeptos vamos continuar a acreditar que é possível contrariar as probabilidades, tal como o fizemos durante toda a época. Foram poucos os jogos onde fomos considerados favoritos mas isso não nos impediu de estarmos na final graças à nosso coletivismo, caráter e trabalho. Esses foram os ingredientes que colocamos em campo durante toda a época e são os que vamos colocar no sábado, com a certeza que são os necessários para continuar a lutar pelo título.

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22 MAI 2013

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