Liga com quatro estrangeiros

O Presidente da FPB, Mário Saldanha, considera que esta decisão é um mal menor, pois tem consciência que este aumento de jogadores estrangeiros em nada favorece o atleta português. No entanto, fica o desejo de que a competição seja valorizada, bem como o espectáculo e a qualidade dos jogos da próxima época.

Na presença de oito clubes – sendo que o Presidente da Associação da ilha Terceira, o Sr. Luis Bettencourt, representou Lusitânia e Terceira Basket (faltaram FC Porto, Académica de Coimbra, Ginásio e CB Penafiel) — foi acordado que na próxima temporada o número de estrangeiros que cada clube pode inscrever passa para quatro.A Federação estava numa posição expectante, embora já tivesse percebido que era desejo dos clubes esta alteração. O Presidente Mário Saldanha foi claro em afirmar que não poderia ir contra o desejo dos clubes, preferindo discutir outras regras que defendessem o jogador nacional. “Só aceito esta decisão porque me é imposta pelos clubes. Julgo que é uma medida gravosa para a Liga, mas contra a qual nada posso fazer. Este acordo de cavalheiros foi desejo dos clubes, pelo que só me resta ter que regular nesta matéria.”Mas Mário Saldanha espera que este aumento de número de estrangeiros na Liga Portuguesa não signifique apenas uma redução de espaço do atleta português na competição, bem como o aumento das despesas dos clubes. “Esta alteração será benéfica se o quarto estrangeiro tiver qualidade e ajudar a melhorar o espectáculo. Desejo que esta mudança não signifique apenas um aumento do despesismo e sirva para valorizar a prova.”De forma a tentar não reduzir o espaço dos jogadores portugueses nos planteis dos clubes, a Federação exige que a utilização dos quatro estrangeiros obedeça a regras muito claras. “Os clubes para poderem utilizar os quatro estrangeiros são obrigados a ter doze jogadores inscritos no boletim de jogo. Caso não o façam apenas podem jogar com os três como acontecia até agora.”