LPB está volta
Depois da pausa natalícia, as equipas preparam-se para regressar à competição e este fim-de-semana a 10ª ronda da Liga abre com a realização de quatro emocionantes partidas.

Competições
1 JAN 2015
Saiba o que está em causa em cada uma delas…
O Vitória entra no novo ano com uma deslocação a S. Paio de Gramaços, um bom teste ao momento positivo que a equipa atravessa. Os vimaranenses levam quatro triunfos consecutivos, um registo que lhes permitiu ascender ao 2º lugar da tabela classificativa. Bem liderados pelos atiradores José Silva (45% de 3 pontos) e João Balseiro (41% de 3 pontos), e com o norte americano Wiggins a mostrar-se cada vez mais como uma rotação de qualidade para a posição de 1º base normalmente ocupada por Pedro Pinto, a equipa comandada por Fernando Sá volta mostrar-se como um forte concorrente a fazer frente à hegemonia do SL Benfica. O controlo da posse de bola, melhor registo da Liga,11 turnovers de média, tem sido um dos pontos fortes da equipa vitoriana, bem como a intimidação nas áreas próximas do cesto (4.6 desarmes de lançamento), onde Marcel Momplaisir é sempre uma presença temível para qualquer adversário.
Para o Sampaense, o inicio de 2015 coincide com um novo ciclo na equipa, já que a equipa deixou de ser treinada pelo técnico espanhol Félix Jacinto Alonso Garcia. Liderada pelo norte-americano Javarris Barnett (20.1 pontos e 9 ressaltos), a formação de S. Paio de Gramaços vai tentar repetir o resultado obtido no último confronto disputado em casa, e assim somar mais uma importante vitória que lhe permita manter-se na luta por um lugar de acesso ao playoff. Os primeiros meses de competição permitiram que o núcleo de jovens internacionais contratados esta temporada pudesse ganhar alguma experiência e ritmo competitivo de Liga, veremos como irá comportar-se até final da temporada.
Jogo importante para Algés e Lusitânia
A formação algesina continua à procura de vitórias que lhe permitam subir na classificação, renovando simultaneamente as aspirações e os níveis de confiança de um grupo que não tem sido feliz nas últimas jornadas. A receção à equipa açoriana poderá marcar a inversão de um ciclo negativo, até porque a margem de recuperação é cada vez menor para conjunto lisboeta. Os comandados de André Martins têm sentido dificuldades para somar pontos no ataque (68.8 de média), em parte porque a equipa não tem estado muito certeira da linha de 3 pontos (26% de média) e é a penúltima no ranking das assistências (10.6 de média).
Os açorianos têm um registo ainda inferior nas assistências (10.3), sinal que a equipa da ilha Terceira tem igualmente dificuldades em partilhar e circular a bola no ataque. O mesmo sucede com a eficácia do tiro de longa distância (25%), pelo que prevê muito equilíbrio no confronto do próximo sábado. A luta do ressalto afigura-se como um aspeto do jogo importante, e nesse capitulo o norte-americano Blake Poole (12 de média) poderá ajudar a fazer a diferença. A dupla formada por Willis Hall (15.2 pontos) e Cavel Witter (14.9 pontos) constitui-se como a principal ameaça no jogo exterior dos açorianos. O Lusitânia não vence à duas jornadas, pelo que uma vitória no próximo sábado permitiria que estabilizasse numa posição a meio da tabela.
Conseguirá o Galitos vingar em Oliveira de Azeméis a derrota na Taça?
O mês de Dezembro foi positivo para a Oliveirense (2V e 1D), facto que lhe permitiu terminar o ano com um registo positivo e no 5º lugar, em igualdade pontual com a Ovarense que é 4ª classificada. O conjunto de Oliveira de Azeméis, no final de Novembro, eliminou o Galitos Tley da Taça de Portugal, triunfo no Barreiro por 85-78, pelo que, em teoria, a equipa liderada por Rui Alves terá algum favoritismo para este encontro. A Oliveirense tem-se mostrado bastante perigosa da linha de 3 pontos, 2ª no ranking (36%), assim como tem estado bem a não perder bolas sem lançamentos (12.3 turnovers). Estarão frente a frente as duas equipas que mais faltas cometem, Oliveirense 23.1 e Galitos 22.4, pelo que a linha de lance-livre e o problema das desqualificações terão o seu peso no desfecho do jogo. A dupla de bases da Oliveirense, Kenyon Jr (20.5 pontos) e Augusto Sobrinho (17.4 pontos) tem sido o motor ofensivo da equipa, que tem sentido alguns problemas no capitulo do ressalto.
O Galitos Tley já trocou de treinador no decorrer da temporada, e a equipa agora treinada por Luís Valente a terminar muito bem o ano com uma vitória frente à Ovarense. A formação do Barreiro lidera, a par do Illiabum, o ranking dos turnovers (16.9), embora mesmo assim se revele uma equipa ofensiva, bem patente nos 81.4 pontos que tem de média. Para que tal aconteça, muito contribui a boa percentagem da equipa nos lançamentos de curta e média distância, líder com 62%, com a dupla composta por Brian Clarke (66%) e Kyle Robbins (65%) a desempenhar papel importante. Miguel Minhava, 21.3 de valorização média, tem sido um garante de elevado rendimento, e Clarke é o melhor marcador, até ao momento, da competição com 21.3 pontos de média. Fatores que provam que a equipa tem qualidade ofensiva, mas isso não basta para vencer jogos…
Tarefa difícil para o Illiabum em Barcelos
Durante muitas semanas, o Barcelos foi líder da prova e causou enorme sensação. E nem as três derrotas que atualmente regista retiram brilhantismo ao comportamento dos minhotos nas nove jornadas até agora disputadas. A equipa liderada por José Ricardo Neves é formada por jogadores com talento ofensivo, reflexo da técnica individual que possuem e dominam. Os 82 pontos de média que a equipa regista contribui para que vença jogos, mas a ofensividade do conjunto de Barcelos vê-se também nas faltas que provoca, 23.1 de média, lidera este ranking. Se a isto juntarmos o facto de ser a melhor equipa na luta das tabelas (36.2 ressaltos) percebe-se o porquê de estar isolado no 3º lugar. A base do sucesso continua a assentar no duo formado por Nuno Oliveira (18.1 pontos) e Marko Loncovic (17.3pontos), embora a continuidade do trabalho seja igualmente o fator importante.
O Illiabum terminou de forma positiva o ano, vitória sobre Maia Basket, um resultado que foi um balão de oxigénio para a equipa liderada por Ricardo Vasconcelos. Se bem que a formação de Ílhavo está longe de estar numa situação confortável, sendo até de esperar algumas novidades relativamente à composição do grupo de trabalho que iniciará o novo ano. Os ilhavenses tem estado bastante bem nas tabelas (34.6 ressaltos), mas pouco assertivos a lançar ao cesto, especialmente de dois pontos (45%). Tratar melhor da bola (16.9 turnovers) é outro aspeto do jogo em que o Illiabum está obrigado a ter que melhorar, especialmente quando se joga frente a um adversário que não permite muitos segundos lançamentos, pelo que não terá muitas posses de bola. O extremo Sérgio Correia, 14.6 pontos de média, tem sido a principal referencia ofensiva da equipa, mas serão precisos mais para que o Illiabum consiga sair como vencedor de Barcelos.