Lusitânia ganha em Guimarães

Ao vencer o jogo 2 em Guimarães (85-67), o Lusitânia empatou a 1 a eliminatória frente ao Vitória.

Competições
4 MAI 2014

O triunfo dos açorianos não merece contestação, já que foram a equipa mais disciplinada taticamente, que mentalmente se mostrou mais forte, e que contou com a inspiração ofensiva de Miguel Freitas e defensiva de Marcel Monplaisir nos momentos decisivos do encontro.

O segundo jogo entre Vitória e Lusitânia começou com os ataques a superiorizarem-se às defesas, pelo que não é de estranhar que o resultado fosse elevado. Depois da derrota sofrida no dia anterior, os açorianos jogavam uma importante cartada para manterem a série em aberto. Um triunfo colocava-os numa posição bem mais confortável, e foi atrás desse resultado que o conjunto da ilha Terceira principiou o jogo.Bem liderados pelo seu base James Smith, e beneficiando da eficácia do lançamento de Miguel Freitas (10 pontos) e Zane Campbell, o Lusitânia, execeção feita a 0-1, liderou sempre a marcha do marcador (31-23). No Vitória, o espanhol Ismael Torres (11 pontos) oferecia luta nas zonas próximas do cesto, e com a ajuda de dois triplos de Anthony Meier, mantinham os vimaranenses na discussão do jogo.Até ao intervalo os açorianos mostraram consistência e disciplina tática para se manterem na frente do jogo, tirando inclusive partido de algum desnorte do Vitória para fazer subir a diferença que separava as duas equipas até aos vinte pontos (49-29). Nos últimos 3 minutos, percebendo o caminho que o jogo estava a levar, a equipa da casa aumentou a sua agressividade defensiva, condicionou mais as ações ofensivas de James Smith, tendo sido capaz de reduzir a desvantagem até ao intervalo (54-42). Miguel Freitas mantinha-se perfeito a lançar ao cesto (4 triplos) e no final do 1º tempo somava 17 pontos.O descanso não serviu para acalmar a equipa vitoriana já que no recomeço da etapa complementar voltou a revelar demasiada ansiedade, prejudicando a forma como decidia e jogava no ataque. Mais tranquilos e disciplinados, os açorianos mantinham a sua postura solidária, procurando sempre explorar os seus pontos fortes. Nos minutos finais do período o técnico Fernando Sá apostou, sem grande sucesso, numa defesa zona 2×3 como forma de encurtar distâncias, e valeu um triplo de Meier, com o tempo a esgotar-se, para que o resultado fosse um pouco mais simpático para o Vitória, 70-56 favorável ao Lusitânia.O técnico vimaranense manteve a aposta na defesa zona, se bem que era no ataque que estavam os principais problemas do Vitória. Em parte como resultado da presença de Marcel Monplaisir nas áreas próximas do cesto pela forma como intimidava e contrariava os adversários. O tempo avançava e dois triplos de Miguel Freitas (77-58) obrigavam Fernando Sá a interromper o jogo. Os últimos minutos, isto apesar de alguma vulnerabilidade da defesa açoriana às penetrações, foram jogados pelos atletas da casa mais com o coração do que com a cabeça, sobretudo pela forma como se mostravam incapazes de impedir cestos fáceis no interior da sua defesa zona. O tempo corria a favor do Lusitânia, que, com relativa tranquilidade, geriu a almofada pontual construída, acabando por vencer por 85-67. Com a eliminatória agora empatada a 1, os dois jogos na ilha Terceira prometem espetáculo, até porque já ficou demonstrado que qualquer uma das equipas tem condições para sair vitoriosa.O jovem Miguel Freitas (23 pontos, 6 ressaltos, 4 roubos de bola e 2 assistências) foi determinante com os seus triplos para que o Lusitânia conseguisse fugir no marcador, tal como desempenhou bem a funçãoo de 1º base nos momentos finais do encontro com assistências importantes para ultrapassar a defesa zona do Vitória. Marcel Monplaisir (10 pontos, 6 ressaltos, 6 desarmes de lançamento e 3 roubos de bola) foi enorme nas áreas próximas do cesto, na forma como protegeu o seu cesto. Com a dupla Smith (20 pontos e 7 assistências) e Campbell (22 pontos, 7 ressaltos e 2 desarmes de lançamento) a bom nível, equipa do Lusitânia torna-se perigosa para qualquer adversário.Depois de uma 1ª parte a bom nível, o poste Ismael Torres (15 pontos e 8 ressaltos) eclipsou-se durante o segundo tempo, Meier (13 pontos e 6 ressaltos), tal como Paulo Cunha (11 pontos e 8 ressaltos) bem lutaram por um resultado diferente. Faltou o brilhantismo do trio exterior da equipa do Vitória, que no jogo anterior tinha sido decisivo.

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4 MAI 2014

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