“Man Out” a Carlos Cardoso
Atleta da APD Paredes em destaque
Atletas
18 MAR 2021
Carlos Cardoso distingue-se como um dos jogadores de pontuação baixa mais ecléticos do país, rótulo assente na capacidade de trabalho, faro apurado pelo cesto e imensa qualidade de passe. Vestiu sempre as cores da APD Paredes, embora esteja a ceder em simultâneo os seus préstimos e experiência à recém-chegada Lousavidas. Representou a Seleção Nacional em dois Campeonatos da Europa, com destaque para a presença na edição de 2015, que valeu a Portugal a subida à divisão B.
Data de nascimento: 20/03/83
Ano de iniciação: 2006
Posição: Extremo
Clube: APD Paredes
Palmarés: Vice-campeão da Europa C 2015
Jogo da tua vida (e porquê): Não tenho jogos de preferência. Todos me marcaram, vivo-os intensamente e ficam para sempre.
Chamam ao BCR a modalidade Paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como o “vendias”?
Demonstrando que a pessoa com deficiência tem capacidades exatamente iguais de praticar desporto em comparação com alguém sem uma deficiência. E convidava a assistir a um jogo, porque é preciso ver para crer.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?
Patrick Anderson, pela mobilidade e força de vontade, Pedro Bártolo, pela dinâmica e audácia que transmite ao ser alguém que quer mais e mais, e Hugo Lourenço, devido à visão de jogo, capacidade de bloqueio e perfeição em tudo o que faz.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR.
No meu primeiro jogo a entrar no cinco inicial, tremi como varas verdes e na bola ao ar recebi a bola sem saber para que lado havia de jogar.
Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito?
Um passe tenso e forte que permita, a quem recebe, finalizar com audácia.
Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”?
Pedro Bártolo. O Patrick e o Hugo não tenho capacidade de os parar. Também não consigo parar o Pedro, mas retardar, sim.
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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.
Nota: Foto de Miguel Fonseca