“Man Out” a Emanuel Soares

Aos 18 anos, Emanuel Soares (3.5), que conta com quase quatro anos de prática de basquetebol em cadeira de rodas, assume-se como uma das maiores esperanças da APD Lisboa. Jogador de equipa e de grande envergadura, acrescenta ao potencial técnico um sentido de humor que o tornam um dos elementos mais acarinhados no balneário. Integrou a primeira Seleção portuguesa de Sub23, que marcou presença na Finlândia de 25 a 30 de junho para disputar os Jogos Europeus da Juventude, de onde saiu com um saldo de quatro derrotas e uma vitória. Será um dos jogadores em ponto de mira no próximo Campeonato Nacional.

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28 JUL 2019

É ele o protagonista da rubrica “Man Out”.

 

Nota: Foto dos Jogos Europeus da Juventude

 

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?

Incentivaria as pessoas a praticar o BCR, explicando que o desporto é para todos, mesmo para quem tem dificuldades [motoras]. No meu caso, foi muito fácil. O irmão do Ângelo [Pereira, internacional A e Sub23 português e colega de equipa na APD Lisboa] abordou-me um dia e disse se eu não queria ir experimentar basquetebol adaptado, e eu aceitei. Fui, experimentei dois treinos, e comecei a ir sempre!

 

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

Os jogadores que me impressionam mais são o Márcio Dias, o Hugo Lourenço e o Luís Domingos.

 

Ter uma limitação motora, entre outras coisas, produz momentos humorísticos devido à reação das pessoas menos “familiarizadas” com o tema. Ter uma limitação motora e jogar BCR é uma mistura explosiva? Conta-nos um episódio contigo ou que presenciaste.

Já me perguntaram se depois não ia sonhar a jogar sentado.

 

Entre todas as maravilhas possíveis de pôr em prática numa cadeira de basquetebol, qual o teu movimento, gesto ou momento favorito do jogo?

Os meus momentos favoritos são o contra-ataque e o lance livre.

 

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? Com sinceridade, vá lá!

O jogador a quem gostava de fazer Man Out era o Filipe Carneiro.

 

 

O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

 

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28 JUL 2019

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