Manolo Povea: «Era preciso completar a equipa»

A equipa primava pela juventude, algo que não deixa de ser positivo, mas o técnico espanhol queria acrescentar mais experiência ao grupo, o que foi feito agora com as entradas de Christian Shelter (ex-CAB Madeira) e Stephanie Rosado.

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18 JAN 2014

O Algés nunca deixou de ser um conjunto competitivo e está a postos para continuar a lutar pelos seus objetivos. A começar já este fim-de-semana, numa jornada dupla frente às equipas açorianas.

O Algés aproveitou a paragem do campeonato para reequilibrar a equipa. Como treinador, quais eram as principais limitações que apontava ao grupo de trabalho?À partida, e já antes de o campeonato começar, eram duas as nossas principais preocupações: não ter referências ofensivas e falta de maturidade em geral. Dois aspetos que unidos eram muito limitadores, especialmente em jogos equilibrados. A entrada destas novas jogadoras significa que a aposta feita nas atletas mais jovens não estava a dar resultados?Muito pelo contrário. A nossa aposta está a dar resultado, como mostra a enorme evolução das nossas jovens atletas, bem como o facto de conseguirem competir em quase os jogos todos que fizemos. O problema aparece quando jogadoras de 16 e 17 anos, sem experiencia real na Liga Feminina, se vêem obrigadas a jogar mais minutos dos que estão preparadas para assumir. Elas chegam até onde seu nível atual lhes permite, é por isso que precisavam de alguma ajuda. Isto é o que as nossas novas jogadoras vêm trazer: apenas uma boa ajuda para o grupo continuar a crescer.O projeto mudou de objetivos até final da época? Ou por outras palavras, maiores responsabilidades desportivas no que tem a ver com o rendimento e classificação da equipa?Acho que isso não mudou. O nosso objetivo sempre foi crescer e competir, e não abdicar do desenvolvimento das nossas jovens atletas. Para isso, não basta deixar que joguem 35 minutos, embora isso seja demais para elas, porque desta forma elas progridem, mas também se coloca muita pressão em cima delas. Pode-se criar alguma frustração quando as coisas não correm bem. Era preciso completar a equipa para ajudar as jovens a continuar a evoluir. Devíamos ter feito isso antes, mas fizemos quando as condições o permitiram. Com conhecimento que tem das outras equipas, e tendo em conta os reforços que recebeu, o Algés, neste momento, consegue bater-se contra qualquer equipa da LFB?Já estava a conseguir. Competimos nos jogos todos a exceção de um. Perdemos vários jogos por poucos pontos e tendo estado muitas vezes na frente no marcador. Isso é competir, embora não se ganhe. Ora bem, agora esperamos ter aquilo que nos faltava para competir melhor e durante mais tempo. Se isso se traduz em mais vitórias, muito melhor.Os dois jogos do próximo fim-de-semana, Boa Viagem e União Sportiva, revestem-se de enorme importância para a recuperação do Algés na classificação?Num campeonato de 11 equipas, cada jogo tem um valor maior, porque há poucos jogos. Ser uma jornada dupla eleva ainda mais este valor. A partir daqui, esperamos que nossa evolução como equipa nos ajude a lutar pelas vitórias contra as equipas dos Açores.Uma breve análise a cada uma destas equipas.São bem diferentes. De um lado, a Boa Viagem; experiente na Liga, com um plantel abrangente e com muita qualidade em cada posição. É das equipas que te castiga mal relaxas um bocado, devido a esta qualidade individual das suas jogadoras. Do outro lado, a União Sportiva; com menos experiência, mas que está a fazer um excelente campeonato liderado por uma Jhasmin Player que é uma jogadora muito por cima da média da nossa Liga. Que assume sem hesitar o seu papel de marcadora de pontos e que sem dúvida, é uma jogadora extremamente difícil de parar.

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18 JAN 2014

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