Mário Gomes faz balanço positivo

O resultado das duas partidas realizadas em Almada este fim-de-semana é o que menos importa, até porque os jogos serviram para a equipa técnica nacional aferir a atual condição da Seleção.

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21 JUL 2014

E Mário Gomes mostra-se satisfeito com o desempenho da equipa, que de resto já mostrou “que pode jogar a bom nível”.

O nome do adversário era de peso, mas o adjunto do selecionador Mário Palma não tem dúvidas de que, para evoluir, Portugal tem de jogar com os melhores. “Ao ter a Alemanha como adversário nos primeiros jogos de preparação, sabíamos que, por um lado, era um adversário provavelmente demasiado forte para início (não era o que estava planeado, mas razões imponderáveis ‘obrigaram’ a que assim fosse), mas também que, se queremos evoluir, tal só é possível jogando contra equipas dum nível superior, contra as quais normalmente iremos perder”, refere. “Portanto, quanto aos resultados, foram normais, sendo óbvio, no entanto, que podíamos e devíamos ter conseguido um resultado menos desnivelado no segundo jogo”, acrescenta.

 

Mas o balanço é francamente positivo e Mário Gomes acredita que, quando chegarem os jogos a “doer”, a Seleção vai estar ao seu melhor nível. “Quanto ao mais importante nesta fase, que é fazer a equipa evoluir, foi um fim-de-semana muito proveitoso, com muito mais aspetos positivos que negativos, tendo a equipa mostrado já que pode jogar a bom nível. Estamos convictos que, quando se iniciar a qualificação, vamos ser um equipa competitiva, com capacidade para discutir os resultados”, salienta. “Há que ter em conta que, pelo menos no plano teórico, a Alemanha é superior a qualquer uma das equipas contra quem iremos jogar, quer nos restantes jogos de controlo, quer na competição oficial.”

 

Os dois jogos ofereceram dados que agora permitem a equipa técnica tirar ilações e afinar a melhor estratégia para a qualificação. “A nossa principal dificuldade, que não é uma surpresa, foi (tem sido) a falta de consistência ao longo dos 40 minutos do jogo, que deriva de termos que jogar em superação, pois os nossos jogadores não estão habituados a competir contra este tipo de adversários. Contra equipas como a Alemanha, bastam 3 ou 4 minutos de ‘quebra’ para que consigam uma vantagem da qual já não conseguimos recuperar.”

 

E acrescenta: “Esta é uma dificuldade que não se ultrapassa totalmente em dois meses de trabalho, mas estamos certos que chegaremos ao primeiro jogo oficial muito mais consistentes, pois os seis jogos de preparação que temos até lá vão ajudar-nos muito a melhorar neste aspecto, que é determinante. Aliás, temos a certeza que os nossos jogadores e a nossa equipa são hoje mais fortes que antes de termos jogado contra a Alemanha, pois só treinar não basta, para evoluir há que jogar a alto nível, contra adversários mais fortes que nós.”

 

Mário Gomes analisa, depois, os dois encontros. “Quanto às incidências dos jogos, tivemos dois períodos muito difíceis, por razões diferentes: o início do primeiro, devido à evidente falta de ritmo competitivo, agravado pelo facto de a Alemanha já trazer 3 jogos ‘nas pernas’, enquanto nós estávamos a fazer os primeiros minutos a competir, isto é, levou tempo até a equipa ‘entrar no jogo’; a segunda parte do jogo de ontem, muito devido à quebra física de alguns jogadores, agravada pelo facto de o nosso único 5 (Cláudio) não ter podido jogar, facto que pagámos caro, pese embora o excelente jogo feito pelo João Guerreiro (que é um 4…).

 

Muito mais relevante, até porque para atingir objectivos há que pensar de forma positiva, foi a equipa ter demonstrado que pode vir a ser competitiva a este nível, por aquilo que fez na segunda parte do primeiro jogo e na primeira parte do segundo jogo, períodos em que jogámos um basquetebol de grande qualidade.

 

Há muito para melhorar e para corrigir, mas, como balanço global, estes primeiros dois jogos deixaram-nos confiantes em relação ao futuro, próximo e a médio prazo.”

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21 JUL 2014

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