Miguel Maria Cardoso: “Mostrei que podia liderar a equipa ao sucesso”
Depois de uma época muito positiva ao serviço do Karlsruhe, dos escalões secundários da Alemanha, Miguel Maria Cardoso acaba de receber a notícia da convocatória para o estágio da Seleção Nacional, que se realiza de 5 a 9 de Junho, em Sangalhos.

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30 MAI 2017
O base acabou a temporada com médias por jogo de 15.4 pontos, 5.6 ressaltos, 9.2 assistências e 1.7 roubos de bola, incluíndo alguns triplos-duplos. Em entrevista exclusiva à FPB, Miguel Maria faz um balanço da experiência por terras germânicas e fala das expectativas para o futuro.
Qual é o balanço que fazes desta temporada, individual e colectivo, ao serviço do Karlsruhe?
Um balanço muito positivo, quer a nível coletivo quer a nível individual. A nível coletivo tínhamos como objetivo ficar no top-3 e acabámos em 2º, mas com grandes possibilidade de subirmos de divisão (estamos à espera da decisão da Federacão Alemã). A nível individual não podia ter sido melhor. Fui à procura de responsabilidades e tempo de jogo. Tive ambos e mostrei que podia liderar a equipa ao sucesso.
Em que aspetos sentiste uma maior evolução este ano, no teu jogo, do início para o fim da época?
Sobretudo aprendi muito no que toca a como liderar uma equipa e comandá-la para ganhar jogos. Em termos de comunicação aprendi muito com o meu treinador, que era um antigo jogador.
Quais as principais recordações que guardas desta experiência de jogar na Alemanha?
Éramos uma "família", uma equipa. Vários jogadores de diferentes nacionalidades: um português, um búlgaro, croatas, bósnios e alemães, com um treinador norte-americano… Várias línguas, diversas maneiras de pensar e viver, mas dentro de campo todos falamos a mesma língua, a do basquetebol. No final do dia, quer no treino quer no jogo, tínhamos que acabar com o sentimento de dever cumprido e saber que dei tudo nos treinos para os meus colegas serem melhores e nos jogos para sairmos de lá com o V de Vitória. É para isso que trabalhamos diariamente. Foi sem dúvida um ano marcante, por ser o primeiro ano na Alemanha, um novo país que o basquetebol me deu o privilégio de conhecer.
Qual é o próximo passo que queres dar na tua carreira?
Um dia de cada vez, porque o caminho está traçado. Quero desfrutar ao máximo de cada dia, cada treino, cada jogo e dar sempre o meu melhor. Quero ser o melhor jogador de basquetebol possível, sou cada vez mais apaixonado por este desporto. O meu caminho está nas mãos de Deus e o próximo passo que irei dar na minha carreira será, sem dúvida, algo que vou encarar com a máxima dedicação e ambição. Onde e para onde? Ainda não sei, mas estou confiante que será mais um desafio fantástico!