Miguel Miranda: “Um grupo que quer aprender, com atitude e sério”
Depois de resolvida a questão criada pelo abandono do FC Porto da LPB, Miguel Miranda, com o regresso a Ovar, viu finalmente solucionada a sua vida profissional.
Atletas | Competições
16 NOV 2012
Uma casa que conhece e sente bem, inserido num grupo de trabalho diferente de todos os anteriores em que já participou. Miranda ainda está à procura da sua melhor forma, numa equipa, segundo ele, com menos recursos mas que mantém o nível de exigência no trabalho. O próximo adversário é o Sampaense, e para os vareiros se manterem invictos, Miranda não tem dúvidas de que a equipa vai ter que defender muito bem.
Miguel Miranda teve de percorrer um longo calvário até regressar à competição. Depois de uma lesão, o abandono do FC Porto colocou o internacional português numa situação complicada, ao ponto de ter equacionado deixar de jogar basquetebol. “Foi uma situação que algumas vezes me passou pela cabeça. Tentei fazer o que estava ao meu alcance para que essa situação não ocorresse, daí ter começado a treinar sozinho para não estar completamente parado. Tenho que agradecer ao Sr. Saraiva do pavilhão do Coimbrões, pelo facto de ter ido todos os dias, durante esse período, abrir-me a porta para poder treinar.”A Ovarense foi sempre uma forte solução para a resolução do problema, até por ser um clube por onde Miranda já tinha passado e tinha sido feliz. “Desde a altura em que ficou decidido que não ia haver equipa do F.C. Porto, a Ovarense foi sempre uma forte possibilidade para mim. Eu já conhecia o clube, e as pessoas já me conheciam. O facto de existirem laços de amizade muito fortes fez com que se tornasse num passo natural.”Uma paragem tão prolongada, tendo em conta o avançar da idade, coloca sempre problemas, mas o jogador parece estar a recuperar rapidamente as qualidades que fazem dele, um jogador de eleição. ”Foi e ainda está a ser muito difícil. Estive praticamente 6 meses sem jogar, a treinar sozinho, e isso deixa muitas marcas. Perdi toda a pré-época e tenho a perfeita noção que vão ser precisos pelo menos 2 meses para estar ao meu nível.”A realidade do clube é bem diferente de um passado recente, mas isso não faz com que a equipa deixe de ser competitiva no campeonato. Não há nada que altere a forma de trabalhar e de estar dos vareiros na competição. “A realidade é diferente, mas o nível de exigência é o mesmo. E esse tem sido o segredo da equipa. Não pode ser por haver menos dinheiro que se vai trabalhar menos. Pelo contrário, os níveis de exigência são os mesmos, tal e qual como quandolutámos para ser campeões.”O plantel da Ovarense é formado por muita gente jovem. Trabalhar e jogar num grupo como este, tem dado imenso prazer ao experiente Miguel Miranda. “É um projeto diferente de todos aqueles em que já fiz parte. Mas tenho que dizer que a juventude tem muita vontade de aprender, muita atitude e seriedade. Penso que o Carlos Pinto e o Nuno Manarte estão a fazer um trabalho espetacular dia a dia.”O arranque de temporada tem corrido de feição à equipa de Ovar, uma vez que os vareiros contam por vitórias, os três jogos disputados. O próximo adversário é o Sampaense, uma equipa que nos últimos jogos tem marcado muitos pontos. Razão pela qual se torna claro para Miranda a forma como parar a capacidade ofensiva da equipa de S. Paio de Gramaços. “Vamos tentar reduzir o número de pontos da equipa adversária defendendo o melhor possível.”