Mota e Cunha antevêem clássico

Atletas | Competições
6 NOV 2008
O jogo grande desta sétima jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol (LPB) vai ter lugar sábado, às 16.30 horas, com a visita do FC Porto/Ferpinta ao recinto do campeão nacional, a Ovarense Dolce Vita. Frente a frente estarão dois clubes que atravessam momentos bem diferentes, mas que nesta ronda disputam um desafio em que o prestígio e o significado especial da vitória às vezes tem o dom de alterar o moral das equipas. O confronto já contará com o contributo de dois internacionais portugueses que estiveram afastados da competição neste arranque de campeonato da LPB. Falamos do portista Paulo Cunha e do vareiro Rui Mota, atletas habituados como poucos a jogos com estas características e tensão.Após ter fracturado o vigomático (osso da face), Rui Mota tem vindo paulatinamente a integrar-se na Ovarense Dolce Vita e na nova competição. Embora já treine há duas semanas, o tempo de trabalho ainda não é suficiente para que tivesse nesta altura atingido a forma ideal. ”Estou longe de estar a cem por cento. Não me sinto com capacidades físicas para aguentar uma partida inteira”, assegurou o internacional vareiro.Mesmo tendo ficado de fora, o jogador não deixou de acompanhar os desempenhos da sua equipa, que ainda não perdeu qualquer jogo. Este excelente começo de campeonato muito se deve, em sua opinião, “às poucas mudanças que se registaram no plantel e, principalmente, à permanência do núcleo de portugueses”. Mota considera, por isso, que este jogo será uma excelente oportunidade para avaliar o estado da equipa. “Vai ser um bom teste.”Ganhar é o objectivo da formação líder da competição e o jogador dá a receita: “Há que saber explorar as fraquezas do adversário, tentando aproveitar o menor rendimento de atletas que estiveram muito tempo parados, como são os casos do Cunha, do Marçal e do Daniel. O resto é fazer aquilo que temos feito até aqui. Jogar da mesma forma e com a mesma atitude.”Do outro lado, o azar tem batido frequentemente à porta dos portistas, pois as sucessivas lesões muito têm contribuído para o menor rendimento do conjunto. Para o internacional Paulo Cunha, que só na passada sexta-feira regressou ao trabalho e ainda treina de forma condicionada – depois de uma mazela num joelho –, o regresso a conta gotas dos lesionados e a chegada de vários elementos novos são factores que condicionam a performance do conjunto. ”Os jogadores estão a regressar aos poucos, numa fase em que ainda estamos a construir a equipa, o que torna as coisas ainda mais difíceis” explicou o portista. Todavia, o espírito do grupo e os pergaminhos do clube não se coadunam com cenários derrotistas e Paulo Cunha é a imagem disso mesmo. ”Temos treinado bem, preparando-nos para que quando cheguem os momentos de decisão a equipa surja na forma ideal, que infelizmente tarda a aparecer.”Isto a médio prazo, mas o presente não pode diferir muito deste mesmo objectivo, sob pena de a equipa se atrasar irremediavelmente na tabela classificativa. ”Jogamos sempre para ganhar e sentimo-nos com capacidade para fazê-lo já este fim-de-semana.”, assegurou Paulo Cunha, perspectivando, assim, com muito optimismo, o encontro deste sábado, em Ovar.