Muito difícil a tarefa ante uma equipa muito física

Tel Aviv (Israel) – Acabámos de tomar o pequeno almoço e devido a ter sido anulado o treino matinal de uma hora (10H00 às 11H00), decisão da equipa técnica, com o objectivo de não desgastar ainda mais as jogadoras (no total seriam mais de duas horas e meia, em função do tempo estimado para a viagem de ida e volta para o pavilhão, em Ramla), decidimos aproveitar o tempo que nos separa da hora do almoço (12H30) para regressar ao quarto e iniciar este texto.

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8 JUN 2013

Queremos também, na companhia do Nuno Manaia, nosso companheiro e amigo de tantas lutas (já lá vão quase nove anos de contacto praticamente diário, desde Setembro de 2004), dar um saltinho à praia, antes do almoço, aqui a uns 500 metros do City Hotel, só para não dizer que… não mergulhámos nas águas do Mediterrâneo, em solo israelita.Ontem ao princípio da tarde teve lugar nesta zona antiga da cidade de Tel Aviv uma parada Gay, muito noticiada, que teve grande adesão. Não temos nada com isso, cada um é como cada qual, desde que não colida com a liberdade dos outros. É essa a minha filosofia… mas o certo é que a partida do autocarro que nos levou a Ramla, para o jogo com a Macedónia, sofreu um atraso de vinte minutos, porque havia várias ruas cortadas ao trânsito, nas proximidades do hotel. Por acaso chegámos a tempo, mas só presenciámos a ponta final do Israel-Alemanha, ganho pelas anfitriãs (68-57), quando era nossa intenção, particularmente dos técnicos lusos e das nossas jogadoras, ver algumas movimentações de ambas as equipas, que ainda iremos defrontar.A primeira delas é já a Alemanha, hoje à tarde (18H00), mais duas horas que em Portugal. Nas palavras do seleccionador Ricardo Vasconcelos, ontem após a derrota algo inesperada, frente à Macedónia, por 4 pontos (56-60), ressaltou a ideia de que será uma tarefa muito complicada, a que se espera para as suas comandadas. O conjunto germânico, muito poderoso fisicamente, com dois postes de elevada estatura e grande envergadura, nomeadamente Lisa Koop (1,97 m), que jogou no Torneio Internacional de Oliveira do Hospital, em Julho de 2009, ganho pela selecção alemã. Portugal ficou na 3ª posição, atrás da Bulgária (2º), relegando a Holanda para o 4º lugar, a quem vencemos (67-61). Mas outras figuras sobressaem no plantel às ordens de Alexandra Maerz, que conhecemos durante vários anos como seleccionadora das Sub-18 e que este ano ascendeu a timoneiro da selecção principal. São os casos da experiente Anne Breitreiner (1,84 m e 29 anos), uma atiradora tremenda (foi a melhor marcadora do torneio há 4 anos em Oliveira do Hospital) e que tem jogado nas principais equipas europeias de clubes e de Romy Bär (extremo, 1,87 m), considerada a MVP (votação dos treinadores) no mesmo torneio atrás referido. Na fase de qualificação do EuroBasket 2013 foi a jogadora mais influente do seleccionado germânico, com excelentes números.As perspectivas para a luta desta tarde não são pois muito optimistas. Exige-se e espera-se, isso sim, por parte das nossas representantes, uma atitude igual à que tiveram ontem nos minutos finais… mas durante muito mais tempo. A tal questão da consistência… que urge ganhar forma.Para quem gosta de saber estas coisas, apenas recordar que, em termos de histórico nos confrontos entre as duas selecções principais femininas, dos dois países, a vantagem é claramente germânica: 3 derrotas lusas em outros tantos jogos oficiais (torneios internacionais de Toulouse e Namur, ambos em 1996 e o de Oliveira do Hospital em 2009, quando perdemos por 68-78). Mais duas derrotas em jogos particulares, em Abril de 1996.

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8 JUN 2013

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