Na luta pelo título
No próximo sábado, a equipa sénior feminina do CAB disputará o primeiro dos jogos das meias-finais da Liga Feminina de Basquetebol.Segue-se o Algés, uma das equipas mais mediáticas da presente edição da Liga Feminina, fruto da contratação de atletas com experiência da WNBA, juntamente com outras da Selecção Nacional.
Competições | Treinadores
30 MAR 2011
Numa entrevista ao site do clube, “Juca” mostra-se “orgulhoso” pelo trabalho até agora realizado mas quer mais neste final de temporada.
Tendo terminado a fase regular da competição em primeiro lugar, factor que permite ao CAB desfrutar da vantagem inerente ao factor casa no decurso dos ‘playoff’, o clube ‘carimbou’ a sua passagem para as meias-finais vencendo a equipa do Torres Novas. As meias-finais são disputadas à melhor de três partidas. O primeiro jogo é disputado em Algés, sendo os outros dois a realizar no Pavilhão do CAB, casa da equipa insular. Nas vésperas de um embate decisivo para as aspirações do CAB na presente edição da Liga Feminina, falámos com João Paulo Silva (‘Juca’), treinador da equipa feminina do CAB, sobre a forma como a época tem decorrido à formação Madeirense e as aspirações do conjunto para o futuro próximo.CAB: Que balanço faz da época do CAB até ao momento? JPS: A fase regular da Liga decorreu acima das expectativas mais optimistas. Em virtude da forte aposta de algumas equipas, contratações de atletas nacionais e estrangeiras de grande qualidade, juntamente com alguma contenção e limitação na inclusão de novas atletas na nossa equipa, criou-se, inicialmente, um sentimento de inquietação quanto à capacidade da equipa para superar estas eventuais adversidades. Empenhamo-nos seriamente na rentabilização colectiva, fazendo, através do trabalho, com que o produto final seja notoriamente superior à elementar soma das partes.CAB: A conquista do primeiro lugar do campeonato na fase regular tem algum significado especial para a equipa?JPS: Estamos naturalmente satisfeitos, pois terminamos a fase regular da Liga liderando a classificação, e, assim, desfrutamos da vantagem inerente ao factor ‘casa’ no decurso dos ‘playoffs’. Esta conquista permite-nos também acentuar as vantagens no desenvolvimento de um programa de Formação Desportiva junto de atletas que sintam, além da vertente competitiva, uma ligação afectiva natural com o Clube.CAB: Chegaram até aqui, mas querem mais…JPS: Estamos na meia-final do campeonato da Liga Feminina… Enquanto responsável pela liderança da equipa feminina do CAB, sinto um enorme orgulho em ter chegado a esta fase avançada da competição. No entanto, queremos reiterar a nossa convicção relativamente à ambição pela conquista do campeonato. A equipa feminina do CAB encontra-se extremamente motivada e preparada colectivamente para dignificar o trabalho desenvolvido, e, consequentemente, a Região Autónoma da Madeira e o Clube.CAB: Acha que era esperado que chegassem a este ponto na competição não usufruindo de muitos dos recursos que as outras equipas têm ao seu dispor?JPS: Provavelmente não estaria no pensamento de alguns que a nossa equipa obtivesse estes resultados. Embora possamos compreender naturais receios, a verdade é que a equipa conservou uma forte coesão no seu seio, permitindo com isso superar ocasionais dificuldades, e, acima de tudo, combatê-las com uma dedicação cada vez mais convincente e focada nos objectivos delineados.CAB: O Algés tem recebido muita atenção da parte da comunicação social nacional. Que comentário faz a isso? JPS: Devido ao grande investimento financeiro que fez, o Algés conseguiu reunir um conjunto de individualidades de enorme qualidade. Como referência máxima, refira-se a contratação da Ticha Penicheiro, que, por si só, consegue mediatizar todas as atenções na sua equipa. Porém, todos desejamos que esse impacto mediático apenas se faça sentir na divulgação e promoção do basquete feminino. Desportivamente, esperamos sempre uma saudável imparcialidade entre todos os concorrentes.CAB: Qual é a chave para vencer o Algés?JPS: É fundamental manter uma gestão prudente dos níveis físicos das atletas, uma vez que algumas começam a revelar pequenas lesões originadas pela enorme intensidade que a nossa equipa coloca no campo. Manifestamente queremos vencer. Para tal, assumimos internamente um conjunto de compromissos que nos podem conduzir à final desta Liga. Vencer o Algés passa também por uma focalização em aspectos relacionados com a manutenção de uma elevada coesão ofensiva, procurando promover as capacidades de cada uma das nossas jogadoras e, sobretudo, através do cumprimento de adaptações defensivas inerentes às particularidades da equipa do Algés.CAB: Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores e às pessoas que têm acompanhado o percurso da equipa feminina do CAB esta época?JPS: Garantir a presença na final será um trabalho de todos os ‘amigos’. Queremos sentir a presença e apoio a uma das equipas que mais atletas das camadas da Formação tem integrado neste nível competitivo. De uma coisa podem ter a certeza: a equipa feminina do CAB deseja oferecer este título a todos os nossos atletas, sócios, simpatizantes, e à Direcção do clube em particular, pelo apoio significativo que nos têm propiciado.